Crime evoluiu da droga para a fintech e chegou aos fundos multimercado mostrando que tráfico virou porta de entrada de capital
Investigações mostram como organizações criminosas encontraram um caminho para gerenciar os lucros para ocupar cadeias produtivas completas
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Quando no dia 15 de março, a Receita Federal revogou a portaria que ampliava o monitoramento de transações por PIX acima de R$ 5 mil por mês feitas via bancos digitais, fintechs e instituições de pagamento após onda de fake news, muita gente achou que o objetivo do governo era monitorar a movimentação dos cidadão com vistas a cobrar imposto de renda no futuro.
Não era. A Receita Federal e a Polícia Federal não estavam interessadas nos cidadão que se bancarizaram abrindo contas em fintechs a partir do PIX; Nem dos MEI e Pequenas e Micro Empresas que ganharam uma ferramenta de melhoria do seu capital de giro com a concentração de pagamento à vista.
Fake news
Mas a fake news - construída num vídeo bem produzido pelo deputado Nicolas Ferreira (PL-MG) - emplacou a maior vitória digital da oposição ao governo Lula em dois anos.
Nesta sexta-feira cumprindo mais 600 mandados de busca e apreensão a Receita Federal festejou silenciosamente a vitória de seu verdadeiro objetivo: identificar o caminho do dinheiro do crime organizado que desde 2022 descobrirá que o mesmo mecanismo que isenta os clientes de terem seus registros das movimentações de seus clientes à Receita Federal no PIX abriu uma avenida de oportunidades.
Lavagem de notas
Elas iam de lavagem de dinheiro das notas fiscais de combustível, passou para o registro e movimentação de negócios em fintechs até chegar a estruturação de fundos de investimentos que agora eram geridos pelos jovens de ternos bem cortados na Avenida Faria Lima, em São Paulo.
Segundo a Receita Federal, a utilização de fintechs pelo crime organizado objetiva aproveitar brechas na regulação desse tipo de instituição. Essas brechas impedem o rastreamento do fluxo dos recursos e a identificação pelos órgãos de controle e de fiscalização dos valores movimentados por cada um dos clientes da fintech de forma isolada.
Regularizar o lucro
Faz sentido. O grande problema hoje do crime organizado é regularizar o lucro. Com a digitalização das operações, toda operação financeira a partir de R$2 mil tem que ter um CPF acoplado. Um depósito de R$5 mil gera um token no sistema de captura de dados do Banco Central. Um depósito acima de R$10 precisa identificar a origem sob pena de a Receita Federal chamar a Polícia Federal para investigar. Numa fintech isso não existe.
Fintech é um termo amplo que inclui empresas que oferecem serviços financeiros usando tecnologia - e nem todas elas realizam atividades que exigem autorização do BC. Mesmo com a fiscalização reduzida em cima do segmento, dados oficiais já indicam a infiltração do crime no segmento.
Porta de recepção
Então, as fintechs acabaram sendo uma porta de recepção desse dinheiro. Até porque o modelo fintechs que atuam regularmente no mercado poderia ser capturado pelo crime. E elas se transformaram em verdadeiros operadores do crime organizado dentro do sistema financeiro. Controladas pelo crime algumas delas permitem a introdução do dinheiro ilícito no sistema.
No fundo, elas “bancarizaram” a atividade financeira das entidades criminosas. Ironicamente, a tecnologia para esconder as atividades criminosas feitas através de empresas de fachada ficou velha. O novo modelo de negócio do crime tem uma fintech.
Inovação tecnológica
Segundo as investigações, as empresas de “inovação tecnológica” operam a serviço de pessoas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao Comando Vermelho (CV), as duas maiores facções criminosas do país.
Pelas estimativas dos investigadores, o conjunto de negócios que foi alvo da operação nesta quinta-feira (28) movimentou cerca de R$30 bilhões para o crime organizado. Os agentes têm mandados para bloquear R$1,4 bilhão.
PCC no Metanol
Um caso bem ilustrativo é o dos combustíveis que o PCC passou a trabalhar com metanol, nafta, gasolina, diesel e etanol evoluiu para controlar os elos da estrutura portuária, a formulação e o refino além da frota para o para transporte e distribuição, postos de abastecimento e a loja de conveniência. O Metanol é um solvente industrial e matéria-prima da produção de formol, inflamável e tóxico, mas tem características de combustível.
E porque fintechs? Exatamente porque elas estavam fora do rastreamento dos controles do Banco Central. O dinheiro de “clientes” das fintechs chegava ao mercado formal limpo e a partir daí entravam na economia.
Indo à forra
Claro que o governo está indo à forra seis meses depois. Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad avisou que as fintechs terão que cumprir regras mais rigorosas com esta medida. Segundo ele, as fintechs, a partir de 1º de setembro terão que cumprir rigorosamente as mesmas obrigações que os grandes bancos.
De qualquer forma, a investigação apresentada ontem mostra como o crime organizado evoluiu. Tradicionalmente o tráfico de drogas não gera riqueza para muita gente. No máximo, os líderes porque a própria visão do traficante não chegava a um nível mais sofisticado.
PCC com CV
O fato novo é que organizações como o PCC e Comando Vermelho passaram a ter negócios mais robustos que o tráfico. A necessidade de lavar o dinheiro ficou muito grande. Porque não dava mais para comprar imóveis.
