ELEIÇÕES 2026 | Notícia

Marília Arraes confirma candidatura em 2026 e defende união sem vaidades

Em entrevista ao JC, ex-deputada destacou que é a única, até o momento, que cravou apoio ao prefeito João Campos na disputa pelo governo

Por Rodrigo Fernandes Publicado em 21/05/2025 às 12:40 | Atualizado em 21/05/2025 às 12:52

A ex-deputada federal e vice-presidente nacional do Solidariedade Marília Arraes foi taxativa ao afirmar que disputará as eleções 2026. No entanto, ela evitou confirmar que disputará uma cadeira do Senado.

Em entrevista ao Jornal do Commercio nesta quarta-feira (21), ela apontou que ainda é cedo cedo para definir cargos e defendeu a formação de uma frente de oposição sem vaiades. “Uma coisa eu garanto: candidata eu serei em 2026. Agora o cargo vai depender muito dos grupos”, disse.

Marília lembrou que, ao contrário de pleitos anteriores, agora está inserida em uma articulação mais ampla, o que exige diálogo e construção coletiva. “Tudo tem que ser tomado com muita temperança, com muita calma, sem ansiedade”, pontuou.

Segundo Marília, a prioridade deve ser a consolidação de um projeto político duradouro que represente uma renovação geracional em Pernambuco. “Todos os que estão disputando essa possibilidade de serem candidatos tanto ao governo quanto ao Senado são importantes para o cenário político de Pernambuco.”

Disputa pelo Senado dentro do grupo não assusta

Questionada sobre a grande quantidade de nomes cotados para a disputa ao Senado dentro do seu grupo político, Marília vê o cenário com naturalidade. Para ela, a diversidade de lideranças deve ser vista como um ponto positivo.

Ela minimizou possíveis disputas internas e reforçou que já se posicionou em apoio à pré-candidatura do prefeito do Recife, João Campos (PSB), ao governo estadual. Além dela, o grupo do socialista pode ter Humberto Costa (PT), Miguel Coelho (União Brasil) e Silvio Costa Filho (Republicanos) disputando uma cadeira na Casa Alta.

“De todos os nomes, a única que já cravou, que já disse que estaria com João Campos fui eu. Todos os outros estão dizendo que vão discutir em 2026”, afirmou. Marília completou dizendo que o atual momento político exige posicionamentos firmes: “Acredito que o momento do Brasil exige esse posicionamento, o momento crítico que Pernambuco está vivendo também exige.”

Facilidade nunca guiou minhas escolhas, diz Marília

Sobre a possibilidade de disputar novamente uma vaga na Câmara dos Deputados, em vez do Senado, Marília relativizou a ideia de “facilidade” em eleições.

"Facilidade para mim é algo que eu não faço questão. Se vier, ótimo, mas nunca fiz questão de facilidade”, afirmou, lembrando que sua candidatura ao governo estadual, em 2022, também contrariou estratégias consideradas mais seguras.

Caso dispute novamente uma cadeira na Câmara, Marília descartou qualquer atrito ou divisão de votos com sua irmã, a deputada federal Maria Arraes (Solidariedade), que também é cotada para reeleição. “Isso daí vai ser definido da melhor forma dentro do nosso grupo político. Não vai ter nenhuma questão”, garantiu.

Decisão sobre Senado precisa considerar cenário nacional

Marília Arraes também comentou o papel do presidente Lula na definição das candidaturas ao Senado em 2026. Para ela, a escolha precisa considerar o cenário nacional, já que dois terços da Casa serão renovados.

“O presidente Lula vai precisar fazer o cálculo de quantos senadores vai eleger”, disse, ressaltando que o próximo Senado terá papel decisivo na estabilidade democrática. “Essa decisão tem que ser tomada baseada numa estratégia nacional”, defendeu.

Ela alertou ainda para os riscos da polarização e a necessidade de comprometimento com o campo progressista: “Quem tiver mais da metade do Senado vai tomar decisões importantes. Se o Brasil estiver com a democracia ameaçada, como é que a gente vai trabalhar bem por Pernambuco? Tem muitas variáveis aí no meio desse meio do caminho”, finalizou.

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