Professores do Recife fazem vigília e cobram reajuste salarial em nova negociação
Mobilização na Escola de Formação de Educadores reforça reivindicações por cumprimento da Lei do Piso e melhorias na carreira docente

Professores da rede municipal do Recife realizaram vigília na manhã desta segunda-feira (28) durante mais uma rodada de negociação com a gestão municipal.
O ato ocorreu na Escola de Formação de Educadores do Recife (EFER), no bairro da Madalena, e foi organizado pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE).
A categoria cobra o pagamento do reajuste de 6,27% previsto para 2024, a incorporação desse aumento à carreira e a reparação de perdas salariais acumuladas, estimadas em 12,78%. O movimento ocorre em meio ao estado de greve, aprovado no início do mês.
"Queremos o pagamento dos 6,27% de 2024, a incorporação à carreira e a reparação das perdas salariais dos últimos anos, que chegam a 12,78%", afirma Jaqueline Dornelas, coordenadora geral do SIMPERE.
Reivindicações envolvem reajuste, carreira e condições de trabalho
A negociação também envolve pautas estruturais da categoria, como a reestruturação dos interstícios, o aumento da carga horária, a garantia da aula-atividade — tempo destinado a atividades extraclasse — e outros itens da pauta financeira.
Até o momento, a proposta apresentada prevê reajuste de 1,5% retroativo a janeiro de 2024 e aumento de R$ 1 no valor do tíquete alimentação. A oferta foi rejeitada pela categoria, considerada insuficiente para atender às demandas do magistério.
Sindicato aciona o MPPE
Além das manifestações, o SIMPERE protocolou uma denúncia no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pedindo a intervenção do órgão.
A representação questiona o descumprimento da Lei do Piso (Lei 11.738/2008), especialmente no que diz respeito ao tempo de aula-atividade.
"A Prefeitura do Recife desrespeita o direito à aula-atividade, obrigando professores a extrapolarem o tempo de interação com estudantes, em clara violação da Lei 11.738/2008. Por isso, levamos o caso ao MPPE e exigimos providências", explica Anna Davi, diretora do sindicato.
Segundo lideranças da categoria, a greve permanece e há apossibilidade de uma paralisação completa caso não haja avanço nas negociações.
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