Pacientes com câncer passam a ser acompanhados por teleconsultas em Pernambuco

Nesse período de pandemia, a tecnologia se tornou uma grande aliada para os pacientes com câncer em Pernambuco. Isso porque a Teleoncologia de Pernambuco (Teleonco-PE), serviço de teleconsulta com assistência especializada e integral aos pacientes com a doença, já está sendo utilizada como ferramenta pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) nas unidades que compõem a Rede de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon/Cacon).

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A teleconsulta não se propõe ao diagnóstico, mas ao acompanhamento de pacientes que já estão em tratamento ou concluíram, no entanto, precisam ser monitorados e avaliados continuamente. O recurso visa evitar, quando possível, a ida presencial às consultas médicas e o deslocamento até os hospitais, quando não há necessidade.

Atualmente, as unidades de saúde que atuam com o atendimento a distância no Recife são: Hospital Barão de Lucena (HBL), Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). Já em Caruaru, o recurso está disponível no Hospital Mestre Vitalino (HMV).

“A plataforma funciona para o atendimento dos pacientes já acompanhados por esses serviços regularmente. Profissionais dos hospitais participantes fazem o levantamento prévio dos pacientes que podem ser acompanhados desta maneira e, posteriormente, entram em contato para informar do agendamento e realização da teleconsulta“, explica o gestor de Clínica e Linhas de Cuidado da Secretaria Estadual de Saúde, Rodrigo Bezerra Pires.

O Teleonco-PE possibilita que as equipes multidisciplinares realizem consultas clínicas a distância para fins de orientação, apoio diagnóstico e terapêutico aos pacientes oncológicos elegíveis a este tipo de atendimento.

A modalidade da teleconsulta, uma vertente da telemedicina, está inserida na plataforma do Núcleo Estadual de Telessaúde (NET-SES-PE), que é vinculado à Secretaria Estadual de Saúde e tem como objetivo implementar e integrar as ações de educação permanente, assistência e gestão para os diversos níveis de atenção à saúde no SUS, por meio de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

”Também estão em andamento as articulações para que outras especialidades, além da oncologia, possam utilizar a ferramenta da teleconsulta, considerando que em todas as especialidades temos pacientes que enquadram-se para o perfil”, acrescentou Pires.

Teleoncologia em outras unidades de saúde

Os próximos equipamentos de saúde que passarão a integrar a teleoncologia serão o Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru; Hospital Perpétuo Socorro, em Garanhuns; Hospital Memorial Arcoverde (HMA), em Arcoverde; Hospital Dom Tomás (HDT), em Petrolina; e Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope).

A conversa por videochamada, com os profissionais médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos podem acontecer via celular ou computador. Caso haja uma prescrição medicamentosa ou indicação de exame, este documento poderá ser enviado via e-mail ou WhatsApp. Entre os benefícios de adesão da plataforma tecnológica está a preservação da saúde desses pacientes, considerados grupo de risco para o novo coronavírus.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, explica a importância da teleoncologia, uma vez que esses pacientes têm chances maiores de agravamento da covid-19.

“Torcemos para que mais serviços da rede Unacon/Cacon façam a adesão a esta modalidade de atendimento e beneficie mais pacientes. Salientamos, ainda, que o tratamento oncológico não deve ser interrompido e que de acordo com o estágio da doença e do tratamento indicado, o comparecimento ao hospital poderá ser essencial para uma avaliação médica presencial, realização de exames ou tratamento como quimioterapia e radioterapia”, concluiu Longo.