Brasil | Notícia

PF revela irregularidades e empresas clandestinas em segurança privada na COP30

Quatro autos de infração foram lavrados por policiais federais, além da determinação de encerramento de duas empresas que atuavam de forma irregular

Por Estadão Conteúdo Publicado em 21/11/2025 às 17:38

Clique aqui e escute a matéria

A Polícia Federal (PF) tem fiscalizado os grupos de segurança privada e vigilância patrimonial que atuam nos espaços oficiais da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP30), em Belém, e identificou que "empresas clandestinas" se envolveram na infraestrutura de proteção do evento sem autorização.

"As equipes constatam desde a ausência de comunicações obrigatórias das empresas à Polícia Federal - que devem informar, com antecedência mínima de 24 horas, a escala e os dados dos vigilantes atuantes - até a identificação de empresas clandestinas realizando vigilância patrimonial e segurança de evento sem autorização", disse a corporação em nota.

A PF lavrou quatro autos de infração e encerrou as atividades de duas empresas clandestinas que atuavam de forma irregular nos pavilhões da COP. Os agentes federais afirmam ter apreendido detectores de metais e rádios de comunicação utilizados indevidamente por essas empresas.

Segundo a Superintendência da PF no Pará, 20 policiais federais se envolveram na operação. A corporação afirma ter fiscalizado mais de 700 profissionais de segurança privada que trabalharam no evento. Esses trabalhadores e as empresas por eles responsáveis são obrigados a seguir uma série de protocolos estabelecidos por lei e sujeitos à fiscalização da PF.

"A Polícia Federal reforça que a prestação de serviços de segurança privada no Brasil depende de autorização prévia da instituição, à qual compete exclusivamente o controle e a fiscalização do setor. O acompanhamento realizado durante a COP30 assegurou o cumprimento das normas, elevou o padrão de segurança nos locais fiscalizados e contribuiu para a proteção de participantes, autoridades e visitantes", disse a PF em nota.

A presidência brasileira da COP recebeu, na semana passada, uma queixa da ONU depois que um protesto indígena invadiu o recinto da conferência. Na carta, o chefe da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Clima, Simon Stiell, se queixou da segurança, mas também das infiltrações de água, que, segundo o governo brasileiro, foram corrigidas.

 

Compartilhe

Tags