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Banco Central avisa a Governo e Congresso que alguém tem que ser racional quando quem faz lei e quem gasta não controlam os gastos

Missão do Banco Central é proteger a moeda e a única forma de fazer isso quando o governo não controla a inflação é subir a taxa de juros.

Por Fernando Castiho Publicado em 19/06/2025 às 0:05

Quando se vai ao site do BC para ler as atas do Copom - ao longo das reuniões - é possível ver claramente que o texto, embora hermético, avisa o que vem por aí e que é preciso o governo agir nos próximos 45 dias que separam uma reunião da outra.

Está tudo ali nas atas das 270 reuniões que estão disponíveis. E elas ficam mais evidentes quando o BC tem que fazer movimentos constantes de baixa ou de alta como agora. Dito de outra forma: as atas do Copom alertam o governo e ao mercado.

Recado na taxa

Isso explica por que nesta quarta-feira, após a 271ª reunião, o BC anunciou que estava reajustando a taxa Selic em 0,25% cravando 15% “de rombo” como se diz quando se canta uma pedra num jogo de bingo.

Uma taxa Selic de 15% é uma dose cavalar para qualquer economia com inflação medida como é no Brasil. Não dá para nenhuma empresa responsável pensar em investimento a despeito de o BNDES comemorar crescimento no seu volume de empréstimos para investimento no ano. Ainda que com taxas subsidiadas.

Risco de crédito

Mas é um risco absurdo uma empresa séria ir ao banco e pedir dinheiro captado no mercado para tocar um projeto. Essa taxa no banco não aguenta nem expansão de capital de giro de bets.

E o que diz a nota da reunião desta quarta-feira: que o ambiente externo se mantém adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos.

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Gabriel Galipolo presidente do Banco Central. - Divulgação

Problema é aqui

E que “o cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda tem apresentado algum dinamismo, mas observa-se certa moderação no crescimento”.

E faz a advertência principal: Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, seguem mais elevados do que o usual. Razão pela qual decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 15,00% a.a.

Acorda presidente

Finalmente, o recado ao governo Lula: “o cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”.

“Expectativas desancoradas” é uma forma educada de dizer que o governo continua sem cuidar da despesa e que a receita não aguenta. E que as comemorações efusivas de ministros com o mercado de trabalho, com uma economia com o cenário que vivemos hoje, acaba sendo ruim.

Montando em dados

O que pouca gente fora do mercado financeiro presta atenção é que, mais do que o governo, o BC é especialista em capturar dados e construir cenários com base num monte de informações.

Aquela reunião de nove pessoas que se reúne na sede do BC em Brasília é quase uma solenidade depois de semanas de captura e leitura de dados. Essa é uma das melhores heranças do Plano Real desde 1995 o BC aprendeu a ler sinais da economia.

Simonte isolada

Mas se a gente lembrar do que dizem os ministros de Lula, com exceção de Simone Tebet, do Planejamento, nenhum deles (inclusive Fernando Haddad) está se mostrando preocupado com as contas ou com o que o BC chama de “expectativas descoradas”.

Esse é o pior dos cenários. Um governo que não fala em controlar ou sequer gastar melhor e um Congresso que quando vota, aumenta despesa e que agora entendeu desmoralizar de vez a equipe econômica.

Esfriar economia

Isso é o que faz o BC usar a sua arma (a taxa de juros básica) para esfriar a economia e chamar o feito à ordem. Porque parece que deputados e alguns ministros esquecem que a função do Banco Central é proteger a moeda.

Sua função é a de tentar, via taxa de juros, fazer a economia aquecer se não tem como aguentar o tranco. Só que com o nível de esculhambação da gestão pública crescer vira uma coisa ruim porque força aumento de inflação.

Política do BC

Então, o BC mais uma vez faz política no melhor sentido. Sobe a taxa, avisa que alguém tem que parar de fazer bobagem no atacado e de pensar como se não houvesse amanhã.

E não dá para culpar os diretores do BC por aumentarem a taxa pela sétima vez. Gabriel Galípolo tem avisado a Lula e a Fernando Haddad que precisam parar de explodir o caixa. E lembrando aos deputados e senadores que eles precisam pensar em 2027.

Comportamento

Não dá para Governo e Congresso se comportarem como estão se comportando. Porque quando o presidente não assume que precisa ser responsável como o dinheiro público, os ministros saem rodando o Brasil anunciando mais gastos. E porque, quando o Congresso “roda a baiana” nas votações está dizendo ao povo que se exploda porque com as emendas sendo pagas suas eleições estão garantidas.

E assim, os dois perdem o respeito do cidadão quando fingem que estão começando a reduzir despesa e que estão preocupados com a carga tributária. Mas a verdade é que os dois não estão pensando nisso. Um na próxima eleição, outro no próximo PIX de suas emendas.

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Secretário da Fazenda de Pernambuco, Wilson de Paula, acredita que o Estado volta a ser Capag B ainda este ano - DIVULGAÇÃO

Leilão de Dívidas

O estado realizou com sucesso, o primeiro leilão de dividas inscritas em restos a pagar processados ou inadimplidas, reconhecidas pela Administração Pública Direta e Indireta do Estado de Pernambuco, poderão ser objeto de leilão de pagamento.

