Partidos vão precisar de 104 mil e 207 mil votos para eleger um deputado estadual e um federal em Pernambuco
Em Pernambuco, de forma particular, a situação vai se complicar para partidos que vivem o dilema de precisar eleger dois federais da mesma família

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Há 15 meses da eleição de 2026 e vivendo dias difíceis depois que o presidente Lula vetou projeto legislativo que garantia a Pernambuco 25 vagas de deputado federal e 49 de estadual – agora serão 24 federais e 48 estaduais pois o estado perdeu um lugar em cada casa – os partidos políticos que desejam conquistar vagas na Alepe e na Câmara Federal precisarão de 104 mil votos para eleger um estadual e 207 mil para eleger um federal. Os cálculos são do economista e cientista político pernambucano Maurício Romão, especialista em estatística e análise de pesquisas.
A redução das vagas atingiu 14 estados que tinham deputados a mais ou a menos, de acordo com sua população. A Justiça Eleitoral determinou a correção pois algumas unidades da federação estavam sub representadas no Poder Legislativo, mas os congressistas resolveram aumentar as vagas na Câmara de 513 para 531 de forma a não mexer com os estados que vão perder cadeiras. O Congresso tem direito de derrubar o veto de Lula, mas é cada vez mais difícil isso ocorrer, segundo deputados ouvidos por este blog. Além do mais, como na primeira votação o aumento de vagas passou no Senado por apenas um voto, ninguém mais acredita que ,em se tratando de derrubada de veto presidencial, este número seja mantido. A tendência é diminuir até pela pressão da Opinião Pública.
Em Pernambuco, de forma particular, a situação vai se complicar para partidos que vivem o dilema de precisar eleger dois federais da mesma família com a necessidade de juntar 414 mil votos. No passado isso aconteceu quando José Mendonça e Mendonça Filho venceram a mesma eleição e foram juntos para a Câmara e na eleição de 2022 a situação se repetiu com Eduardo da Fonte e Lula da Fonte, do PP, eleitos conjuntamente. Em 2026, dependendo de como vai se comportar a luta pelo Senado, pode ser necessário que os irmãos Anderson e André Ferreira, do PL, se candidatem a federal. Também se fala, embora desmentidos já tenham acontecido, que os irmãos Miguel Coelho e Fernando Filho poderiam fazer o mesmo, caso Miguel não seja candidato ao Senado já que depende de uma Federação que tem outro pretendente ao mesmo cargo, o deputado Eduardo da Fonte.
Um olho no interior e outro na Metropolitana
A governadora Raquel Lyra, que vem cada vez mais incluindo a Região Metropolitana em sua agenda – esta terça-feira anunciou que o estado vai embutir, em parceria com a Neoenergia, os fios do Recife Antigo, um projeto que teve início no mandato do governador Jarbas Vasconcelos pela Rua do Bom Jesus mas não foi continuado – vai esta quarta a Jaboatão fazer a entrega de residências a 61 famílias moradoras da Villa das Laranjeiras beneficiadas pelo programa Morar Bem – Entrada Garantida. O estado deu um subsídio de R$ 20 mil a cada uma delas para aquisição de imóveis do Minha Casa, Minha Vida.
Goiana amplia programa de casas populares
O novo prefeito de Goiana, Marcílio Régio, aproveitou evento em que a Prefeitura assumiu o compromisso de se responsabilizar pela infra-estrutura urbana de um conjunto habitacional que se encontra em obras e vai construir 144 moradias do Minha Casa Minha Vida no município e anunciou que a Prefeitura pretende viabilizar a construção de mais 300 moradias. No conjunto em construção, a Caixa Econômica constrói as moradias e a Prefeitura faz a pavimentação de acesso, drenagem, saneamento básico, iluminação pública e garantia de serviços de educação, saúde e transporte para os moradores.
Pergunta que não quer calar
Com o quociente eleitoral estabelecido para 2026 e a redução de uma vaga de federal vai ser viável eleger mais que um deputado da mesma família?
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