ORIENTE MÉDIO | Notícia

Trump: 'Agora nós temos controle total e completo dos céus do Irã'

O governo iraniano afirma que está se defendendo de uma "agressão cruel", e apelou ao Conselho de Segurança para agir contra Israel

Por Estadão Conteúdo Publicado em 17/06/2025 às 20:01

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reivindicou superioridade aérea sobre o Irã, em meio à operação em andamento de Israel contra o país persa. "Agora nós temos controle total e completo dos céus do Irã", afirmou, em publicação na rede social Truth Social.

O republicano acrescentou que os iranianos tinham "bons" rastreadores aéreos e equipamentos defensivos, mas que nenhum deles se comparavam aos americanos. "Ninguém faz melhor que o bom e velho EUA", escreveu.

A ofensiva atual começou na semana passada com ataque de Israel ao território do Irã, que revidou nos dias seguintes.

Os Estados Unidos negaram envolvimento nos ataques iniciais, embora tivessem sido alertados com antecedência. Na nova publicação, porém, Trump usou a palavra "nós" para se referir ao controle aéreo sobre o Irã.

CRÍTICAS AO G7

O governo do Irã condenou nesta terça-feira (17) a declaração divulgada pelos líderes do G7, acusando o grupo de ignorar a "agressão flagrante de Israel contra o Irã" e o que chamou de ataques ilegais à infraestrutura nuclear do país, além do "bombardeio indiscriminado de áreas residenciais e do assassinato de nossos cidadãos".

Em comunicado oficial, o ministério das Relações Exteriores iraniano criticou especialmente os Estados Unidos, o Reino Unido e a França, integrantes permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo Teerã, esses países "devem assumir sua responsabilidade legal e moral diante de um ato flagrante de agressão contra um Estado-membro das Nações Unidas".

O Irã afirma que Israel deu início a uma "guerra não provocada" e atacou instalações nucleares pacíficas do país. "Centenas de pessoas inocentes foram mortas, nossas instalações públicas e estatais e as casas da população foram brutalmente destruídas, e hospitais e centros de saúde foram atacados", denunciou o comunicado.

O governo iraniano afirma que está se defendendo de uma "agressão cruel", e apelou ao Conselho de Segurança, pedindo que seus membros ajam para impedir que Israel cometa "novas atrocidades".

Para o Irã, a estabilidade regional exige o fim imediato dos ataques israelenses e a responsabilização de Tel Aviv por violações do direito internacional. O comunicado conclui com um apelo direto ao G7: "Abandonem a retórica unilateral e enfrentem a verdadeira fonte da escalada: a AGRESSÃO de Israel".

ONU CONTRA AMEAÇAS

A Organização das Nações Unidas (ONU) disse ser contra qualquer ameaça a líderes de países membros da organização, disse Farhan Haq, vice-porta-voz do secretário-geral da organização, António Guterres, em coletiva concedida na terça-feira na sede da ONU em Nova York.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que "não descarta" o assassinato do líder supremo iraniano, Ali Khamenei. "Estamos fazendo o que temos que fazer". O Irã é um dos Estados-membros da ONU.

"Queremos que o conflito termine e não aumente", disse o vice-porta-voz do secretário-geral da ONU. "Queremos que todos os países evitem ações para escalar o conflito".

 

Compartilhe

Tags