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Após se consolidar no mercado de livre de energia, Kroma chega a 500 MW em geração solar

Empresa pernambucana tem mais de 600 clientes e aposta no segmento de energia limpa com suporte de armazenamento para entrega em horários de pico.

Por Fernando Castilho Publicado em 12/04/2025 às 0:05

Em 2008, quando o mundo divide suas atenções entre a crise do subprime e a eleição de Barack Obama, o empresário Rodrigo Mello abriu um negócio que poucas pessoas conheciam e muito menos estavam dispostas a participar apesar de inovador comprar energia de uma empresa que intermediava a venda fora de uma distribuidora.

O mercado livre de energia virou um negócio de R$ 66 bilhões e fornecedor de energia mais barata para 64 mil unidades consumidoras num modelo de negócio que fez tanto sucesso que rapidamente fez as próprias distribuidoras criarem empresas para vender energia aos seus clientes pessoa jurídica oferecendo preços menores do que ela mesmo cobra fora do mercado livre.

Em 2008 não existia energia eólica disponível como hoje e a ideia do solar ainda era tema de estudiosos embora todo mundo soubesse que as duas fontes renováveis tinham perspectivas assim como o próprio negócio do mercado livre. O desafio era convencer os órgãos do governo a criarem as condições para eles se desenvolverem.

Virou reeferência

A Kroma de Rodrigo Mello serviu de modelo para dezenas de empresas de outros empresários que rapidamente entenderam o conceito. Ela hoje se orgulha da base de 800 clientes e de ter vendido ano passado 2 GWm de energia e de ter 600 deles como unidades consumidoras sob gestão.
Mas atualmente ela tem um portfólio de 5,7 GW (gigawatt) em projetos de geração renovável, sejam eles já em operação ou ainda em fase de desenvolvimento, e planeja expandir seus investimentos nos próximos anos. A Kroma virou também geradora de energia solar.

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Kroma - Complexo São Pedro e Paulo.Pernambuco. - Divulgação

Projeto de geração

O empresário costuma dizer que sair da comercialização para o desenvolvimento de projetos de geração de energia solar era previsível pelo conhecimento que após 17 anos a companhia adquiriu na interação com seus clientes. E a opção pela energia fotovoltaica naturalmente se apresentou para uma empresa do tamanho da Kroma.

Rodrigo Mello foi buscar parceiros. Nasceu o Complexo Solar São Pedro e Paulo, localizado em Flores (PE), entrou em operação comercial em fevereiro do ano passado com capacidade instalada de 101 MWp e investimento de R$ 355 milhões

Parcerias grandes

Ele é fruto de uma parceria entre a Kroma Energia e a Elétron Energy, e já nasceu com parte de sua planta dedicada ao abastecimento das unidades da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), através de uma Parceria Público Privada (PPP) de Energia.

A empresa prevê uma capacidade instalada de 476 MWp em operação até o final do ano de 2026 para a modalidade de Geração Centralizada (GC). Atualmente, a Kroma possui 101 MWp (megawatt-pico) em operação, tendo assegurado 645 MW em PPAs (Power Purchase Agreements, acordos de compra e venda de energia a um preço prefixado) de longo prazo.

Clientes cativos

Ela também decidiu entrar em outro projeto em Pernambuco. O Complexo Colinas, localizado no município de Garanhuns, possui uma capacidade instalada de 130 MWp e investimento de R$420 milhões, é a segunda etapa de entrega do PPP supramencionado e possui previsão para iniciar sua operação em junho de 2026. A iniciativa, que também conta com a parceria da Elétron Energy, deve gerar cerca de 2 mil empregos na região.

No ano passado, a Kroma iniciou a de seu maior empreendimento . A construção do Complexo Fotovoltaico Arapuá, em Jaguaruana, no Ceará, onde está investimento na ordem dos R$800 milhões e capacidade instalada de 250 MWp. Ele está projetado para ser duplicado e será um dos maiores parques fotovoltaicos do Nordeste.

Suporte da WEG

Apenas a primeira fase do empreendimento está prevista para entrar em operação no primeiro trimestre de 2026 537 GWh, energia suficiente para o abastecimento de 290 mil residências. A Kroma escolheu a brasileira WEG para fazer sua implantação num contrato chave na mão.

O Complexo Fotovoltaico Arapuá também para a WEG será o seu maior projeto de geração fotovoltaica desenvolvido que até então implantou parques com até 250 MWp. Pelas suas conexões com empresas chinesas, a WEG pode escolher o que existe de mais eficiente no mercado global.

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Rodrigo Mello - Divulgação

Armazenamento

Nos últimos anos o empresário tem se dedicado a analisar a questão do armazenamento de energia que será um divisor de águas (ou melhor de sol...) no segmento.

A Kroma Energia também tem se posicionado de forma estratégica no desenvolvimento de soluções para armazenamento de energia, um fator essencial para garantir estabilidade e eficiência ao sistema elétrico. Essa preocupação pode ser determinante para a indústria de geração solar no Brasil, como já é uma realidade na China onde ela mais avançou.

Guardar e vender

Assim o ideal é que você gere normalmente a venda de energia aos seus clientes e guarde ao longo do dia até 30% para o parque disparar na hora de pico.

Isso levou a Kroma a desenvolver seus projetos que integrem geração renovável com sistemas de baterias, ampliando a segurança do suprimento e otimizando o uso da energia gerada.

