Os chineses começam, de fato, a fabricar carros no Brasil e isso pode mudar o perfil da mais importante indústria que o país abriga
GWM comprou duas linhas de montagem no Japão, testou na matriz e mandou para o Brasil iniciando a montagem de carros de alto luxo que já vende aqui.

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O presidente Lula da Silva foi a Iracemápolis (SP), nesta sexta-feira (15) inaugurar a fábrica da Great Wall Motor (GWM) Brasil, a primeira unidade da uma montadora chinesa no Brasil e nas Américas, a iniciar a produção de veículos híbridos e elétricos no país.
Lula incentivou a GWM a usar o Brasil como ponto estratégico para expansão na América Latina transformando o país numa plataforma, para venderem o produto na América Latina.
Fábrica reciclada
O sítio da GWM abrigou uma planta da Mercedes Benz até 2021 e para produzir logo no Brasil a empresas compraram os robôs no Japão os levou para duas linhas produção foram importadas da China onde foram testados e depois enviados ao Brasil.
A GWM foca no segmento de SUVs, recheados de tecnologia, com preços a partir de R$199 mil, mas que podem chegar a R$325 mil na versão GT.
Não é a BYD
O movimento da empresa é completamente diferente da também chinesa BYD (Build Your Dreams) que também inaugurou no mês passado seu complexo industrial de Camaçari (BA), onde no passado funcionou uma unidade da Ford e onde promete produzir o SUV Song Plus, um híbrido plug in, e o elétrico Dolphin Mini.
A GWM está montando seus carros em São Paulo, já faz as primeiras unidades e só agora o seu presidente da GWM internacional, Parker Shi, admitiu aproveitar a isenção dada pelo Brasil para montagem de carros a partir de CKD (carros prontos desmontados).
Mais que o CKD
Shi disse que está trazendo as peças da China para a fabricação dos veículos porque quer ter uma linha de sistemistas. Até porque como deseja Lula seu foco é exportar para os países do Mercosul, onde o índice mínimo de nacionalização dos veículos precisa ser de 35%.
O movimento da GWM é importante não só para o mercado onde a empresa vendeu 29 mil unidades em 2024 e 16 mil no primeiro semestre deste ano, mas para todo o setor automobilístico instalado no Brasil que é certamente o de maior acesso ao governo.
Mais chineses
Porque ela é a que mais se aproxima do modelo de negócios que o setor instalou no Brasil. Até porque, além dela JAC e Cherry já se instalaram com e agora estão chegando marcas como a Neta, Omoda & Jeecoo, Gac e Zeekr.
E porque outras quatro Changan, FAW, DongFeng e BIAC (caminhões Foton) devem chegar, o que significa dizer que o mercado brasileiro deve ter ao menos 16 marcas.
Susto nas locais
Esse movimento assusta as empresas instaladas no país e que simplesmente não acreditaram que o Brasil não compraria carro elétrico de luxo porque eles são caros e não montaram planos para chegar antes dos chineses.
E como sempre acontece, já pensam em nova ajuda do governo uma vez que o Programa MOVER que oferece R$19,4 bilhões em créditos tributários para montadoras e fabricantes de autopeças que investem em pesquisa, desenvolvimento, eficiência energética e conteúdo local não dará conta.
Novo amor
No mesmo dia em que Lula estava em Iracemápolis (SP) as montadoras de veículos com operações no Brasil trabalham, por meio da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) num pacote de medidas de reindustrialização que será apresentado ao governo com o velho discurso de que mais incentivo ainda é necessário como reduzir a carga de impostos.
O fato novo é que a chegada dos chineses assusta as empresas com operações no Brasil. Mesmo a Stellantis que tem fábrica em Pernambuco preferiu manter seus planos de fabricar apenas carros a combustão mesmo com os movimentos da BYD.
Modelos elétricos
Na verdade, ela até tem um programa de fabricar no país modelos elétricos, mas ainda sem uma data de apresentação. Talvez porque com mais de três milhões de carros vendidos ao longo cinco décadas ela não poderia deixar esse mercado e cuidar apenas de elétricos. Esse ainda é um grande ativo que vai durar.
Não é isso que está acontecendo. Um estudo de Performance Veículos Usados (PVU), divulgada pela Megadealer, uma empresa focada em levantamentos para o setor automotivo mostra que a Jeep é a marca que ocupa o topo da lista na perda de clientes com veículos seminovos para as chinesas BYD e GWM.
Novo padrão
O problemas das montadoras nas operações no Brasil veículos a combustão é que os chineses com ajuda do seu governo são muito mais rápidos nas ações.
Segundo a Anfavea, em junho os chineses venderam 12,6 mil carros, mas fizeram a importação de 56,2 mil e tinham um estoque de 111,0 mil unidades em dezenas de pátios.
Muito agressivos
A entidade é critica a forma como o chineses estão chegando e como o governo está tratando os chineses e diz que o modelo d e montagem CKD / SKD gera aproximadamente 2 a 3 empregos indiretos devido a seu baixo índice de localização enquanto as plantas automotivas nacionais com processos de produção complexos geram em torno de 10 empregos indiretos para cada 1 posto de trabalho direto.
