Ônibus elétrico, bonde, maxambombas: As imagens dos meios de transporte públicos que já circularam pelo Recife
Enquanto a cidade crescia e se desenvolvia, a mobilidade precisou, aos poucos, também mudar. Confira a mudança dos transportes públicos no Recife por meio de fotos
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Balsas, bondes elétricos e ônibus elétricos já fizeram parte da mobilidade do Recife - FRANS POST; ACERVO BENÍCIO DIAS/VILLA DIGITAL/FUNDAJ;ACERVO JC IMAGEM;FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Durante entrevista, a arquiteta e urbanista Circe Monteiro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explicou como é "óbvia" a relação entre uma cidade e os meios de transporte. “Não consigo falar sobre mobilidade sem falar de um sistema de deslocamento. Tudo depende de como ela vai planejar onde estão as habitações, onde moram as pessoas, onde estão localizados os empregos e as atividades econômicas; é disso que o transporte vai depender". No Recife, a lógica foi a mesma: enquanto a cidade crescia e se desenvolvia, a mobilidade precisou, aos poucos, ser adaptada. Para entender a relação entre a história da capital pernambucana e seus meios de transporte público, confira as imagens abaixo:
À esquerda, ônibus elétricos na Avenida Cruz Cabugá, Centro do Recife. À direita, atuais meios de transportes na mesma avenida - TERCIO SOLANO/ACERVO JC IMAGEM e FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
À esquerda, bondes elétricos na Avenida Marquês de Olinda, Centro do Recife. À direita, mesma avenida, mas vazia - ACERVO JOSEBIAS BANDEIRA/VILLA DIGITAL/FUNDAJ e FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
À esquerda, maxambomba em frente à Faculdade de Direito do Recife. À direita, Faculdade de Direito do Recife nos dias de hoje - REPRODUÇÃO/RECIFE ANTIGAMENTE e REPRODUÇÃO/GOOGLE STREET VIEW
À esquerda, bondes elétricos na Rua Nova, Centro do Recife. À direita, atuais meios de transportes na mesma rua - ACERVO BENÍCIO DIAS/VILLA DIGITAL/FUNDAJ e BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
À esquerda, bondes elétricos na Rua do Imperador, Centro do Recife. À direita, atuais meios de transportes na mesma rua - ACERVO BENÍCIO DIAS/VILLA DIGITAL/FUNDAJ e FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Canoas
Inicialmente, Recife tinha como principal meio de locomoção as canoas, usadas até mesmo para trazer água potável de Olinda - sede da capitania de Pernambuco - até o agrupamento, que carecia de saneamento. Utilizadas, segundo o historiador Leonardo Dantas Silva, até o final do século XVIII. “As comunicações do porto com esses centros produtores eram feitas, até bem recentemente, através dos rios, usando-se para isso a canoa, a alvarenga e outros tipos de embarcação. Era [um transporte] acessível, mas o ‘povão’ mesmo ia a pé”, conta.
Recife durante colonização holandesa. Nas pinturas, é possível ver as balsas usadas como meio de transporte - FRANS POST/REPRODUÇÃO
Recife durante colonização holandesa. Nas pinturas, é possível ver as balsas usadas como meio de transporte - FRANS POST/REPRODUÇÃO
Recife durante colonização holandesa. Nas pinturas, é possível ver as balsas usadas como meio de transporte - FRANS POST/REPRODUÇÃO
Recife durante colonização holandesa. Nas pinturas, é possível ver as balsas usadas como meio de transporte - usuario
Diligências
O primeiro transporte coletivo viria a funcionar na cidade em 1847, com as diligências - tipo de carruagem fechada de quatro rodas utilizada para o transporte de passageiros e mercadorias -, uma alternativa no Recife até 1876.
Transporte típico do Recife no século 19 que está exposto no Museu do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano - HÉLIA SCHEPPA/ACERVO JC IMAGEM
Recife se tornou a primeira cidade da América Latina a ter um sistema urbano de transporte sobre trilhos: as Maxambombas. Mais acessíveis que as carruagens, a pequena locomotiva ajudava as pessoas entre o fim do século 19 e início do século 20 a se locomoverem mais rápido pela cidade.
Maxambomba em frente à Faculdade de Direito do Recife - REPRODUÇÃO/RECIFE ANTIGAMENTE
Maxambomba passa pela Praça do Jacaré, em Olinda, 1910 - REPRODUÇÃO/RECIFE ANTIGAMENTE
Maxambomba na Estação de Entroncamento, atual praça do Entroncamento, em 1900 - REPRODUÇÃO/RECIFE ANTIGAMENTE
Maxambomba no Recife - REPRODUÇÃO/RECIFE ANTIGAMENTE
Ponte da Maxambomba, construída em ferro em 1868, saindo da Rua do Sol - REPRODUÇÃO/RECIFE ANTIGAMENTE
Bondes elétricos
Os bondes elétricos foram consolidados em 1917, pela Pernambuco Tramways durante o governo de Dantas Barreto, que chegou a ter 139 bondes e 77 reboques até o final da operação. Eles eram considerados rápidos e limpos, mas, mais tarde, o moderno meio de transporte começou a causar constantes acidentes, além de apresentar uma lotação exagerada em uma cidade com população de cerca de 348 mil habitantes. Sua era chegou ao fim no final dos anos 1940.
