ELEIÇÕES 2022

DESABASTECIMENTO e FALTA DE COMBUSTÍVEIS? CNI aponta que bloqueios nas rodovias trazem riscos à população

Confederação Nacional da Indústria pede imediata liberação das estradas, bloqueadas por manifestantes bolsonaristas, sob o risco de desabastecimento e falta de combustíveis

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Augusto Tenório

Publicado em 01/11/2022 às 17:48 | Atualizado em 01/11/2022 às 17:58
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Diante do bloqueio de rodovias por manifestantes contrários ao resultado da eleição para a Presidência da República, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta para o iminente risco de desabastecimento e falta de combustíveis. A associação afirma que o setor já é impactado no escoamento da produção e relata casos de impossibilidade do deslocamento de trabalhadores.

"As paralisações também já atingem o transporte de cargas essenciais, como equipamentos e insumos para hospitais, bem como matérias-primas básicas para as atividades industriais. Dados da CNI mostram que 99% das empresas brasileiras usam as rodovias para transporte de sua produção", afirma a Confederação Nacional da Indústria, em nota emitida nesta terça-feira, 1 de outubro.

 

Em tempo, Bolsonaro falou pela primeira vez após a eleição terminar com vitória de Lula (PT) para a Presidência da República. O incumbente não citou a derrota e criticou manifestações 'ilegais', mas afirmou que os atos "são frutos da indignação e do sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral". Dessa forma, apoiadores ficaram propensos a continuar com os bloqueios.

"O setor industrial se posiciona contrariamente a qualquer movimento que comprometa a livre circulação de trabalhadores e o transporte de cargas, e que provoque prejuízos diretos no processo produtivo e na vida dos cidadãos – os mais impactados com essa situação. O direito constitucional de ir e vir dos brasileiros precisa ser respeitado. A CNI é veementemente contrária a qualquer manifestação antidemocrática que prejudique o país e sua população", disse a CNI na nota.

A instituição alega estar em contato com representações setoriais e estaduais, a fim de monitorar os impactos dos bloqueios sobre as atividades produtivas do país, "bem como interlocução direta com as instituições competentes visando à célere liberação de rodovias federais e estaduais, com a observância da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)".

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