Eleições 2022

O Cidadania vai apoiar Lula ou Bolsonaro no segundo turno? Confira

Partido diz que, mesmo tendo tomado esta decisão, vai respeitar "posições individuais de seus militantes e dirigentes"

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Renata Monteiro

Publicado em 04/10/2022 às 15:11 | Atualizado em 04/10/2022 às 16:42
Presidente do Cidadania, Roberto Freire - Agência Câmara

Durante reunião da Executiva Nacional realizada no início da tarde desta terça-feira (4), o Cidadania, que estava ao lado de Simone Tebet (MDB) no primeiro turno das eleições, decidiu apoiar o ex-presidente Lula (PT) na segunda fase do pleito. A agremiação optou, contudo, por respeitar "posições individuais de seus militantes e dirigentes" que porventura não desejem marchar ao lado do petista.

"O Cidadania decidiu, em reunião da Executiva Nacional, realizada nesta terça-feira (4), pelo apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, à Presidência da República diante dos riscos de escalada autoritária de um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro", diz comunicado divulgado pela agremiação pouco antes das 15h, no Twitter.

Mais adiante, a legenda afirma que avalia que o atual presidente "representa valores contrários aos seus princípios democráticos e republicanos, ao respeito às diferenças e aos direitos humanos, à defesa da ciência e da vida". Além disso, a sigla argumenta que "desprezo de Bolsonaro às minorias, a condução desumana e incompetente da pandemia, que resultou em centenas de milhares de mortos, suas reiteradas tentativas de cercear órgãos de investigação, os ataques à imprensa e a jornalistas, nada disso merece mais quatro anos".

Destacando que é necessário "derrotar Bolsonaro democraticamente", o Cidadania frisa que "jamais deixou de se posicionar, ainda que respeitando, como respeitará neste caso, posições individuais de seus militantes e dirigentes", diz o comunicado. "Não seria agora, nesse grave momento da vida nacional, que o partido assumiria a condição de mero espectador da realidade", completa o texto.

Pernambuco

Presidente do Cidadania em Pernambuco, João Freire afirmou que o diretório estadual do partido aguardará "posição coletiva da federação com o PSDB, a partir da liderança do deputado federal Daniel Coelho (CID), além de Raquel Lyra (PSDB) e Priscila Krause (CID)", para decidir se seguirá ou não a resolução nacional. Raquel e Priscila, candidatas a governadora e vice, respectivamente, disputam o segundo turno do pleito estadual contra Marília Arraes (Solidariedade).

Raquel segue recolhida com familiares desde o último domingo (2), data em que o seu marido, Fernando Lucena, faleceu após sofrer um infarto agudo. Não há previsão, até o momento, de quando ela retornará às atividades de campanha.

Ao JC, Priscila Krause afirmou que não acompanhou a decisão nacional porque está focada, desde a segunda (3), na organização desta nova fase da campanha. "Vamos esperar Raquel (para decidir se vão apoiar um dos dois candidatos à Presidência da República). Essa decisão será tomada por ela, com a nossa participação. Mas vamos aguardar o tempo dela", pontuou Priscila.

"Pernambuco irá se posicionar com Raquel. A federação terá uma posição única. Quando ela se reestabelecer do luto, o assunto será tratado com ela", acrescentou Daniel Coelho.

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