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Cirurgia de Bolsonaro no intestino termina após 12 horas

Neste domingo, ex-presidente foi submetido a procedimento no centro cirúrgico do Hospital DF Star, em Brasília, para desobstrução do intestino

Por Ana Maria Miranda Publicado em 13/04/2025 às 21:51 | Atualizado em 13/04/2025 às 23:41

Com informações do Estadão Conteúdo

A cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terminou na noite deste domingo (13), após 12 horas de duração. Bolsonaro realizou procedimento de desobstrução no intestino no centro cirúrgico do Hospital DF Star, em Brasília. A informação do término da cirurgia foi dada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro nas redes sociais. "Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e toda glória", escreveu.

Michelle informou ainda que estava seguindo para a sala de extubação para ver Bolsonaro, e depois confirmou que ele já estava no quarto: "Meu coração transborda de gratidão a cada um de vocês que tem orado, enviado mensagens e intercedido pelo meu amor. Obrigada por estarem conosco nesse momento tão delicado".

Em boletim médico divulgado nas redes sociais de Michelle Bolsonaro no fim da noite de domingo, consta que o procedimento de grande porte ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue. "A obstrução intestinal era resultante de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e que foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências", diz o boletim.

Ainda de acordo com a nota, Bolsonaro está na Unidade de Terapia Intensiva, "estável clinicamente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções".

O boletim é assinado pelos médicos Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica; os cardiologistas Leandro Echenique, Ricardo Camarinha e Brasil Caiado; o diretor médico do Hospital DF Star, Guilherme Meyer; e o diretor geral do Hospital DF Star, Alisson Barcelos Borges.

Uma coletiva de imprensa será realizada nesta segunda-feira (14), às 9h, no Auditório do Hospital DF Star, para atualizar o quadro de saúde do ex-presidente.

Cirurgia começou às 10h da manhã

Bolsonaro foi encaminhado ao centro cirúrgico do Hospital DF Star, em Brasília, neste domingo. Ele entrou no centro cirúrgico por volta das 9h da manhã, para os procedimentos pré-operatórios, e a cirurgia de laparotomia exploradora começou às 10h.

A decisão pela cirurgia se deu após exames de imagem mostrarem a "persistência do quadro de subobstrução intestinal", apesar das medidas alternativas para tratar o problema.

No fim da tarde, Michelle Bolsonaro já havia utilizado as suas redes sociais para avisar que a cirurgia do marido poderia demorar mais do que o esperado. "A equipe médica nos informou que será uma cirurgia longa, porque ele está com muitas aderências", disse.

Aderências intestinais são faixas de tecidos fibroso que podem se acumular entre as alças do intestino, ou mesmo entre o órgão e outras estruturas do abdômen, e agir quase como uma cola, ligando indevidamente os órgãos ou tecidos. Esse problema surge, geralmente, durante a cicatrização de uma cirurgia, ou após infecções ou outros ferimentos ou traumas.

A operação é mais uma em uma série de cirurgias feitas em consequência de complicações após a facada que Bolsonaro sofreu em 2018, em atentado durante a campanha presidencial.

Ex-presidente sentiu fortes dores durante agendas no Nordeste

O ex-presidente foi internado na sexta-feira(11) após sentir fortes dores intestinais enquanto cumpria agendas no Nordeste. Na noite de sábado(12) foi transferido do Hospital Rio Grande, em Natal, para o Hospital DF Star, no Distrito Federal, onde constatou-se a persistência do quadro de subobstrução intestinal.

A obstrução intestinal impede ou reduz significativamente a passagem de alimentos, líquidos, secreções digestivas e gases pelo intestino.

Cláudio Birolini, cirurgião Geral que acompanha Bolsonaro, explicou que a suboclusão intestinal é comum em pacientes submetidos a várias cirurgias, como é o caso do ex-presidente.

Segundo ele, na maioria dos casos, o quadro é revertido com medidas clínicas, como jejum, descompressão gástrica com sonda e hidratação parenteral. Nos episódios anteriores, a recuperação foi rápida. Desta vez, porém, foi necessária uma intervenção cirúrgica.

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