INTERROGATÓRIO | Notícia

Qual foi a reação de Bolsonaro durante o interrogatório de Mauro Cid no STF? Saiba o que aconteceu

Apesar das respostas de Cid, Bolsonaro esteve tranquilo durante toda a sessão e foi visto fazendo anotações em um papel; confira imagens

Por Thiago Seabra Publicado em 09/06/2025 às 17:58

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhou, nesta segunda-feira (9), a primeira parte do interrogatório de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Mauro Cid, que é delator no processo que apura uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder, foi o primeiro a depor, conforme estabelece a lei para assegurar que os outros réus conheçam as acusações antes de falarem.

Durante seu depoimento, Cid confirmou informações de que Bolsonaro recebeu a minuta do golpe, leu e pediu alterações no documento.

Segundo ele, o ex-presidente "leu e enxugou" o documento, que previa a prisão de ministros do STF e outras autoridades.

Mauro Cid diz que Bolsonaro recebeu, leu e pediu alterações na minuta do golpe

Entre as alterações solicitadas, estaria a manutenção da prisão de apenas o ministro Alexandre de Moraes.

Cid também manteve sua versão de que Bolsonaro sabia e participou de tratativas para convencer os comandantes das Forças Armadas a aderirem ao golpe.

Reação de Bolsonaro durante interrogatório

Antes do início do interrogatório da "trama golpista", Bolsonaro e Mauro Cid apertaram as mãos.

Mesmo diante das falas de Cid, o ex-presidente esteve tranquilo durante toda a sessão.

Ele permaneceu todo o tempo dentro da sala da Primeira Turma do STF, sentado lado a lado com outros réus.

Em vários momentos, o ex-presidente foi visto fazendo anotações em um papel e mexendo no celular, assim como com braços cruzados e postura rígida.

Ainda durante o depoimento de Cid, Bolsonaro também cochichou com seu advogado, Celso Vilardi.

Gustavo Moreno
Imagem de Jair Messias Bolsonaro (PL) no interrogatório dos réus da Ação Penal (AP) 2668 - Gustavo Moreno
Gustavo Moreno
Imagem de Jair Messias Bolsonaro (PL) no interrogatório dos réus da Ação Penal (AP) 2668 - Gustavo Moreno
Ton Molina/STF
Imagem de Jair Messias Bolsonaro (PL) no interrogatório dos réus da Ação Penal (AP) 2668 - Ton Molina/STF
Ton Molina/STF
Imagem de Jair Messias Bolsonaro (PL) no interrogatório dos réus da Ação Penal (AP) 2668 - Ton Molina/STF
Ton Molina/STF
Imagem de Jair Messias Bolsonaro (PL) no interrogatório dos réus da Ação Penal (AP) 2668 - Ton Molina/STF

Na ordem estabelecida, Bolsonaro será o sexto réu a ser ouvido.

Os réus são obrigados a acompanhar as sessões até prestarem seus depoimentos.

Bolsonaro esteve sentado ao lado das defesas de Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e do general Augusto Heleno, antigo chefe do GSI.

Apenas Braga Netto, que continua preso no Rio, será ouvido de forma virtual.

Em ordem, os réus que vão ser interrogados

  1. Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência e delator)
  2. Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência)
  3. Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
  4. Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
  5. Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
  6. Jair Bolsonaro (ex-presidente da República)
  7. Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
  8. Walter Braga Netto (general da reserva e ex-ministro da Casa Civil)

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