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Greve dos professores: sem acordo, professores recusam proposta da Prefeitura do Recife e seguem em assembleia permanente

Professoras e professores rejeitaram a proposta da gestão, que prevê 1,5% de reajuste retroativo a janeiro, ampliado para 2,5% a partir de maio

Por JC Publicado em 19/05/2025 às 18:37 | Atualizado em 19/05/2025 às 18:40

Na tarde desta segunda-feira (19), a comissão de negociação do Sindicato das Professoras e dos Professores do Recife (SIMPERE) participou de uma nova rodada de negociação com a gestão João Campos (PSB), após suspender a greve de maneira temporária. A proposta apresentada pela Prefeitura foi imediatamente levada para avaliação da categoria, reunida em assembleia permanente no Pátio da Prefeitura.

A resposta foi unânime: professoras e professores rejeitaram a proposta da gestão municipal, que prevê 1,5% de reajuste retroativo a janeiro, ampliado para 2,5% a partir de maio. Além disso, a Prefeitura ofereceu os 4,41% restantes como abono salarial, pago em uma parcela única, referente ao período de janeiro à dezembro de 2025, sem data para pagamento. A proposta fere a Lei do Piso do Magistério e ignora a principal reivindicação da categoria: o reajuste integral de 6,27% aplicado na carreira, com reposição das perdas acumuladas nos últimos anos.

“Se a Prefeitura tem recursos para pagar parte do reajuste em forma de abono, tem condições de fazer isso como reajuste de fato, com repercussão na carreira. A escolha por não valorizar os professores é política, e a categoria não aceita mais esse desrespeito”, afirma Jaqueline Dornelas, da coordenação do SIMPERE.

ASSEMBLEIA PERMANENTE

A assembleia permanente da categoria, que continua nesta terça-feira (20) a partir das 9h, reforça o nível de adesão e a disposição de luta das professoras e dos professores da rede. “Temos uma base mobilizada, consciente e presente. Essa participação massiva mostra que estamos unidos em defesa dos nossos direitos e da educação pública de qualidade. Seguiremos firmes até que a gestão respeite nossa pauta”, destaca Anna Davi, também da coordenação do sindicato.

Diante da rejeição da proposta, uma nova reunião entre a comissão do sindicato e a gestão municipal está marcada para esta terça-feira (20). A categoria permanece em estado de alerta e voltará a se reunir após a nova rodada de negociação.


 



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