Com a realização do primeiro leilão de energia de reserva voltado exclusivamente para armazenamento, previsto para o segundo semestre de 2025, a Kroma acompanha de perto esse processo e avalia oportunidades para contribuir com a modernização e a segurança do setor elétrico brasileiro.

Futuro verde

O debate sobre a necessidade de leilões de energia de reserva exclusivamente para armazenamento faz todo sentido porque se no futuro os projetos incorporarem o BESS a matriz de geração do Nordeste passa a ser muito mais estratégica.

E isso será resolvido com o aumento e incorporação da capacidade de armazenamento porque na hoje de comercializar no próprio mercado livre a empresa tem essa energia. Além de poder captar clientes ativos sem a dependência das demais fontes.

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Predio mais alto de Fortaleza. - Divulgação
 

Outorga onerosa

O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), anunciou, nesta quinta-feira (10), que estão suspensas as emissões de aprovações para construções de prédios com altura maior do que a permitida no Plano Diretor Municipal. As liberações são feitas, hoje, por meio da "outorga onerosa", que permite a construtoras pagarem e alterarem parâmetros de empreendimentos, possibilitando a construção, por exemplo, de super-prédios em Fortaleza.

A “outorga onerosa” é uma espécie de concessão do poder público ao mercado imobiliário. Por meio dela, o construtor pode requerer o direito de flexibilizar aspectos como a altura, o índice de aproveitamento do terreno ou os recuos que a nova construção adotará. Os super-prédios são justamente os edifícios construídos em tamanhos maiores do que o permitido em lei que regulamenta os espaços da cidade, o que tem sido possível a partir do mecanismo da outorga onerosa. O município quer analisar os impactos desses empreendimentos.

Calado no IBEF

O consultor José Emílio Calado foi eleito presidente do Conselho Diretor Nacional do IBEF - Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças. A sede do IBEF é no Rio de Janeiro e Calado ficará na ponte aérea por dois anos. Com mais de 4.000 associados, o instituto está presente em quase todo o país. Calado tem pela frente a missão de organizar o congresso do IBEF/CONEF/25 que este ano será realizado no Recife devendo receber mais de 400 congressistas.

Tech Woman

Nesta terça-feira (15), no IZI Corporate House, no Cais do Apolo tem o Tech Woman com palestra da Consultora em Felicidade Corporativa, Roberta Rigaud, sobre o tema “Entre a Performance e a Humanização: O Futuro é Tech, o Presente é Humano”. O projeto Tech Woman foca em palestras e ações de conexão voltadas ao mercado de trabalho com tecnologia exclusivamente para pessoas que se reconheçam como mulheres.

Participam as fundadoras do Tech Woman, Kássia Alcântara e a CTO da Muda Meu Mundo, Laís Xavier Elas apresentarão detalhes do evento que será realizado no dia 26 de julho, no Recife Expo Center, no Bairro do Recife, com expectativa de reunir um público de cerca de 2.000 participantes, entre 13 e 70 anos.

Gente de Educação

O governo está contratando 725 pessoas distribuídas em 16 Gerências Regionais de Educação (GRE) no Estado, são para Professor da Educação Profissional, Tutores da Educação Profissional Polo/EAD, Analista de Produção de Objetos de Aprendizagem e Analista de Monitoramento Pólo Apoio Presencial. Esses cargos abrangem as áreas de produção cultural e design, gestão e negócios, informação e comunicação, segurança, ambiente e saúde, controle e processos industriais, entre outras especialidades.

Será por meio de seleção pública simplificada destinada à contratação temporária com salário de R$2.229,42 até R$4.580,57 para jornadas de trabalho a partir de 20 horas semanais.

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Campina Grande eleita a melhor cidade do Nordeste para se viver. - Divulgação

Campina Grande

O Índice de Progresso Social (IPS), uma metodologia internacional que calcula o bem-estar da população a partir de dados oficiais, em todas as 5570 cidades dos 26 estados do Brasil e do Distrito Federal, apontou na sua edição de 2024, que Campina Grande como a melhor cidade para se viver no interior do Nordeste com entre os municípios com mais de 130 mil habitantes.

Neste ranking que pode ser visto no site: https://ipsbrasil.org.br/pt/explore/mapa, Campina Grande aparece em 1º lugar entre as 10 maiores cidades do interior do Nordeste com populações acima de 130 mil habitantes, com nota 65,77; em 2º vem Juazeiro do Norte (CE) com 64,59; em 3º aparece Vitória da Conquista (BA) 63,31; 4º Barreiras (BA) com 63,31; 5º vem Crato (CE) com 62,86; 6º Caruaru (PE) com 62,75; 7º está Sobral (CE) com 62,51; 8º Petrolina (PE) com 62,50; 9º Timon (MA) com e 10º Mossoró (RN) com 60,11.

Vamos a Córdoba

A GOL Linhas Aéreas inicia neste sábado (12) sua nova rota internacional em Recife, que agora terá um voo semanal para Córdoba (COR), uma das mais importantes cidades do interior argentino. O voo inaugural decola do Aeroporto Internacional Gilberto Freyre às 18h15 deste sábado.

O voo Córdoba-Recife nasce do esforço conjunto da GOL com o governo do estado de Pernambuco, por meio da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), e contribui para consolidar a presença da GOL na Argentina, maior mercado internacional da Companhia.

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