
Em mais uma oportunidade de apresentarem suas propostas para o Governo de Pernambuco, as candidatas Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) trouxeram para o centro desse enfrentamento, em suas falas, o governador Paulo Câmara (PSB), o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre as propostas que envolveram temas como a geração de emprego, energia renovável, cultura e segurança, as candidatas também abriram espaço para provocações sobre quem estaria no palanque de quem.
No primeiro bloco do debate, promovido pela TV Guararapes, na noite desta segunda-feira (24), Raquel Lyra questionou sua adversária sobre qual seria sua proposta para tirar Pernambuco da crise econômica e social, devolvendo o seu protagonismo frente à região Nordeste.
“No nosso estado, em que duas mulheres disputam o segundo turno, e no país em que nós estamos lutando contra o fascismo, contra o ódio, contra o armamentismo, tudo isso se dá em dois polos. Por isso, é tão importante tomar posição, e eu tenho meu posicionamento, eu sou a candidata do presidente Lula. É esse país que eu quero com empregos de volta, com a gente conseguindo colocar Suape para moer de novo, investindo na capacitação dos jovens”, declarou a candidata do Solidariedade.
Em sua réplica, Raquel Lyra aproveitou o momento para dizer que as dificuldades enfrentadas pelo Estado são de responsabilidade do governador Paulo Câmara, que já teria declarado apoio a sua adversária, neste segundo turno.
“Ele deixou Pernambuco como vice-campeão de desemprego, campeão de violência e desalento. O que nós vamos fazer é virar esse jogo. Já mostrei que era possível fazer isso em Caruaru, nós vamos garantir o maior programa de qualificação profissional que Pernambuco já viu através do ‘Trilhatec’ para os jovens e também para os adultos, inclusive aqueles que já perderam vagas de trabalho”
A partir de então as provocações e tentativas de “jogar no colo” a imagem do atual chefe do Executivo estadual, que tem um índice de reprovação de 56% segundo pesquisa do Ipec de setembro, não pararam. “Se você jogar no Google, Raquel e Paulo Câmara vão ver um álbum de fotos deles juntos. Foi ela que ajudou a colocar Paulo Câmara no governo e por isso Pernambuco está desmantelado do jeito que está”, disparou Marília Arraes.
NACIONALIZAÇÃO
No terceiro bloco do programa, o acirramento foi mais direto sobre os posicionamentos com relação à corrida presidencial. A candidata Marília Arraes adotou novamente o tom de cobrança sobre o posicionamento de sua adversária, questionando qual seria o motivo para ela “ter vergonha” de declarar voto em Lula ou em Bolsonaro.
“É impressionante como a candidata fica o tempo inteiro tentando induzir a erro o cidadão e a cidadã pernambucana. Ela já perdeu 11 ações contra mim por fake news promulgadas pela campanha dela”, disse Raquel.
“O fato é que o pernambucano quer saber como a governadora vai conseguir, a partir do dia 1º de janeiro de 2023, levar Pernambuco para um novo caminho, e ele certamente não será levado por alguém que é aliada do governador Paulo Câmara, querendo manter o mesmo grupo, inclusive familiar, no poder”, completou a ex-prefeita de Caruaru.
Na réplica, Marília Arraes acusou Raquel de ser conhecida por não dialogar com os setores da sociedade, e reafirmou também o seu compromisso alinhado com as diretrizes do ex-presidente Lula.
"O que está em jogo é a fome ou a comida no prato. A violência contra a barbárie. Você não se posicionar demonstra a sua forma de fazer política. Quem é conhecida por não ter diálogo com classe política ou com o empresariado é você, Raquel. Será preciso dialogar para reconstruir Pernambuco e o Brasil e eu farei isso com o presidente Lula", continuou.
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