Paulo Roberto Falcão, 62, assumiu o cargo de técnico do Sport há cerca de 40 dias, mas é um velho conhecido dos brasileiros. Jogador na Seleção Brasileira nas Copas de 82 e 86, atuou também no Internacional de Porto Alegre, São Paulo e Roma. Foi comentarista esportivo e comandou programas na rádio e na televisão. Ao chegar para almoçar, no Prouvot Pina, nesta terça (3), ele chamou atenção. Pelo porte invejável em 1,82m de altura. De blazer azul-marinho, levava uma carteira grifada e calçava um mocassim cor de camelo. Brinco que ele parece mais alto e mais magro. Ele rebate dizendo que está fora de forma: "Apenas 700g". Salta aos olhos o seu gestual. Comportamental.
Falcão ainda está se acostumando com o Recife. Fotos: Dayvison Nunes / JC Imagem
Para ele, o importante não é a grife, e sim o saber falar, andar e ouvir. "Roupa é o complemento", conta o ex-volante que já levou o título de jogador mais elegante no Torneio de Canne, na França. Seu guarda-roupa é bem recheado, sobretudo por marcas italianas, mas confessa que sempre usa os mesmos. Filho de costureira, Falcão já teve uma grife de roupas (a Paulo Roberto Falcão) destinada ao público masculino. "Trouxe uma camisa da Itália com colarinho francês que gostava muito e resolvi replicar", comenta. Sua paixão pela moda se aprimorou durante a temporada na Itália. "Impressionante ver os modelos nas passarelas e depois no dia a dia das ruas", lembra. Seu primeiro salário foi gasto quase todo com roupas. "Só tinha duas calças. Quando recebi, gastei a metade e ainda dividi em dez vezes". Nos campos, ele prefere o blazer bem cortado ao paletó e gravata, o que vem agradando muito a mulherada.
Ele é apreciador de um bom vinho
Casado e pai de dois filhos, Falcão dribla a saudade de casa e da família. Adora um filme italiano, mas atualmente está fissurado na série Homeland. Bebedor de vinho, não troca por nenhuma outra bebida. Não dispensa também uma boa gastronomia. "Já escutei que o Recife é um centro". É frequentador do Toscana, mas já foi experimentar o Leite e o Rui Paula. "Assim que cheguei me levaram logo para o Spettus", contou o catarinense que só não come atum, salmão nem aliche.
Ele passou temporada pela Itália
Morador de um flat no Pina, Falcão conta que ainda não deu tempo para ir à praia e brinca. "Já tomei banho quando era comentarista da Globo; naquela época, não tinha tubarão". Também não está conseguindo conciliar a sua rotina de exercícios com os treinos. "Fazia musculação e jogava tênis", avisa.