O resultado do 1º Leilão quer dizer que 284 credores do IASSEPE toparam vender essas dívidas em 39 lances no total de R$25 milhões com um desconto médio de 20,7% que o estado vai pagar e se livrar dessas dívidas.

Inadimplência

A inadimplência não baixa no Brasil. O Indicador mensal da CNDL e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que as pessoas físicas continuam em patamares alarmantes no país. Em maio, o Brasil registrou um total estimado de 70,73 milhões de consumidores negativados, o que representa impressionantes 42,59% da população adulta e cresceram 6,28% sobre maio de 2024.

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É comum também a ideia de que o Brasil possui uma boa legislação ambiental, mas que falha ao tentar implementá-la - Divulgação

Falta atitude

O novo Marco Legal de Saneamento (lei 14/026), em 2020 está completando cinco anos de vigência.A meta de universalização de atendimento que estabeleceu com 99% da população com acesso à água tratada e 90% servida por esgotamento sanitário até 2033 ainda é um desafio. Atualmente, 83,1% têm acesso à água tratada e 52,2% à rede de esgoto (dados do Sinisa).

O marco legal também define a meta de 25% para perdas de água (a média nacional hoje é de 39,9%). A notícia boa é que a lei possibilitou novos arranjos regionais de prestação de serviços, uniformizou a regulação do setor e facilitou investimentos privados. Mas uma ampla reconfiguração do saneamento no país vai exigir mais esforço político dos estados que mesmo recursos do setor privado.

Sem seguro

Uma pesquisa realizada pela fintech meutudo com 6,5 mil brasileiros revelou que o seguro de vida ainda é um produto pouco conhecido no país. Ao menos 40% dos entrevistados nunca ouviram falar sobre o tema e 9% afirmam ter escutado algo, mas não saber ao certo como funciona. E que 62% dos respondentes nunca contrataram seguro de vida.

Apenas 31% possuem apólice ativa e 8% já tiveram o serviço, mas cancelaram.Sobre a intenção de contratar nos próximos 12 meses, 41% disseram estar em dúvida e 33% não demonstraram interesse. Apenas 17% afirmaram que pretendem contratar.Os números são ruins, mas mostram um mercado por descobrir.

 

Kroma 17 anos

A empresa pernambucana Kroma Energia completou, nesta quarta-feira, 17 anos de atuação no setor elétrico brasileiro. Liderada pelo

ALEXANDRE SEVERO/ACERVO JC IMAGEM
Rodrigo Mello, diretor da Kroma Energia - ALEXANDRE SEVERO/ACERVO JC IMAGEM
, a empresa foi a primeira comercializadora de energia do Nordeste e também consolidou sua presença por meio de atividades voltadas à geração e gestão no Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Entre números de destaque, os clientes do grupo evitaram a emissão de mais de 22 mil toneladas de CO², o equivalente ao plantio de mais de 156 mil árvores, com a migração para fontes renováveis.

Da Fonte 25 anos

Também em junho o escritório Da Fonte Advogados comemora aniversário chegando aos 25 anos no mercado e consolidando-se na área de assessoria jurídica às empresas, negócios e seus sócios. O escritório se destaca como parceiro estratégico de negócios com sede em Pernambuco e atuação nacional.

Higicon Experience

Na próxima quinta-feira(26) , dia 26 de junho, o Hotel Fiesta, em Salvador (BA). Acontece o Higicon Experience Nordeste, evento da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional voltado exclusivamente para distribuidores do setor de higiene e limpeza profissional.

Será a primeira vez que a associação realiza um evento regional totalmente dedicado aos distribuidores na região Nordeste, reforçando sua presença institucional e seu compromisso com o desenvolvimento do mercado de higienização profissional em nível nacional.

Armando Artoni
Rafael Simões, presidente da Ademi-PE - Armando Artoni

Feirão de Empregos

A Ademi-PE e a Cooperativa da Construção de Pernambuco lançam, nesta terça-feira (17), o projeto Começou o projeto Feirão de Empregos, Ademi-PE e a Cooperativa da Construção de Pernambuco iniciativa, que visa impulsionar o mercado de trabalho no setor, e será realizada em parceria com o Sinduscon-PE e conta com o apoio do Comitê de Construção, Tecnologia e Inovação (INCONTEC) e do Instituto da Construção (IC).

Masterboi atacadista

A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD) reconheceu mais uma vez a Masterboi como o maior atacadista e distribuidor de Pernambuco na edição 2025 do Prêmio ABAD, que contou com 761 participantes respondentes.

Embora hoje a empresa, liderada pelo empresário Nelson Bezerra, seja uma das principais indústrias frigoríficas do país, com atuação nacional e exportação de proteína animal para todos os continentes, sua origem e presença no estado estão na distribuição de produtos e proteína animal.

Mulheres do Brasil

O iFood abriu inscrições para a segunda edição do programa Elas são Tech, que selecionará 50 mulheres engenheiras de software de todo o Brasil. Esta edição é focada em posições de nível júnior para trabalho remoto em tempo integral. As candidatas interessadas devem ter experiência de 1 a 3 anos na área, vontade de desenvolver soluções inovadoras e integrar uma das empresas referência em tecnologia do país. Até 30 de junho no site (https://carreiras.ifood.com.br/).

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