HISTÓRIA Na Rua Nova, no Centro, bondes elétricos fizeram sucesso nas primeiras décadas do século 20 - ACERVO BENÍCIO DIAS/VILLA DIGITAL/FUNDAJ
Bondes elétricos no Recife - ACERVO BENÍCIO DIAS/VILLA DIGITAL/FUNDAJ
Bondes elétricos no Recife - ACERVO JOSEBIAS BANDEIRA/VILLA DIGITAL/FUNDAJ
Bondes elétricos no Recife - ACERVO JOSEBIAS BANDEIRA/VILLA DIGITAL/FUNDAJ
Bondes elétricos no Recife - ACERVO BENÍCIO DIAS/VILLA DIGITAL/FUNDAJ
Bondes elétricos no Recife - ACERVO JOSEBIAS BANDEIRA/VILLA DIGITAL/FUNDAJ
Bondes elétricos no Recife - ACERVO BENÍCIO DIAS/VILLA DIGITAL/FUNDAJ
Bondes elétricos no Recife - ACERVO JOSEBIAS BANDEIRA/VILLA DIGITAL/FUNDAJ
Ônibus elétricos no Recife - UBIRATAN RODRIGUES/ACERVO JC IMAGEM
NÃO POLUENTES Ônibus elétricos chegaram ao Recife nos anos 1960 e permaneceram nas ruas por 40 anos. Passageiros diziam que era um meio confortável. Na 1ª foto, a Avenida Cruz Cabugá na época dos elétricos - TERCIO SOLANO/ACERVO JC IMAGEM
Ônibus elétricos no Recife - TERCIO SOLANO/ACERVO JC IMAGEM
Ônibus a diesel
Desde 2008, a frota de ônibus da Região Metropolitana do Recife é gerido pelo Grande Recife Consórcio de Transporte, após a extinção da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/Recife). Agora, gerencia um sistema operacionalizado por 11 empresas de ônibus, que realizam mais de 25 mil viagens por dia, transportando cerca de 1,8 milhão de passageiros, diariamente, em mais de 2,7 mil ônibus e cerca de 400 linhas. Enfrenta, entretanto, problemas como queda de demanda de usuários e poucos subsídios fiscais.
Ônibus no Recife em 2021 - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
DEMANDA Redução no número de passageiros seria irreversível - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Ônibus no Recife em 2021 - TIÃO SIQUEIRA/JC IMAGEM
Ônibus no Recife em 2021 - TIÃO SIQUEIRA/JC IMAGEM
Ônibus no Recife em 2021 - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
À esquerda, ônibus elétricos na Avenida Cruz Cabugá, Centro do Recife. À direita, atuais meios de transportes na mesma avenida - TERCIO SOLANO/ACERVO JC IMAGEM e FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
À esquerda, bondes elétricos na Avenida Marquês de Olinda, Centro do Recife. À direita, mesma avenida, mas vazia - ACERVO JOSEBIAS BANDEIRA/VILLA DIGITAL/FUNDAJ e FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
À esquerda, maxambomba em frente à Faculdade de Direito do Recife. À direita, Faculdade de Direito do Recife nos dias de hoje - REPRODUÇÃO/RECIFE ANTIGAMENTE e REPRODUÇÃO/GOOGLE STREET VIEW
À esquerda, bondes elétricos na Rua Nova, Centro do Recife. À direita, atuais meios de transportes na mesma rua - ACERVO BENÍCIO DIAS/VILLA DIGITAL/FUNDAJ e BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
À esquerda, bondes elétricos na Rua do Imperador, Centro do Recife. À direita, atuais meios de transportes na mesma rua - ACERVO BENÍCIO DIAS/VILLA DIGITAL/FUNDAJ e FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Jornalista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Desde julho de 2019, faz parte da equipe do JC.COM.BR. Atualmente, como repórter de cidades, urbanismo e direitos humanos. Vencedora do Prêmio Urbana de Jornalismo 2021, finalista da Expocom NE 2021 e menção honrosa no 4º Prêmio de Jornalismo Mosca.
Localidade:Recife, PernambucoTelefone:twitter.com/katarinagmoraesCargo:RepórterCursoTreinamentos do Google de SEO e do Facebook sobre mídias digitais, Curso de Marketing Digital pela Universidade de São Paulo (USP); Curso de Comunicação Empresarial pela Universidade de Califórnia.