BC aperta cerco contra o crime via PIX, mas novas travas só reforçam idéia de que sucesso do produto fez instituição não perceber os riscos
Fiscalização vai fechar as operações de ao menos 3% de fintechs de pagamento que até agora não tem autorização para atuar no mercado financeiro.

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O Banco Central anunciou medidas para reforçar a segurança do Sistema Financeiro reconhecendo que isso se dá em função do envolvimento do crime organizado nos recentes eventos de ataques a instituições financeiras e de pagamentos.
É uma decisão importante, mas aqui para nós e o povo do mercado financeiro as medidas de aperto nas instituições de pagamento bem que poderiam ter sido introduzidas há mais tempo e não apenas agora depois dos crimes descobertos pela Polícia Federal.
Não autorizadas
O comunicado do BC diz que instituições de pagamento não autorizadas e as que se conectam à Rede do Sistema Financeiro Nacional via Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI) fica limitado em R$15 mil o valor de TED e Pix. E que os participantes que atestam a adoção de controles de segurança da informação poderão ser dispensados da limitação por até 90 dias.
E que nenhuma instituição de pagamento poderá começar a operar sem prévia autorização. Além disso, o prazo final para que instituições de pagamento não autorizadas a funcionar pelo BC solicitem autorização para funcionamento é antecipado de dezembro de 2029 para maio do ano que vem.
Atuando no Sistema
Saber que instituições podem atuar no Sistema Financeiro Nacional via Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação sem autorização é uma enorme surpresa. E mais ainda que elas pudessem atuar sem autorização até dezembro de 2029 e que agora vão precisar fazer isso até maio de 2025.
O BC está dizendo que introduziu controles adicionais às instituições de pagamento e que aumentou os requisitos e controles para o credenciamento dos PSTI e que passou a exigir o capital mínimo de R$15 milhões. E que as instituições não autorizadas a operar no PSTI em atividade têm até quatro meses para se adequarem.
Gabriel Galípolo
Numa entrevista para explicar a decisão, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo explicou que o valor de R$15 mil seria suficiente para atender 99% das transações de PIX ou TED de pessoas jurídicas (PJ) e que as de pessoa física em R$3.700. E revelou que o universo de provedores de tecnologia e de contas de instituições de pagamento não autorizadas é de 3% do total de contas existentes no sistema.
Tudo muito bom com as novas medidas, mas porque o BC aceitou ter 3% de contas de instituições de pagamento não autorizadas. Ninguém autorizado pelo BC deveria poder atuar como instituição de pagamento.
Permissão mínima
Pode-se dizer que o objetivo dessa permissão mínima era para que as fintechs pudessem se estruturar. Que permitir esse funcionamento estava dentro do projeto lançado lá atrás pelo Roberto Campos Neto de desconcentrar o sistema financeiro. Mas a prova desse equívoco é o não fechamento de todas as portas.
É verdade que o BC estruturou um sistema que permitiu a bancarização de milhões de pessoas em tempo recorde e que o sucesso virou instrumento econômico para milhares de micro e pequenas empresas além de MEI na gestão de seu capital de giro. Esse é um efeito que pouca gente presta atenção e está no centro do embate da pressão dos Estados Unidos. O PIX eliminou os custos de adiantamento de recebíveis que as operadoras de cartões cobram das empresas.
Micro negócio
Isso reforçou o caixa e o capital de giro do micro negócio. E como diz o BC, operações que raramente passam de R$15 mil ou de R$3.7 mil na pessoa física. Então não havia razão para ainda ter 3% de não autorizadas.
Então não dá para achar razoável que isso exista e que só agora se busque fechar as portas depois da ocorrência de Dois episódios recentes de ataque a sistemas de empresas de tecnologia que conectam instituições financeiras ao PIX desviaram mais de R$ 1,5 bilhão de recursos de bancos e fintechs, embora parte deles recuperados.
Bancarização
O PIX virou para os brasileiros o principal contato com o Sistema Financeiro Nacional. É a porta para o cliente acessar as fintechs e os bancos. Mais ainda quando evoluiu para o PIX automático permitindo que pagamentos recorrentes sejam feitos de forma automática. O pagador precisa autorizar uma única vez a operação, sem precisar fazer um novo pagamento a cada nova cobrança.
Ele vai proporcionar aumento da base de clientes já que existem hoje mais de 160 milhões de usuários PIX, um menor custo operacional, diversificação de formas de pagamento atraindo os clientes que não usam cartão ou boleto que poderão pagar com PIX e no final da linha reduzir a inadimplência já que a cobrança é automática. Então não faz sentido ter qualquer porta de escape.
Chame a polícia
A investigação do uso de fintechs capturadas pelo crime mostrou que o tempo de alumbramento do BC com o sucesso do PIX acabou quando a Polícia Federal foi chamada para prender criminosos ligados às facções. O problema não é o volume que o PIX movimenta todos os dias e os bilhões de reais que transaciona.
O desafio do Banco Central é fechar todas as portas de proteção, oferecer redundância e se antecipar aos ataques que possam ser perpetrados. E a decisão de ampliar os requerimentos de governança e de gestão de riscos é bem vinda. Mas isso é o mínimo que uma instituição precisa fazer. Mas é uma instituição reguladora e de fiscalização. É o xerife do Sistema Financeiro Nacional, o que não lhe impede de ser amigável. O Banco Central não é incubadora de inovação de fintechs, embora possa estimulá-las.
