6 livros com histórias maravilhosas de até 120 páginas
De narrativas poéticas a histórias intensas de sobrevivência, descubra 6 livros curtos que provam como grandes leituras cabem em poucas páginas

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Nem sempre é preciso um grande volume para viver uma grande leitura. Alguns livros breves conseguem emocionar, surpreender e marcar profundamente em poucas páginas.
Nesta lista, reunimos dez obras com até 120 páginas que provam que a literatura também brilha na concisão. São histórias curtas, mas intensas, capazes de deixar impressões duradouras.
6 livros com histórias maravilhosas de até 120 páginas
A Outra Filha (2015), Annie Ernaux
É uma carta intensa e íntima escrita para a irmã mais velha que morreu antes de seu nascimento uma presença ausente que marcou silenciosamente sua vida.
Ao descobrir tardiamente essa história escondida pela família, a autora mergulha em memórias e sentimentos reprimidos, revelando o impacto invisível do luto e do silêncio.
Com prosa enxuta e sensível, Ernaux transforma uma ausência pessoal em uma profunda reflexão sobre identidade, perda e o não-dito familiar. Uma obra curta, mas carregada de emoção e verdade.
Uma Solidão Demasiado Ruidosa (1976), Bohumil Hrabal
Conta a história de Haa, um homem simples que passa décadas prensando livros censurados num porão em Praga. Enquanto destrói palavras, ele secretamente se enche delas, transformando sua rotina mecânica em um ato de resistência silenciosa.
A narrativa flui entre lembranças e divagações, misturando lirismo, ironia e dor. Em meio à opressão externa, o protagonista constrói um universo interior rico e contraditório. Uma obra breve, mas carregada de beleza, tristeza e pensamento crítico.
A Bolsa Amarela (1976), Lygia Bojunga
Acompanha uma menina que guarda dentro de sua bolsa três grandes desejos: ser escritora, crescer e poder decidir por si mesma. Por meio de uma narrativa delicada e simbólica, o livro trata de temas como identidade, opressão e liberdade individual. Misturando fantasia e realidade com sensibilidade única, Lygia dá voz às angústias infantis sem perder a força crítica.
A Outra Filha (2015), Annie Ernaux
É uma carta intensa e íntima escrita para a irmã mais velha que morreu antes de seu nascimento. Uma presença ausente que marcou silenciosamente sua vida.
Ao descobrir tardiamente essa história escondida pela família, a autora mergulha em memórias e sentimentos reprimidos, revelando o impacto invisível do luto e do silêncio.
Memória de Minhas Putas Tristes (2004), Gabriel García Márquez
Conta a história de um jornalista nonagenário que, em busca de uma experiência física, contrata uma jovem virgem para celebrar seu aniversário. O que começa como um ato vazio se transforma em um despertar emocional inesperado, revelando ternura, amor e desejo na velhice.
Com uma escrita concisa e sensível, Márquez explora temas como solidão, envelhecimento e o redescobrimento da vida. Uma obra breve, tocante e cheia de humanidade.
Manhã e Noite (2000), Jon Fosse
Narra a vida de Johannes em dois momentos cruciais: seu nascimento, visto pelos olhos do pai, e sua morte, quando ele atravessa um mundo entre o real e o metafísico.
Com uma escrita simples e ritmo tranquilo, o autor convida à reflexão sobre o tempo, a existência e a transição entre vida e morte.
Sem grandes acontecimentos, a obra captura o fluxo silencioso da consciência e das lembranças. Uma narrativa delicada e meditativa que flutua suavemente entre o início e o fim.