Rússia lança novo ataque aéreo contra Ucrânia e deixa ao menos 12 mortos

A Rússia lançou seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia na madrugada deste domingo (25). Ao menos 12 pessoas foram mortas, incluindo crianças, disseram as autoridades ucranianas. Dezenas de outras pessoas ficaram feridas.

Os ataques visaram a capital e outras regiões do país pela segunda noite consecutiva, com mísseis e drones nas primeiras horas do dia. 

Segundo o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski, os russos lançaram quase 300 drones e 70 mísseis contra Kiev e outras regiões. Os serviços de emergência ucranianos descreveram o domingo como uma "noite de terror na região de Kiev", em uma mensagem no Telegram

Foram derrubados 45 mísseis e 266 drones russos (ao todo, foram lançados 367) durante a nova onda de bombardeios noturnos, que atingiu a maior parte do país.

Zelenski fez um apelo para pressionar a Rússia e forçá-la a interromper os ataques e o conflito.

"Sem uma pressão realmente forte sobre os líderes russos, essa brutalidade não pode ser detida. As sanções certamente ajudarão", disse Zelenski nas redes sociais, pedindo aos Estados Unidos, aos países europeus e a "todos aqueles que buscam a paz" que mostrem "determinação" para levar o presidente russo, Vladimir Putin, a "encerrar a guerra".

Ataques ocorreram em meio a troca de prisioneiros

Rússia e Ucrânia trocaram centenas de prisioneiros no domingo, 25, segundo o Ministério da Defesa russo. Ainda não houve confirmação imediata da troca de prisioneiros por parte do governo ucraniano.

O ministério russo disse que cada lado trouxe para casa mais 303 soldados, depois que cada um liberou um total de 307 combatentes e civis no sábado, e 390 na sexta-feira. A troca foi a maior em mais de três anos de guerra.

O anúncio foi feito horas depois que regiões ucranianas sofreram os ataques de drones e mísseis russos.

Zelenski criticou 'silêncio' dos EUA após ataque

Zelenski criticou o silêncio dos Estados Unidos após os ataques deste domingo. "O silêncio da América, o silêncio de outros no mundo, só encoraja [o presidente da Rússia, Vladimir] Putin", disse ele mais cedo, em sua conta no aplicativo Telegram.

"Cada ataque terrorista russo é motivo suficiente para novas sanções contra a Rússia. A Rússia está prolongando esta guerra e continua matando todos os dias. O mundo pode estar em um fim de semana, mas a guerra continua, independentemente dos fins de semana e dos dias da semana. Isso não pode ser ignorado", declarou Zelenski.

Na última semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se recusou a impor novas sanções a Moscou, apesar de Putin não interromper a invasão ao território ucraniano.

"Sem uma pressão realmente forte sobre a liderança russa, essa crueldade não poderá ser interrompida. Sanções certamente ajudarão. A determinação importa agora: a determinação dos Estados Unidos, a determinação dos países europeus, de todos aqueles no mundo que querem a paz. O mundo conhece todas as fraquezas da economia russa. É possível parar a guerra, mas somente por meio da pressão necessária sobre a Rússia. Putin precisa ser levado a pensar não em lançamentos de mísseis, mas em acabar com a guerra", concluiu o presidente ucraniano.