A vida de um comediante, como a de todas as outras pessoas, não é feita somente de alegria e momentos bons. Isso é o que revela a biografia "Renato Aragão: do Ceará para o coração do Brasil". Lançado há poucos dias, o livro escrito pelo jornalista Rodrigo Fonseca conta os momentos marcantes da trajetória do eterno "Didi", como as mortes dos seus parceiros Mussum e Zacarias.
“Eu não assisto mais aos filmes antigos que ele e Zacarias estão porque me dão muita tristeza, muita saudade deles", comenta Renato Aragão. O primeiro a deixar o quarteto chamado de "os trapalhões" foi Zacarias, que faleceu em 1990, por insuficiência respiratória. O Didi lembra que "Mauro era careca: com a peruca, era mais fácil se parecer com um menininho que não quer crescer. Quando ele se foi, a gente pensou até em parar, não apenas pela dificuldade, mas pela ausência que deixou. A TV Globo veio nos consultar para ver se considerávamos a hipótese de botar outra pessoa no lugar dele, mas dissemos que não. Zacarias é insubstituível. Preferimos ficar só nós três, Dedé, eu e Mussum", contou o comediante.
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Somente quatro anos depois do falecimento de Mauro Gonçalves, em 1994 foi a vez de Antônio Carlos Bernardes Gomes, conhecido como Mussum, abandonar Renato Aragão e grupo de comediantes. Ele faleceu por causa de problemas cardíacos, pouco mais de seis meses depois do último episódio do trio remanescente ir ao ar.
