Centro de Operações do Recife terá sede própria em 2025, anuncia secretário de Ordem Pública
O COP atua com 13 secretarias para a coordenação de emergências urbanas e ambientais, como deslizamentos de barreiras, alagamentos e quedas de árvores

O Centro de Operações do Recife (COP), criado para coordenar ações de emergência e integrar diversos órgãos municipais em situações de risco, vai ganhar um novo prédio em 2025.
A novidade foi anunciada pelo secretário de Ordem Pública e Segurança do Recife, Alexandre Rebêlo, em entrevista ao programa Debate em Rede, da Rádio Jornal, nesta terça-feira (28), que também contou com a participação do secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade, Carlos Andrade Lima.
Segundo Alexandre, a medida visa ampliar as capacidades do COP e fortalecer a infraestrutura de monitoramento para lidar com eventos climáticos extremos e emergências urbanas.
Prédio será próximo à prefeitura do Recife
O COP foi fundado após o desastre de 2022 em Recife e na Região Metropolitana, quando fortes chuvas causaram deslizamentos e deixaram centenas de mortos e desalojados.
"Hoje o COP funciona de forma provisória", explicou Rebêlo. O secretário destacou que apesar disso, o centro age de forma rápida em emergências, como alagamentos, deslizamentos de barreiras e outros eventos climáticos.
"Há a previsão do centro físico, o COP terá central de monitoramento, de maneira tradicional mesmo, como existe em outras cidades", afirmou.
O novo prédio será construído no estacionamento da Prefeitura, no Bairro do Recife, e contará com câmeras de vídeo, drones, satélites e sensores de pluviometria, segundo o secretário.
O valor estimado é de R$ 30 milhões para a obra e montagem. "Foi concluído o desenho geral do projeto, o prefeito já conseguiu o recurso com empréstimo do BNDES, agora é o desafio da execução", revelou o secretário.
Ação integrada
"O COP serve para coordenar essas questões, como também em festas como o réveillon ou o carnaval, que também vamos atuar", destacou Rebêlo.
Hoje, o COP já atua em eventos como chuvas fortes, deslizamentos e queda de árvores. "Hoje caíram seis árvores no Recife. Em uma única reunião, já se tinha essa informação. Então, a CTTU pode ser acionada para isolar, a EMLURB fez a retirada da árvore, a defesa civil fica atenta aos morros e alagamentos", disse .
"Quando a gente mede o tempo de resposta a essas situações, hoje é muito mais rápido. Antes, era cada um no seu espaço. Hoje temos um painel só que resume tudo isso, nível das chuvas, alagamento e trânsito, por exemplo", explicou.
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Guarda Municipal armada
Ainda durante a entrevista, Alexandre Rebêlo discutiu os planos para armar a Guarda Municipal do Recife, ação que foi prometida por João Campos (PSB), durante a campanha eleitoral de 2024.
"Vamos ter o processo formal desenhado, precisamos da supervisão da Polícia Federal, que vai iniciar o protocolo", explicou o secretário.
Para garantir que os profissionais estejam preparados para lidar com a responsabilidade, Rebêlo afirmou que haverá acompanhamento psicológico e treinamentos práticos para todos os envolvidos.
"A nossa ideia é que esse processo comece a partir de fevereiro, que vai envolver licitações para as armas, munição, coletes e câmeras corporais", afirmou o secretário, destacando também a implementação de câmeras para monitoramento dos guardas.
"A câmera corporal também vai ser implantada, para garantir que excessos sejam evitados", completou.
Rebêlo explicou que, inicialmente, 70 guardas serão armados e estarão focados em ações mais ostensivas.
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Meta é "gerar emprego", diz secretário de Desenvolvimento Econômico
Carlos Andrade Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife, afirmou, durante o programa que as metas da secretaria neste ano é trazer mais empresas para o Recife, além de reduzir o empreendedorismo informal.
"A nossa prioridade é essa tração de negócios. A gente tem andado muito, visitado empresários, parceiros, para a gente aumentar o que já existe e criar projetos novos", afirmou Lima.
Para Lima, o maior desafio será melhorar a longevidade das empresas no Recife, já que, no Brasil, o tempo médio de vida de uma empresa é de apenas cinco anos. "Minha meta em 2025 é mudar isso no Recife. Queremos ter mais empresas abrindo do que fechando", concluiu.
De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), atualmente, o Recife conta com 191.419 empresas ativas:
- 84.119 são MEI (43,9%);
- 62.100 são microempresas (32,4%);
- 17.927 são empresas de pequeno porte (9,4%).
O que totaliza 85,7% de pequenos negócios. A cidade ainda tem 16.587 empreendimentos de médio e grande porte (8,7%).