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Com um ano de antecedência, campanha eleitoral ganha corpo no interior

Embora a Justiça determine que campanhas devem ser iniciadas só após as convenções partidárias, a classe política começa a se movimentar muito antes

Por TEREZINHA NUNES Publicado em 15/09/2025 às 8:33

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Quem acompanha de perto as campanhas eleitorais, sabe que, embora a justiça determine que elas devem ser iniciadas só após as convenções partidárias normalmente realizadas entre os meses de junho e julho do ano da eleição, a classe política começa a se movimentar muito antes. É costume se falar que, terminada uma eleição, a campanha da seguinte se inicia. Como no Brasil temos a cada dois anos uma eleição, a classe política praticamente não descansa: uma hora está envolvida na escolha de prefeitos e vereadores e dois anos depois na escolha de deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidente.

Seguindo esta norma, os deputados participam da eleição dos prefeitos que os ajudarão dois anos depois e os prefeitos, da mesma forma, se definem dois anos antes pelos parlamentares que estarão presentes na eleição municipal nas quais disputarão a reeleição ou apoiarão um nome de confiança. Existem exceções, a depender da força dos governadores que conseguem, quando desejam, mudar a posição de prefeitos aliados em prol dos seus próprios candidatos proporcionais.

A eleição de governador e presidente não obedece à mesma lógica e, em geral, as campanhas só ganham corpo no mesmo ano do pleito. Pernambuco, no entanto, praticamente já iniciou a campanha para governador em 2026. O maior exemplo disso foi a decisão da governadora Raquel Lyra de percorrer 90 municípios nos próximos três meses, iniciando este domingo pelo município de Ibimirim, e do prefeito João Campos, que é pré-candidato desde que foi reeleito para governar o Recife em 2024, de passar três dias no interior este final de semana, programação que se dispõe a tornar mais constante a partir de agora.

Vantagem

Em se tratando de interior, a governadora parte com vantagem. Como está no cargo pode fazer viagens inclusive durante a semana sem correr risco de violar a lei eleitoral pois administra o estado como um todo e tem sempre o que anunciar ou entregar de obras e ações. Já o prefeito do Recife não pode fazer o mesmo sem que corra o risco de ser cobrado pelas ausências da capital que administra. Daí a fixação em eventos de final de semana.

Humberto e Dueire no Uruguai

Os senadores Humberto Costa e Fernando Dueire estão no Uruguai, em reunião do Parlamento do Mercosul – o Parlasul. No encontro deve ser eleito o novo presidente da representação brasileira no órgão e Humberto é um dos citados para substituir Arlindo Chinaglia. Também vai ser discutida a questão dos minerais estratégicos e terras raras e da infraestrutura entre os países membros (Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia).

Pergunta que não quer calar

Entre Raquel Lyra e João Campos, quem vai se sair melhor na conquista de votos no interior?

E-mail: redacao@blogdellas.com.br/terezinhanunescosta@gmail.com

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