Velhos parceiros
Eles têm razão. Mas é que diferentemente de outros tempos, o presidente Lula que veio do setor metalúrgico está apaixonado pela China em função do embate com Donald Trump.Num discurso inflamado, Lula disse aos empregados da GWM que eles vieram para “o país certo, que tem um povo trabalhador, muito trabalhador. É um povo que aprende as coisas com muita facilidade. É por isso que nós temos uma relação muito forte com a China. É por isso que a China é o nosso principal parceiro comercial”.
Paixão do momento
Paixões arrebatadoras nem sempre terminam bem. E certamente o governo Lula não vai ajudar as montadoras como no passado. Ele está encantado com o novo maior parceiro.
Sentido que não é mais amada, a Anfavea tem orientado suas associadas a se desfiliar da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). E tem obtido sucesso até agora, ao menos Stellantis (dona de Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën), Toyota, Renault e Audi, se desligaram da ABVE. A indiferença dói.
Herança digital
O que fazer quando uma pessoa morre sem deixar claro qual é a sua herança digital? Herança digital é um termo que abrange uma vasta gama de ativos, desde aqueles com valor econômico, como criptomoedas, direitos autorais de conteúdos digitais, certificados de e-commerce e rendimentos de plataformas online.
E os bens de valor afetivo, como contas em redes sociais, e-mails, fotos, vídeos e arquivos pessoais muitas vezes vinculados a restrições contratuais das plataformas, esses ativos estão sendo admitidos como bens patrimoniais na
Esta semana uma decisão inédita da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que teve como relatora a ministra Nancy Andrighi, propõe um procedimento judicial especializado para o acesso à herança digital em inventário.
A turma começou a analisar a possibilidade de acesso a bens digitais em inventário, sinalizando um avanço significativo na compreensão e regulamentação desse patrimônio intangível.
Acordou para Jesus
A CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco) suspendeu, neste sábado (16), a derrubada de árvores na antiga Vila dos Sargentos, em Boa Viagem, onde a Prefeitura do Recife para a construção do Conjunto Habitacional Vila da Aeronáutica, dentro do MCMV. Demorou. A obra está concluída. A empresa AC Demolidora que começou o serviço em maio já terminou o serviço. De qualquer forma a empresa foi multada em R$500 mil.
Venda de dívida
O nome é pomposo: Mercado de cessão de NPL (Non-Performing Loan). Tem a ver com a inadimplência do cenário econômico do Brasil e reflete diretamente a saúde financeira de consumidores, empresas e do próprio sistema de crédito.
A venda dessas carteiras atingiu R$ 12 bilhões no primeiro semestre deste ano, referente ao volume de carteiras vendida com 4.3 milhões de dívidas renegociadas por mais de 2,3 milhões de pessoas segundo dados da Recovery, empresa do Grupo Itaú e especialista em recuperação de crédito no país que possui sob sua gestão mais de R$ 144 bilhões de créditos inadimplidos e, atualmente, mais de 33 milhões de clientes com dívidas ativas em sua base.
Aqui e lá
Não é apenas em Pernambuco que governo e prefeitura antecipam a campanha de 2026. Na Paraíba, o governador João Azevedo )PSB( abriu um guerra contra o prefeito Cícero Lucena. O Governador está fazendo na capital sua maior obra, o Complexo Rodoviário que interliga os municípios de Cabedelo, Santa Rita e Lucena - a Ponte do Futuro, cujos investimentos somam R$465,5 milhões de recursos próprios do estado. Mas a Prefeitura se queixa do abandono dos parques estaduais na cidade. Nesta sexta-feira (15) a barreira de Cabo Branco deslizou por causa da forte chuva em João Pessoa.
Banco Vermelho
A concessionária Sael BMW, sensibilizada com os elevados números de violência contra a mulher, sobretudo em Pernambuco, que ocupa o primeiro lugar no ranking do Nordeste, se engaja na luta contra o feminicídio e violência contra a mulher e instala na Avenida Boa Viagem, em adesão às ações do Instituto Banco Vermelho, um Banco Vermelho Gigante, símbolo dessa luta.
Dinheiro fora
Desde que os Estados Unidos quanto a União Europeia passaram a sinalizar, com medidas concretas, que a fronteira entre justiça e autoritarismo pode estar sendo ultrapassada por instituições brasileiras. No Brasil, a procura por operações de câmbio para aquisição de imóveis cresceu 42%.
Com quase cinco milhões de brasileiros vivendo fora do país, as remessas internacionais superam em junho R$50 bilhões por ano, cresceu a procura de serviços de bancos para proteger capital, diversificar riscos e adquirir ativos reais com alto potencial de valorização.
Chegar junto
Ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a governadora Raquel Lyra foi a Resende(RJ) neste sábado (16). Participou da cerimônia de entrega dos Espadins aos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende, no Rio de Janeiro, de olho na Escola de Sargentos do Exército (ESE), que terá sede na RMR.
Usina de Arte
Jornalistas da França, Alemanha, Estados Unidos, Espanha e México, conhecerão o acervo e as iniciativas Usina de Arte, em Água Preta, que tem gerado oportunidades, renda e qualificação profissional, além de ampliar o acesso à arte, cultura, educação e cidadania. O projeto da Usina é reconhecido por transformar vidas e fortalecer a economia local.