Professores do Recife encerram greve após 14 dias e firmam acordo com a Prefeitura
Proposta inclui reajuste salarial, pagamento de acumulação, aumento de gratificações e continuidade das mesas de negociação das condições de trabalho

Após 14 dias de paralisação, os professores da rede municipal do Recife decidiram, em assembleia realizada nesta quinta-feira (22), no pátio da Prefeitura, encerrar a greve. A categoria aceitou a proposta apresentada pela gestão municipal, e as aulas começaram a ser retomadas ainda na noite da mesma data.
O acordo prevê um reajuste de 3% na carreira e um abono de 3,27%, não incorporado, referente ao período de janeiro a dezembro de 2025, que será pago em parcela única até o fim do ano.
Outro ponto definido foi o pagamento da acumulação para professores novatos a partir de 2026, uma das principais reivindicações da categoria.
Principais pontos do acordo
- Reajuste de 3% na carreira e abono de 3,27% até dezembro de 2025;
- Pagamento da acumulação para professores novatos a partir de janeiro de 2026;
- Aumento do Abono Educador para R$ 1.518,00, a partir de outubro de 2025;
- Progressões para casos em atraso serão implementadas em maio de 2025;
- Garantia da quinta semana para realização da aula-atividade;
- Aumento do Abono Cultural de R$ 300,00 para R$ 500,00, a partir de junho de 2025;
- Aumento da Gratificação de Tempo Integral de R$ 950,00 para R$ 1.050,00, também a partir de outubro de 2025.
O acordo também prevê a continuidade das mesas setoriais de negociação, que tratam de pautas como condições de trabalho e estrutura das escolas.
VEJA TAMBÉM: saiba como acessar nossos canais do WhatsApp
#im #ll #ss #jornaldocommercio" />
Avaliação da greve
A coordenadora do Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (SIMPERE), Anna Davi, avaliou o encerramento da greve como positivo.
“Encerremos essa greve com o sentimento de dever cumprido. A categoria demonstrou maturidade, força e união. Conseguimos avanços importantes com mobilização e diálogo. Seguiremos atentos e em permanente construção coletiva”, afirmou.
Outra dirigente do sindicato, Jaqueline Dornelas, também avaliou a mobilização como histórica.
“Essa foi uma greve histórica. Enfrentamos ameaças, tentativas de criminalização e mesmo assim não recuamos. A acumulação foi uma conquista construída na luta, e não aceitamos que direitos sejam negados. A categoria mostrou que sabe o que quer e vai à luta com coragem. Ninguém intimida professoras e professores organizados!”, declarou.
A greve teve início no dia 9 de maio e, segundo o sindicato, buscava avanços na valorização salarial, além de melhorias nas condições de trabalho. Com o encerramento, as atividades nas escolas da rede municipal do Recife estão sendo normalizadas.