Recife debate produção e transmissão de energia em meio à crise de excesso de geração que não baixa conta do consumidor
Recife Expo Center abriga até quarta-feira (22) programação de debates e apresentação de 550 trabalhos em 10 espaços simultâneos e feira de produtos.

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Conversa organizada pelo Comitê Nacional Brasileiro de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (CIGRE-Brasil) uma sociedade civil criada ainda nos tempos da Eletrobrás estatal para debater produção, transmissão em alta tensão e distribuição de energia elétrica o Seminário Nacional de Produção e Transmissão é um desses eventos técnicos que o setor elétrico promove e onde literalmente quem está no negócio participa pelo que aponta de perspectiva de futuro.
Esse ano ele acontece no Recife Expo Center de hoje (19) até quarta-feira(22) com um programação de debates e apresentação de trabalhos em 10 espaços simultâneos apresentação de mais uma dúzia de patrocinadores e três fóruns que vão até as 20 horas sendo considerada a grande conversa das empresas de engenharia, consultorias, centros de pesquisa, universidades, fabricantes de equipamentos, concessionárias e órgãos e agentes do governo no setor no Brasil.
Transmissão de Energia
Ele também acontece num momento em que o tema Transmissão de Energia virou dor de cabeça para o setor e o governo pelos problemas decorrentes do excesso de produção de energia solar, eólica e geração distribuída que já fazem dezenas de parques deixarem de entregar o que produzem gerando incerteza para um negócio que, apenas o Banco do Nordeste, financiar R$ 40 bilhões e já sabe que apenas em dois anos deixou de faturar R$ 5 bilhões.
E embora a conversa seja técnica - com centenas e engenheiros apresentando 550 trabalhos, a questão econômica estará presente seja nas palestras que gente como State Grid, Weg, Eletrobras, Petrobras e até Helisul tem a dizer seja num Fórum de CEOs (restrito a convidados) que em 2024 se reuniu num evento fechado com mais de 100 executivos e líderes de empresas de energia.
Descarbonização
No ano passado, o grupo se reuniu para falar sobre como o setor elétrico está liderando a descarbonização e promovendo a eletrificação de outros setores da economia.
Mas que já sabe que, este ano, não tem como fugir de temas como o armazenamento e Curtailment de energia, que é a redução forçada da geração de energia, especialmente de fontes renováveis (eólica e solar).
Embora temas como Transição Energética, Novos Modelos de Negócios, Riscos, Hidrogênio, Veículos Elétricos e Força de Trabalho - um problema crescente devido à escassez de profissionais no setor elétrico uma vez que o Brasil a cada ano forma menos engenheiros.
Sem enfrentar
Porém, no geral a conversa será mesmo sobre transmissão. Ainda que o governo Lula venha postergando o enfrentamento do problema da supergeração de energia que vai crescendo sem perspectivas de soluções no curto ou médio prazo devido à falta de decisões estratégicas do governo para o setor elétrico que se queixa de definições claras sobre o futuro do mercado.
O governo (atrasado) de Lula até tenta se reposicionar em relação a essa cobrança. A Aneel aprovou o Leilão de Transmissão nº 4/2025 (único a ser realizado pela autarquia este ano), marcado para 31 de outubro na sede da B3 em São Paulo com sete lotes e investimento estimado de R$ 5,53 bilhões.
Armazenamento
E esta semana, o ministro da Minas e Energia, Alexandre Silveira, até se apressou em prometer em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15) realizar o primeiro leilão de bateria de BESS [sistema de armazenamento de energia em baterias, na sigla em inglês], que anda em dezembro deste ano. Embora a ANEEL que faz o certame não confirme até porque aconteceria apenas em março de 2026.
De qualquer forma, a conversa dos engenheiros das empresas do trabalho promete ser das mais intensas. Com inscrições encerradas, o Seminário Nacional de Produção e Transmissão terá a apresentação de 550 trabalhos de mais de 1.500 profissionais, o que torna o evento uma espécie de grande momento da engenharia brasileira na área de energia.
Revisar o sistema
Temas como avaliação da conexão de grandes parques eólicos offshore em regime permanente (que ainda não existem, mas é a grande aposta de grandes empresas globais para o Brasil, evolução do modelo de governança de processos do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS que está defendendo novos processo para receber tanta energia de tantos fornecedores
Assim como como proposta de metodologia de gestão da mudança e sistemas de armazenamento por bateria especialmente sobre seu impacto da tributação na competitividade da tecnologia e até mesmo nova modelagem para a operação do Sistema Interligado Nacional que é por onde toda energia produzida é distribuída e que foi concebido num tempo em que a Eletrobras então estatal definia não só os investimentos em grande hidrelétricas, mas quem podia produzir energia.
Cara de paisagem
Num cenário inconcebível ao que o Brasil vive hoje onde tem excesso de geração, falta de linhas de transmissão, altíssimo volume de subsídios e uma conta mensal cujos custos que simplesmente atrasa todos os projetos de transição energética do consumidor final a indústria que precisa rodar com motores movidos a energia elétrica para ser competitiva globalmente. E que o governo faz cara de paisagem.
Uma nova era para o setor nuclear brasileiro
O ex-presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear, Carlos Henrique da Costa Mariz festeja o que chama de “uma nova era pode começar para o setor nuclear brasileiro com grandes benefícios para o sistema elétrico do país” pela entrada de um forte grupo empresarial brasileiro na Eletronuclear o que poderá marcará uma profunda mudança na forma como o Brasil enxergará o setor.
