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Entrevista de Bolsonaro antes das sanções de Moraes cravou nome de Gilson para o Senado

Na entrevista que concedeu à imprensa, citou nome de Gilson Machado, de Pernambuco, adiantando que é o seu candidato a senador no estado

Por TEREZINHA NUNES Publicado em 28/07/2025 às 7:20

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Na entrevista que concedeu à imprensa um dia antes de ser condenado a usar tornozeleira eletrônica e a permanecer calado pelo ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro, afastou a possibilidade de Michelle ser candidata a presidente, – disse que ela disputará o Senado pelo Distrito Federal – e adiantou que Flávio será candidato à reeleição no Rio de Janeiro e Carlos Bolsonaro disputará o Senado por Santa Catarina. Fora esses, só citou mais um nome de sua preferência: Gilson Machado, de Pernambuco, adiantando que é o seu candidato a senador no estado.

Essa referência a Gilson, que está em prisão domiciliar, foi, segundo o deputado estadual Alberto Feitosa, a certeza de que o ex-ministro do turismo só não será candidato se não quiser. Para o deputado, além de ter tido uma votação expressiva para o Senado em 2022, “Gilson vai ser na eleição de 2026 mais uma vítima de Moraes perante os bolsonaristas e isso o fará crescer ainda mais durante a campanha”. Ele defende que haja um entendimento no partido entre Gilson e Anderson, que também sonha com a disputa pelo Senado, afirmando: “Precisamos nos unir para ficarmos mais fortes e vencer as eleições. Acredito que vamos conseguir isso pois é o melhor caminho para todos”.

Quem também defende o entendimento é o deputado federal coronel Meira que vai disputar a reeleição: “estou trabalhando para isso – disse ele a este blog – a união é fundamental. Com ela vamos eleger o senador e ampliar as bancadas federal e estadual”. No meio bolsonarista candidatos a deputado federal e estadual já começam a fazer suas contas sobre que nome para o Senado ajudará mais na formação das bancadas na Câmara e na Alepe. Há quem imagine que Gilson, além de forte candidato ao Senado, se mudar de opinião e disputar a Câmara Federal poderá ter entre 300 a 400 mil votos, levando o PL a conquistar até cinco cadeiras. Já Anderson, não sendo candidato ao Senado, precisaria de um reforço extra para se eleger federal junto com o irmão André, o mais votado no estado em 2022.

Dois senadores com apoio de Bolsonaro

Na mesma entrevista na qual adiantou os nomes de sua preferência para o Senado, citados acima, o ex-presidente Bolsonaro disse que defende junto ao PL a possibilidade do partido ter um candidato ao Senado em cada estado da federação e apoiar um segundo nome dos partidos do Centrão citando União Brasil, PP e Republicanos. Nessa ótica é possível que isso aconteça em Pernambuco, a não ser que Gilson e Anderson acabem concordando em disputar juntos, como falou o próprio Gilson adiantando, em entrevista recente, que não há briga no PL pelo Senado pois há duas vagas.

Favas contadas

Já se trabalha no Palácio das Princesas com a certeza de que a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, que apoiou Raquel no segundo turno de 2022 , é carta fora do baralho depois que decidiu mesmo apoiar o prefeito João Campos que convenceu o vereador do Recife, Wilton Brito, a votar no esposo da mesma, Breno Araújo, para deputado estadual. Ao mesmo tempo, no entorno da governadora se comemora o apoio que ela tem recebido em todo o sertão do deputado estadual Luciano Duque, de Serra e adversário de Márcia. Ele tem acompanhado as agendas de Raquel na região e a defendido com entusiasmo.

Pergunta que não quer calar

Vai ser mesmo possível um entendimento dentro do PL de Pernambuco com Gilson disputando o Senado e Anderson uma vaga de federal?

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