Com o crescimento das atividades em cadeias produtivas completas como a do combustível, por exemplo, o negócio saiu do posto para voltar ao terminal de combustíveis e na outra ponta bater na loja de conveniência. Então, como regularizar esse bloco de dinheiro?
Fora das regras
E aí veio à opção pela fintech. Tecnicamente, ela virou um canal por estar fora das regras do BC e já estava consolidada. Isso fez o crime comprar fintechs e, no ato seguinte, chegar ao fundo de investimento que ninguém sabia quem era o dono.
No fundo, aquela anulação da portaria ajudou a que a polícia e a Receita Federal pudessem aprofundar as investigações. O estouro do esquema mostrou que Fintech não é banco. Mas tem que se comportar como tal.
Dragagem e Suape
Com a chegada das duas dragas do consórcio Van Oord/Jan De Nul , a governadora Raquel Lyra, finalmente, dará hoje a ordem de serviço de uma das mais importantes obras do porto de Suape à dragagem do porto interno que vai chegar ao cais onde está sendo construído do novo terminal de contêineres da APM Terminals (Maersk), que está investindo R$ 1,6 bilhões no terminal.
A ampliação da movimentação do Complexo, a dragagem aumentará o tamanho do calado para 16,4 metros de profundidade. Os investimentos serão de R$204 milhões, sendo R$100 milhões do Governo Federal e R$104 milhões do Estado.
Gamers Club
Uma pesquisa da Serasa em parceria com a Gamers Club, maior hub para a comunidade de jogos competitivos da América Latina revelou que 43% dos brasileiros têm o costume de jogar esportes, a partir do console, computadores ou notebooks, atividade que gera investimentos de até R$250 mensais.
Segundo a pesquisa, 36% costumam adquirir pacotes de expansão, complementos de itens e funcionalidades adicionais e 87% dos jogadores costumam adquirir novos itens ou atualizações utilizando moedas virtuais conquistadas no próprio jogo. Além disso, 64% daqueles que afirmam jogar videogame, o tempo diário ocupado em partidas varia de uma a três horas. O estudo também apontou os principais motivos que levam as pessoas a jogarem e, para a maioria, é uma forma multifuncional de lazer.
Ponte do Arruda
Pelas contas da Prefeitura do Recife, a construção da Ponte do Arruda, entre bairros como Campo Grande, Peixinhos, Arruda, Água Fria e Beberibe tem 75% de obras concluídas. A ponte ligará a BR-101 até a Avenida Agamenon Magalhães em paralelo à Avenida Norte. O investimento é de R$16,9 milhões.
Semiárido e Crea
O Crea-PE promove na próxima quinta-feira (4), em Serra Talhada, seminário para discutir o desenvolvimento econômico no Semiárido tendo como palestrantes o reitor da UFPE, Alfredo Gomes; o ex-superintendente da Sudene, Danilo Cabral, empresários e especialistas em agronegócio e energias renováveis.
Exploração Mineral
A pedido da Agência Nacional de Mineração (ANM) , o Serpro desenvolveu uma ferramenta para acompanhamento do setor mineral que reúne num ambiente digital único, dados, declarações e instrumentos de controle sobre a exploração dos recursos naturais do país.
Lançada em março último, a Plataforma de Gestão de Recursos Minerais (PGRM) redesenha a relação entre o Estado e o setor mineral garantindo que garantindo que cada nota fiscal reflita de forma transparente a movimentação do setor, permitindo que a riqueza mineral volte para as cidades e para a população que convive diariamente com os efeitos da mineração.
Plataforma de Gestão
Ela viabilizou a implantação do módulo que traz a versão completa da Declaração de Informações Econômico-Fiscais (DIEF) da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), o royalty constitucional destinado a reverter parte da riqueza mineral do país em benefício da sociedade.
A CFEM gerou uma arrecadação de R$7,4 bilhões em 2024 que financiou obras de infraestrutura, projetos sociais, ações ambientais e iniciativas de segurança pública em regiões mineradoras. Ela é devida por todos que realizam a extração de substâncias minerais para fins econômicos, com exceção da lavra garimpeira, em que o devedor é o primeiro adquirente.
Cama e mesa
De 2 a 4 de setembro, no Mar Hotel Convention, a Appel Home, empresa especializada em cama, mesa e banho, apresentará seus produtos para a Semana Têxtil Regional (STR) de Recife (PE) um evento exclusivo para lojistas cujo objetivo é reforçar a relevância da marca no varejo têxtil brasileiro. Fundada há cinco décadas, a Appel Home é uma das marcas mais tradicionais de cama, mesa e banho do Brasil, construindo sua história com olhar para o futuro.
CTI Imobiliária
Referência na comercialização de em áreas litorâneas como Tamandaré e Praia dos Carneiros a CTI Imobiliária celebra 25 anos realizando sonhos. Ela nasceu na Zona Oeste do Recife por iniciativa do corretor Ulisses Bóia e seu filho, Hélder Bóia, a partir do convite de um amigo para administrar 30 imóveis de sua propriedade.
Mas a partir daí ela nunca mais deixou o mercado embora mantenha sua atuação na área urbana da Zona Norte do Recife e já foi responsável pela venda de mais de 2.500 imóveis sendo uma das poucas imobiliárias full service da região, ou seja, atua de forma abrangente em soluções imobiliárias completas para o cliente.