
Quando se fala em calça jeans, a primeira imagem que vem à cabeça é a daquela peça coringa, que cai bem com tudo e em todas. Mas, na prática, não é bem assim. A modelagem ideal para algumas pode não valorizar as curvas de outras e, o que era para ser uma aliada na hora de montar o look, acaba virando uma peça genérica que chega para socorrer na hora da pressa.
Para que isso não aconteça, o ideal é conhecer o próprio corpo, saber que formato de silhueta possui e quais modelos valem o investimento. É o que afirma a estilista Keila Benício, a frente da marca pernambucana Blu K, que procura criar peças de caimento diferenciado para atender à diversidade característica da mulher brasileira. “Ainda há uma cultura na indústria da moda de fazer roupa para apenas um tipo de corpo quando, na verdade, sabemos que há uma gama de biótipos imensa, principalmente no Brasil”, discursa.
A famosa calça skinny, por exemplo, apesar de democrática, se adapta melhor às mulheres de pernas longilíneas e silhueta mais fina, devendo ser evitada por aquelas que possuem o corpo em formato pêra, ou seja, a famosa silhueta de violão. Nesse caso, vale investir em calças de corte mais reto, que amenizam as curvas do quadril, equilibrando a estética.
Já quem possui ombros largos fica mais elegante com as calça flare, ou pantalona. Aqui, vale o mesmo princípio de equilíbrio. Como as calças pantalonas costumam ser mais largas, elas criam uma harmonia quando combinadas com peças mais sequinhas na parte de cima. Já a flare é ideal para alongar a silhueta, o que a faz a calça perfeita para as mais baixinhas. “A flare é similar à antiga boca de sino dos anos 70, o que muda é a circunferência da perna. Aqui, é obrigatório o comprimento longo, quase arrastando no chão, e salto alto para criar o efeito alongado”, explica a estilista.
Quanto às mais magrinhas, Keila avisa que podem investir em qualquer modelagem sem medo de errar. Mas, para aquelas que querem adicionar um pouco de volume e aumentar as proporções, vale apostar nas calças estilo boyfriend, tanto para um visual sofisticado, quanto para um mais casual. “Apesar do nome boyfriend, nada de usar a calça masculina. Mesmo que a ideia seja desconstruir o look, o modelo feminino tem um corte mais reto que se adapta melhor ao corpo da mulher. Para manter o ar despretensioso, basta dobrar a barra de forma irregular e improvisada”, conclui.
Mas lembre-se, o mais importante é você se sentir bem ao vestir uma calça. Se sentir bem com seu próprio corpo e, além de tudo, se sentir bonita.