Qual foi a reação de Bolsonaro durante o interrogatório de Mauro Cid no STF? Saiba o que aconteceu
Apesar das respostas de Cid, Bolsonaro esteve tranquilo durante toda a sessão e foi visto fazendo anotações em um papel; confira imagens

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhou, nesta segunda-feira (9), a primeira parte do interrogatório de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Mauro Cid, que é delator no processo que apura uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder, foi o primeiro a depor, conforme estabelece a lei para assegurar que os outros réus conheçam as acusações antes de falarem.
Durante seu depoimento, Cid confirmou informações de que Bolsonaro recebeu a minuta do golpe, leu e pediu alterações no documento.
Segundo ele, o ex-presidente "leu e enxugou" o documento, que previa a prisão de ministros do STF e outras autoridades.
Mauro Cid diz que Bolsonaro recebeu, leu e pediu alterações na minuta do golpe
Entre as alterações solicitadas, estaria a manutenção da prisão de apenas o ministro Alexandre de Moraes.
Cid também manteve sua versão de que Bolsonaro sabia e participou de tratativas para convencer os comandantes das Forças Armadas a aderirem ao golpe.
Reação de Bolsonaro durante interrogatório
Antes do início do interrogatório da "trama golpista", Bolsonaro e Mauro Cid apertaram as mãos.
Mesmo diante das falas de Cid, o ex-presidente esteve tranquilo durante toda a sessão.
Ele permaneceu todo o tempo dentro da sala da Primeira Turma do STF, sentado lado a lado com outros réus.
Em vários momentos, o ex-presidente foi visto fazendo anotações em um papel e mexendo no celular, assim como com braços cruzados e postura rígida.
Ainda durante o depoimento de Cid, Bolsonaro também cochichou com seu advogado, Celso Vilardi.





Na ordem estabelecida, Bolsonaro será o sexto réu a ser ouvido.
Os réus são obrigados a acompanhar as sessões até prestarem seus depoimentos.
Bolsonaro esteve sentado ao lado das defesas de Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e do general Augusto Heleno, antigo chefe do GSI.
Apenas Braga Netto, que continua preso no Rio, será ouvido de forma virtual.
Em ordem, os réus que vão ser interrogados
- Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência e delator)
- Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência)
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
- Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
- Jair Bolsonaro (ex-presidente da República)
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
- Walter Braga Netto (general da reserva e ex-ministro da Casa Civil)