Lula diz que TFFF terá apoio dos países das bacias do Amazonas, do Congo e do Bornéu-Mekong
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que gostaria de ter US$ 10 bilhões no fundo até o fim da presidência brasileira da COP30
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira (6) que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) terá apoio de países das bacias do Amazonas, do Congo e do Bornéu-Mekong. Ele evitou, entretanto, citar valores já aportados por nações no fundo.
Até agora, só Brasil (US$ 1 bilhão), Indonésia (US$ 1 bilhão) e Portugal (US$1 milhão) já anunciaram investimentos no TFFF. Há expectativa que mais países o façam durante a COP30. A França anunciou
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que gostaria de ter US$ 10 bilhões no fundo até o fim da presidência brasileira da COP30, em 2026. "O TFFF obteve apoio de países das bacias do Amazonas, do Congo e de Bornéu-Mekong. O Fundo de Florestas Tropicas será um dos principais resultados concretos no espírito de implementação da COP30. É simbólico que a celebração do seu nascimento seja feita aqui em Belém, rodeada de sumaúmas, açaizeiros, andirobas e jacarandás" afirmou.
E completou: "Em poucos anos, poderemos ver os frutos desse fundo. Teremos orgulho de lembrar que foi no coração da floresta amazônica que demos esse passo juntos".
O TFFF
O Fundo Tropical das Florestas (TFFF) cria um novo modelo de financiamento climático: países que preservam suas florestas tropicais serão recompensados financeiramente via fundo de investimento global. Em vez da destruição, a conservação se torna economicamente vantajosa, gerando desenvolvimento social e econômico.
Diferente dos fundos tradicionais, o TFFF captará R$ 125 bilhões no mercado a juros reduzidos como um ativo de baixo risco. Esses recursos serão reinvestidos em projetos com maior taxa de retorno, gerando lucro (spread). A diferença será repassada aos países com florestas tropicais, proporcionalmente à área preservada, enquanto que o dinheiro que foi emprestado será devolvido aos investidores com lucro. Isso vai garantir desenvolvimento sustentável para comunidades locais e viabilidade econômica para que os países com florestas gerem divisas preservando, além de retorno financeiro para quem investiu o dinheiro. Nada mais justo do que remunerar financeiramente os serviços ambientais prestados pelas florestas.
O modelo permite que investidores recuperem seus recursos investidos, com remuneração compatível com as taxas médias de mercado, ao mesmo tempo em que contribuem para a preservação florestal e a redução de emissões de carbono.