O Brasil que dá certo
O futuro nos reserva mais boas notícias com políticas integradas. O Bolsa Família é só um degrau. Ele se conecta a outras iniciativas

Para milhões de brasileiros que viviam na corda bamba da informalidade, sem oportunidades, houve um momento, após janeiro de 2023, que o medo deu lugar à esperança. Foi quando uma porta se abriu, e a luz do Bolsa Família iluminou o caminho. Mas, até então, muitos enfrentavam um dilema: arriscar um emprego formal e perder o benefício ou permanecer na insegurança da informalidade.
No governo anterior, o desmonte das políticas sociais aprofundou esse temor. Famílias que haviam saído do programa, ao perderem o emprego, enfrentaram filas intermináveis para retornar — em 2022, 2,7 milhões de lares estavam nessa situação. O resultado? Mais informalidade e menos esperança.
Em 2023, o presidente Lula implementou a Regra de Proteção do Bolsa Família, um marco que eliminou o medo da formalização. Agora, quem consegue um emprego ou se torna microempreendedor (MEI) não perde o benefício imediatamente, sendo protegido de voltar para a pobreza. Quem supera a pobreza sai do programa, mas não do Cadastro Único. Se perder o emprego no futuro, retorna sem fila.
Os resultados são menos desigualdade e mais oportunidades. Dados da FGV Social (com base na Pnad Contínua/IBGE) mostram o impacto: a renda dos 5% mais pobres cresceu 30% em 2024 — ritmo três vezes maior que o dos 10% mais ricos (6,7%). O saldo de empregos formais (CAGED/MTE) mostra 16,5 milhões de vagas ocupadas por beneficiários do Bolsa Família/Cadastro Único entre 2023 e fevereiro de 2025 — 75,5% do total de postos criados.
Para a FGV, a regra de proteção é um "colchão de segurança" que incentiva a formalização, reduz desigualdades e impulsiona a economia. Programas como o Acredita no Primeiro Passo (crédito a juros de 0,7% ao ano) já financiaram 200 mil microempreendedores do Cadastro Único, totalizando R$ 3,2 bilhões em investimentos — 67% deles para mulheres. Histórias como a de Graziela Araújo, de Parnaíba (PI), ilustram a transformação: desempregada, ela transformou sua garagem na "Escolinha Caminho das Letras" e, com o crédito, formalizou o negócio. As histórias de brasileiros e brasileiras como Graziela nos ensinam que o combate à desigualdade exige mais que boas intenções. Exige ferramentas concretas.
O Efeito Multiplicador que queremos mostrar passa pelos excelentes números que apresentamos até aqui: 4,7 milhões de famílias superaram a pobreza desde 2023; a classe média brasileira subiu de 36,7% para 50,1% dos domicílios. No combate à fome, 60 mil pessoas saíram da insegurança alimentar severa por dia no primeiro ano de governo (redução de 85%, segundo a FAO). A desigualdade (Índice Gini) caiu de 0,544 para 0,518 — o menor da história.
O futuro nos reserva mais boas notícias com políticas integradas. O Bolsa Família é só um degrau. Ele se conecta a outras iniciativas, como Minha Casa Minha Vida, Luz Para Todos, Farmácia Popular e Brasil Conectado, formando uma rede de proteção e oportunidades. Desafios persistem, mas os números mostram que as políticas sociais bem desenhadas não só aliviam a pobreza, mas constroem pontes para um Brasil mais justo e desenvolvido. O futuro se faz com trabalho, dignidade — e muita gente caminhando junta.
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome