REC’n’Play | Notícia

Inspirado na série "Adolescência", da Netflix, Conexão REC’n’Play discute como a tecnologia molda a juventude

Especialistas discutem os impactos das redes sociais, da hiperconectividade e da falta de educação digital na formação da identidade juvenil

Por Giovanna Lopes Publicado em 14/04/2025 às 16:53 | Atualizado em 14/04/2025 às 18:30

Inspirado na série “Adolescência”, da Netflix, o Conexão REC’n’Play abre espaço para uma reflexão urgente: como a tecnologia está moldando o desenvolvimento da nova geração? O primeiro encontro da iniciativa acontece nesta terça-feira (15), às 17h, no Auditório do Porto Digital, no Bairro do Recife, e será gratuito e aberto ao público.

O evento é uma prévia do REC’n’Play, maior festival gratuito de inovação e tecnologia do Brasil, que será realizado entre os dias 15 e 18 de outubro, mas que desde já promove uma série de debates para manter acesa a chama da inovação, da educação e da transformação social.

Com o tema “Entre telas e realidade: como a tecnologia molda a juventude”, o encontro reunirá nomes de peso: Luciano Meira, professor universitário e head de pedagogia da Proz Educação; Simone Aguiar, delegada da Polícia Civil de Pernambuco/DINTEL; Cynthia Leite, jornalista especializada em saúde do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação; e Fabíola Barbosa, psicanalista e psicóloga clínica.

Os desafios contemporâneos

A proposta é discutir os efeitos do uso excessivo de telas e redes sociais entre adolescentes, trazendo perspectivas da educação, saúde mental, segurança digital e escuta geracional.

“Vivemos uma adolescência atravessada por telas. Sem educação digital, escuta ativa e políticas públicas, a tecnologia, que é onipresente, tem moldado comportamentos, afetado relações e redefinido o próprio conceito de identidade entre os adolescentes”, alerta Cynthia Leite.

“Redes sociais viraram espelhos distorcidos. Me preocupa o impacto silencioso sobre a saúde mental, o sono, a aprendizagem, a sociabilidade e até mesmo a percepção de corpo e valor. Precisamos mais do que nunca ouvir os adolescentes, compreender suas vivências, garantir escuta e espaços seguros on e offline, a fim de que possam crescer com autonomia, responsabilidade, conexão, empatia e equilíbrio”, completa.

A mediação do debate será conduzida de forma a estimular a troca de experiências e reflexões sobre os desafios contemporâneos da juventude digital — uma geração que cresce conectada, mas que ainda busca pertencimento, escuta e caminhos saudáveis para se desenvolver em um mundo cada vez mais veloz e virtual.

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