Governo Lula fraqueja e centrão começa a debandar
O Instituto Morning Consult, dos Estados Unidos, mostrou que Lula ocupa o 18º lugar em popularidade entre dirigentes de 23 países pesquisados

Esta quarta-feira o Morning Consult, dos Estados Unidos, que faz o ranking de popularidade dos principais líderes mundiais, mostrou dados preocupantes sobre a avaliação do presidente Lula. Em pesquisa realizada pelo Instituto de 03 e 09 de junho, o presidente brasileiro é desaprovado por 60% da população e aprovado por apenas 34%. Com um saldo negativo de 26%, Lula ocupa o 18º lugar em popularidade entre os dirigentes de 23 países pesquisados. O primeiro lugar no ranking é do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, com 78% de aprovação e 17% de desaprovação e o segundo é o presidente da Argentina, Javier Milei, com 60% de aprovação e 36% de desaprovação.
Neste ambiente de baixa popularidade Lula foi atingido no mesmo dia por um golpe político do centrão. A nova Federação União Progressista, que juntou o União Brasil e o PP, ocupa quatro ministérios e tem hoje a maior bancada na Câmara dos Deputados, anunciou em comunicado dos seus dirigentes Antonio Rueda (UB) e Ciro Nogueira (PP) que o grupo vai votar contra a MP que o presidente Lula enviará ao Congresso para compensar a revogação parcial do decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Obrigações Financeiras). Rueda e Ciro afirmaram que vão reunir as bancadas da Federação na Câmara e no Senado para fechar questão contra qualquer proposta de aumento de impostos sem que haja redução de despesas.
– “Só aceitaremos examinar qualquer discussão fiscal se a coluna de despesas estiver no centro do debate” – disse Rueda. A decisão da União Progressista é um péssimo sinal para o Palácio do Planalto, que atravessa uma crise fiscal sem precedentes e não quer cortar despesas. O interesse seria manter um lastro para programas de investimentos como o PAC e para ampliar os projetos de redistribuição de renda, com o objetivo de tornar o presidente competitivo na eleição de 2026.
Há quem aposte que Lula não será competitivo, se não resolver o problema fiscal, desarrumando as contas públicas ao ponto de levar o país à insolvência. Se a nova Federação mantiver sua rebelião, vai ser difícil o Planalto conseguir número suficiente de votos para qualquer proposta, sobretudo de aumento de impostos. Hoje o Governo já tem contra si o PL, de Jair Bolsonaro, que tem a segunda maior bancada na Câmara e partidos como MDB e Republicanos que buscam se juntar para influir mas que também podem abandonar o barco.
PSDB e Podemos
Ontem, em Brasília, comentava-se nos corredores do Congresso que a fusão do PSDB com o Podemos está cada vez mais difícil de acontecer. Os tucanos continuam querendo dirigir o novo partido a ser criado e a presidente nacional do Podemos, uma legenda em expansão, deputada federal Renata Abreu, não abre mão de ocupar o posto e de colocar o seu partido como comandante da nova legenda em alguns estados, incluindo Pernambuco, com o que não concorda o PSDB.
MDB e Republicanos
Já a Federação do MDB com o Republicanos está mais perto de se concretizar mas também enfrenta muitos obstáculos nos estados. Se ocorrer vai haver uma queda de braço pelo comando em Pernambuco. O Republicanos tem dois deputados federais no estado , Silvio Costa Filho e Augusto Coutinho, e o MDB só tem a deputada federal Iza Arruda. Há, porém, uma outra equação a ser resolvida. O senador Fernando Dueire é do MDB e teria, pelas normas do partido, o direito de disputar a reeleição e comandar a Federação no estado. A ver.
Fabricio cidadão pernambucano
Um dos secretários da governadora Raquel Lyra mais queridos na Assembleia, Fabrício Marques, do Planejamento, recebeu esta semana o título de Cidadão Pernambucano por iniciativa do deputado estadual Jarbas Filho, do MDB. Antes já tinha recebido a mesma honraria o secretário da fazenda, Wilson de Paula, através de projeto do deputado Antonio Moraes.
Pergunta que não quer calar
O recesso da Assembleia Legislativa, que começa no início de julho e dura 30 dias, vai conseguir promover a paz entre o Legislativo e o Executivo para que se consiga respirar melhor no segundo semestre?
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