Fórum de Negócios Familiares
Iniciativa do empresário, Romero Maranhão Neto o Recife recebe no próximo dia 17, o I Fórum de Negócios Familiares, debate que colocará em pauta os principais desafios e oportunidades das empresas familiares no Brasil. O encontro no Novotel Recife Marina é promovido pela Legend Capital e o escritório Huck Otranto Camargo Advogados de São Paulo.
E reunirá lideranças nacionais como Daniella Marques, da Legend Capital e ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Sérgio Salles da Legend Capital e CEO do Grupo Bozano e Adriana Salles, partner da área de Relacionamento com Cliente da Legend Wealth. Além de investidores gestores de fortunas e os advogados Diego Billi Falcão e Amanda Salis Guazzelli, da Huck Otranto Camargo Advogados.
Carbon Days
De segunda (8) a quarta (10) na Fiepe tem o Pernambuco Carbon Days, com encontros setoriais voltados à agenda de descarbonização com representantes de setores como energia, alimentos, saneamento, logística e infraestrutura, o evento pretende consolidar compromissos e gerar novos negócios sustentáveis.
Venda da TAP
Agora é oficial. O Governo português aprovou o caderno de encargos para a nova venda da aérea portuguesa TAP. Haverá a venda directa de 44,9% do capital da TAP a um investidor de referência, ficando, como é obrigatório nestas operações de saída da esfera pública, uma fatia de 5% destinada aos trabalhadores . Com isso pode abrir a porta à recepção de propostas dos potenciais interessados como Lufthansa, IAG e Air France KLM.
ECON NE aqui
O Vila Galé Eco Resort Cabo, no Cabo de Santo Agostinho (PE) recebe entre os dias 18 e 21 os principais empresários e dirigentes do setor de materiais de construção do Nordeste na 6ª edição do ECON Nordeste. O foco do evento é o networking entre os participantes promovendo a geração de negócios e troca de experiências num encontro organizado pelo promotor Carlito Lira, organizador do ECON Nordeste e Presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção do Ceará (ACOMAC-CE). O presidente da ACOMAC-PE, Carlos Portela, será o anfitrião.
LIDE Mulher no CE
Em sentido contrário, entre os dias 9 e 11 de setembro um grupo de 34 empresárias pernambucanas integrantes do LIDE Mulher Pernambuco estará em Fortaleza para uma imersão na economia e no ecossistema empresarial do Ceará. O grupo foi recebido no Grupo Edson Queiroz, no Grupo Pague Menos e na FIEC com presenças como Igor Queiroz, Manuela Queiroz, Deusmar Queiros, Patriciana Rodrigues e Ricardo Cavalcante e BsPar de Beto Studart. Também vão visitar à 3 Corações, de Pedro Lima, Alvoar Lácteos de Bruno Girão e à fábrica da M. Dias Branco.
Riomar inovação
A partir de experiências exitosas e inovadoras, a área de mídia do Grupo JCPM teve duas indicações como finalista no 24º Prêmio Nacional Central do Outdoor. No Ceará, o uso de uma tela móvel, no RioMar Fortaleza, em um robô, com a campanha do O Boticário, feita pela agência Ideia 3, concorre na categoria Movimento & Indoor.
Em Pernambuco, a empresa é finalista com RioMar Recife, a partir da tela translúcida, de 60 metros quadrados, posicionada estrategicamente no elevador da praça central. Única em shoppings no Nordeste concorre na categoria Icônica. A cerimônia do 24º Prêmio Central acontece no dia 08 de outubro, em São Paulo. O encontro visa reconhecer as grandes idéias que movimentam o OOH em todo o Brasil.
Investimentos
O corretor Gustavo Morais da Direct Imóveis, com larga experiência em mercados internacionais como Angola, Estados Unidos e Portugal, revela que seus clientes estão buscando investir numa carteira corporativa, nos segmentos industrial e comercial. Gente com foco de atuação para grandes negócios, com ticket médio acima de 10 milhões de euros
Expo Run
O presidente do Instituto Incentiva, Eduardo Couceiro lidera a realização da 12ª Meia Maratona Eu Amo Recife, no dia 27 que terá a primeira edição da Expo Run, feira temática dedicada ao universo das corridas nos dias 24, 25 a 26, na Avenida Rio Branco, no Recife Antigo, das 12h às 20h. O espaço contará com palestras, ativações de marcas, experiências interativas e expositores, além de ser o ponto oficial de retirada dos kits dos atletas.
Olá, Geely
No seu primeiro mês de vendas no mercado brasileiro, a Geely comercializou 159 unidades do Geely EX5. O SUV elétrico é o primeiro Geely lançado no Brasil com assistente de voz “Olá, Geely” que funciona com base em inteligência artificial e é capaz de obedecer a mais de 200 comandos de voz. O carro tem seis anos de garantia do veículo e oito anos de cobertura da bateria. É aquele na Fernanda Lima e o Rodrigo Hilbert.