Você pode ser excelente no que faz — e mesmo assim ser demitido. Descubra por que isso está acontecendo com muitos profissionais!
Levantamento revelou um dado que está deixando muita gente de cabelo em pé: 50% das demissões não tiveram como causa a falta de competência técnica

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Imagine que você é um dos melhores do seu time. Entrega no prazo, tem formação sólida, entende tecnicamente o seu trabalho como poucos. Mesmo assim, um belo dia, é chamado para uma conversa com o RH. E sai da sala com a carta de demissão nas mãos. Sem aviso prévio. Sem entender o porquê. Parece injusto? Pois saiba que isso está acontecendo com metade dos profissionais demitidos em 2024.
Um levantamento recente da PUCPR Carreiras revelou um dado que está deixando muita gente de cabelo em pé: 50% das demissões não tiveram como causa a falta de competência técnica, mas sim o comportamento no ambiente de trabalho. Em outras palavras, as pessoas não estão perdendo o emprego por não saberem fazer, mas por não saberem conviver.
Durante anos, ouvimos que bastava estudar, ser bom tecnicamente, acumular certificados, especializações, dominar ferramentas. A ideia de que o conhecimento técnico era o diferencial sempre foi reforçada. Mas o jogo mudou. E quem não percebeu isso ainda está jogando com regras antigas em um tabuleiro novo. Vem comigo e vamos aprofundar esse tema!
O profissional excelente que se tornou problema
Vamos ser sinceros: você provavelmente já trabalhou com alguém assim. Uma pessoa brilhante, mas que trata mal os colegas. Não sabe ouvir. Se acha superior. Vive reclamando, criticando tudo e todos. Pode até entregar bem, mas contamina o ambiente. Resultado? O clima pesa, a equipe se desmotiva, o rendimento coletivo cai.
Agora, imagine isso repetido em várias equipes. Numa era em que cultura organizacional, clima e colaboração são prioridades, não adianta ter um craque se ele joga sozinho. Como diz o ditado, "um copo de tinta estraga o balde inteiro de água limpa". E é por isso que tantas empresas estão tomando decisões duras: preferem perder um talento técnico do que comprometer a saúde emocional de uma equipe inteira.
O verdadeiro valor de saber conviver
Hoje, o mercado entende que a competência técnica é apenas o ingresso para entrar na partida. Mas o que garante sua permanência no jogo é o comportamento. Isso inclui atitudes como empatia, escuta ativa, colaboração, respeito e maturidade emocional. Um profissional que sabe lidar com pressão, conflitos e feedbacks negativos tem muito mais chance de prosperar.
As empresas estão buscando pessoas que somem, não que dividam. E isso ficou ainda mais evidente no pós-pandemia, quando a convivência híbrida e a necessidade de autonomia escancararam a importância de uma boa comunicação e relações saudáveis.
As habilidades que o mercado mais valoriza hoje
Segundo o estudo da PUCPR, estão no topo da lista:
•Comunicação oral clara e objetiva;
•Planejamento e organização;
•Solução de problemas;
•Gestão de conflitos;
•Comunicação escrita eficaz.
Reparou que todas essas habilidades envolvem relacionamento, clareza e postura? Não é mais apenas sobre "saber fazer", mas sobre como você faz, com quem você faz e com que atitude você faz.
Do herói solitário ao jogador de equipe
Durante muito tempo, o mercado exaltou o profissional multitarefa, independente, que resolvia tudo sozinho. Mas esse modelo não funciona mais. As empresas querem pessoas que colaborem, que saibam trabalhar em equipe, que lidem bem com a diversidade e que contribuam para um ambiente mais leve.
Se você ainda acredita que basta fazer o seu e pronto, cuidado. Essa mentalidade pode estar te afastando das melhores oportunidades. E pior: pode estar colocando sua carreira em risco silenciosamente.
O custo emocional de não perceber esse movimento
Negligenciar o fator comportamental tem um preço alto. E não estamos falando apenas de perder um emprego. Estamos falando de:
•Ter dificuldade para se recolocar;
•Sentir-se excluído ou rejeitado sem saber o motivo;
•Carregar a frustração de não entender por que "nada dá certo";
•Viver inseguro, com medo de ser o próximo da lista.
Tudo isso gera desgaste emocional, ansiedade, queda de autoestima. E pode criar um ciclo de autossabotagem que afeta não apenas a vida profissional, mas também a pessoal.
E agora? O que você pode fazer?
Se você chegou até aqui, talvez esteja se perguntando: "Ok, e como eu sei se esse é o meu caso? Como melhorar esse lado comportamental?"
A resposta começa com uma palavra: autoconhecimento. Observar suas reações, seus pontos de atrito com colegas, sua abertura a feedbacks. Como você lida com pressão? Consegue colaborar mesmo quando não concorda? Sabe ouvir? Demonstra empatia?
Mais do que cursos técnicos, hoje é fundamental desenvolver competências socioemocionais. Inteligência emocional, comunicação não violenta, escuta ativa, resolução de conflitos. São essas habilidades que fazem a diferença.
Solução: Diagnóstico de Competências Comportamentais
Se você sente que está se esforçando, mesmo assim não está sendo reconhecido. Se sente que tem competência, mas algo parece travar sua evolução. Ou se simplesmente quer se preparar para esse novo mercado de forma mais consciente e estratégica, eu posso te ajudar.
Fazer um mapeamento de competências totalmente voltado para entender onde você está hoje é imprescindível, quais são seus pontos fortes e o que está impedindo seu crescimento. Deve ser uma conversa individual, acolhedora e sem julgamentos, para te ajudar a enxergar com clareza o caminho mais alinhado com seus objetivos.
Não espere que o RH te chame para uma conversa inesperada. Antecipe-se. Invista em você.
Sobre Bruno Cunha
Bruno Cunha, Administrador, Psicanalista, Headhunter e Especialista em Carreira, Ex-Diretor do Grupo CATHO em estados do Brasil, com experiência há mais de 19 anos assessorando profissionais (técnicos, gestores, consultores, docentes, empreendedores e autônomos/liberais) que buscam recolocação, mudança de emprego, desenvolvimento profissional ou transição de área/carreira, através métodos de diagnósticos profissionais capazes de identificar necessidades individuais de centenas de profissionais. Autor do livro “Descubra: você tem um Emprego ou uma Carreira?”. Mais de 41 mil seguidores no Linkedin e mais de 60 mil seguidores no Instagram, Docente em Pós-Graduação de renomadas instituições de ensino e Colunista do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação e da UOL, e publicações na TV GLOBO, SBT, RECORD TV, JOVEM PAN, TRANSAMÉRICA, FOLHA CAPITAL, JORNAL UNIÃO, dentre outros. Atual Diretor da ASSESSORIA DE CARREIRA com Bruno Cunha.
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