O primeiro reflexo, sem dúvida, será a conclusão de Angra 3 e mais do que isso o horizonte que se abre da expansão nuclear no país. Depois de décadas dominadas por restrições orçamentárias, burocracia e visões de curto prazo, o segmento pode finalmente ingressar em uma fase guiada por lógica empresarial e visão estratégica de longo alcance, diz o engenheiro.
Maior uso da energia nuclear no Brasil
Para Mariz, isso pode dar sentido à diversificação recente da matriz elétrica , hoje fortemente dependente de fontes intermitentes , passando a incluir uma base sólida e previsível. Além disso, existe o fato de que o Brasil possui imensas reservas de urânio e precisa avançar, com rapidez, na exploração de suas jazidas e incrementar, aqui no país, todo o processo de enriquecimento do urânio para abastecer todas as suas usinas.
Defensor da expansão do uso da energia nuclear no Brasil, Mariz avalia que a entrada dos irmãos Batista na Eletronuclear deve ser vista menos como uma operação meramente financeira e mais como um gesto de visão estratégica, de grandes empresários e de confiança no futuro econômico, energético e tecnológico do país.
Previdência
O patrimônio abrigado nas Entidades Fechadas de Previdência Complementar deverá atingir R$ 1,4 trilhão em dezembro deste ano, com rentabilidade anual estimada em 14,45%, superando a meta atuarial de 10,36%. O setor deve registrar superávit de R$5,2 bilhões, o que reflete a gestão responsável e o compromisso das entidades com seus participantes e patrocinadores”, afirmou Silva. ]
O sistema de Previdência Complementar Fechada (EFPC) encerrou o primeiro semestre de 2025 com resultados positivos e indicadores de solidez, reforçando seu papel como um dos principais pilares da poupança de longo prazo no país. Segundo o Consolidado Estatístico Abrapp, os ativos do setor somaram R$ 1,33 trilhão, equivalentes a 11% do PIB nacional, e a rentabilidade média foi de 6,48%, superando a meta atuarial de 5,1%.
Iquine no CSX
A Iquine estará no CSX Week, maior evento sobre Sucesso e Experiência do Cliente (CX e CS) da América Latina que chega à sua 10ª edição nos dias 22 e 23 no Recife (PE). O presidente do Conselho de Administração do Grupo Iquine, Alan Souza, participa do painel “Do Insight à Ação: Como a Inteligência conecta Experiências, Negócios e Governança no Brasil”. A Iquine é a maior indústria de tintas do Brasil com capital 100% nacional e o evento deve reunir mais de 700 participantes
Contabilidade
Na próxima terça-feira (21), no auditório do Mar Hotel, em Boa Viagem, tem o Seminário de Contabilidade em Pernambuco promovido pelo Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco com o tema “Vivendo a Contabilidade Pernambucana: Tradição que valoriza, inovação que transforma”.
Entre os convidados do presidente do CRCPE, Roberto Nascimento, estão o filósofo e escritor, Mário Sérgio Cortella; o professor Silvio Meira e o contador Márcio Balducci, que vai falar sobre os novos impostos que chegam com a Reforma Tributária.
USA Arrecadação
De acordo com o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês), as novas tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump deve reduzir o déficit federal em até US$ 4 trilhões até 2035, ao mesmo tempo em que elevam de forma expressiva a arrecadação alfandegária do governo dos Estados Unidos.
O aumento das taxas sobre importações tem gerado uma entrada robusta de recursos nos cofres públicos — um alívio para o orçamento federal em meio a um cenário de dívida crescente e gastos elevados com programas sociais e defesa.
Hidrogênio verde
A Diretoria da ANP aprovou nesta quinta-feira (16) o manual “Hidrogênio de baixa emissão de carbono: manual para solicitação de autorizações”
O objetivo é fornecer aos agentes econômicos interessados orientações claras e acessíveis sobre o processo regulatório aplicável às autorizações para produção, operação e comercialização de hidrogênio de baixa emissão de carbono, incluindo lista de documentos, contatos e etapas necessárias.
O documento tem caráter orientador e eventual ausência de apresentação de documento ou informação não constitui óbice para conceder a respectiva autorização excepcional, a depender da análise de cada situação concreta. Mas ele não aborda questões referentes à certificação e às atividades de exploração e produção de hidrogênio natural, que serão objeto de publicações futuras. No site https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/hidrogenio/hidrogenio.
Caminhão Hydrogen
A chinesa GWM Hydrogen powered by FTXT acaba de colocar em operação uma nova frota de 500 caminhões movidos a célula a combustível de hidrogênio (FCEV) na cidade de Baoding, na China, e ultrapassa a marca de 1.000 veículos a hidrogênio em operação somente em 2025. No país, mais de 2.000 unidades já estão em circulação.
A nova frota é voltada ao transporte refrigerado e distribuição de alimentos e 300 caminhões pesados destinados à logística de carvão. A GWM é a maior empresa automotiva chinesa de capital 100% privado e a terceira maior fabricante mundial de picapes médias. A empresa tem uma atuação global que envolve mais de 150 países.
Romeu Krause
O médico ortopedista e fundador do Instituto que leva seu nome (Itork), Romeu Krause, lança no próximo dia 30, às 17h, na Livraria Jaqueira do Paço Alfândega seu livro biográfico "Desafios e Superações". Uma homenagem a uma vida dedicada à medicina, à educação e ao cuidado com o próximo.