Acusado de feminicídio contra jovem fotógrafa deixa prisão com tornozeleira eletrônica
Pai da vítima critica decisão judicial e cobra explicações sobre a liberação do réu, que responde a outros processos na Justiça

A libertação de um homem acusado de feminicídio reacendeu a dor e os questionamentos da família de Leandra Jenifer, jovem fotógrafa de 22 anos morta em fevereiro de 2020. A decisão, que permite ao réu responder em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica, surpreendeu os parentes da vítima, que não foram comunicados previamente sobre a medida.
Leandro, pai de Leandra, afirma que busca explicações sobre a liberação de Rafael Cordeiro Lopes, acusado de matar a filha em casa, na comunidade do Cardoso, bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife.
O crime e os primeiros desdobramentos
Na noite de 9 de fevereiro de 2020, Leandra e Rafael retornavam de uma prévia de carnaval quando iniciaram uma discussão dentro de casa. Segundo a investigação, houve luta corporal, e Rafael efetuou um disparo contra a companheira. O crime ocorreu na frente do filho do casal, que na época tinha um ano e meio.
Após o assassinato, Rafael deixou o local. Antes de fugir, relatou o ocorrido a uma vizinha. No dia do velório, enviou uma mensagem ao pai de Leandra pedindo perdão.
Liberação após cinco anos de reclusão
Preso desde 2020, Rafael Cordeiro Lopes obteve liberdade monitorada há pouco mais de uma semana. A decisão judicial permite que ele responda ao processo fora do sistema prisional, utilizando tornozeleira eletrônica. O julgamento ainda não tem data marcada.
A notícia da soltura gerou indignação entre os familiares da vítima. "A gente não sabe o porquê o camarada desse tá na rua. Foi comprovado tudo, a arma. Ele mesmo alegou que tinha matado a minha filha. Por que a justiça solta um homem desse?", questiona Leandro.
Ele conta que a família foi surpreendida ao saber da libertação. "De repente, eu fiquei sabendo que ele já estava na rua usando a tornozeleira e a gente quer justiça", acrescenta.
Outros processos em andamento
Após a prisão pelo crime contra Leandra, o réu passou a ser investigado em outros processos, incluindo tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Mesmo com esses registros, a Justiça concedeu a liberdade provisória sob monitoramento.
"Cinco anos que eu sofro. A família sofre, eu, a mãe dela, os irmãos. E um camarada desse não pode estar solto", desabafa o pai da vítima, ao relembrar o impacto do crime e a ausência da filha.
A família segue aguardando o julgamento e espera que a Justiça mantenha a responsabilização do réu pelas acusações que enfrenta.
Esse texto foi gerado por inteligência artificial, com base em vídeo autoral da TV Jornal, sob monitoramento de jornalistas profissionais.