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Trump ameaça taxar produtos da União Europeia e iPhones

O republicano criticou Tim Cook, presidente executivo da Apple, e diplomatas europeus que, segundo ele, são "muito difíceis de lidar"

Por Túlio Feitosa Publicado em 24/05/2025 às 8:51

Com Agência Estado.

Após um período de trégua, o presidente dos EUA, Donald Trump, reacendeu a disputa comercial ao ameaçar taxar produtos da União Europeia (UE) em 50% e iPhones produzidos fora dos EUA em 25%, a partir de 1º de junho.

Em postagens na Truth Social, Trump criticou Tim Cook, CEO da Apple, e diplomatas europeus, alegando negociações comerciais improdutivas. Em coletiva, reforçou que as conversas com a UE estão lentas e que o bloco se aproveita dos EUA comercialmente.

Trump mencionou a possibilidade de estender as tarifas à Samsung, caso as empresas não instalem fábricas nos EUA. "Se Apple e Samsung fizerem fábricas nos EUA, não haverá tarifas sobre elas", afirmou.

A ameaça de Trump impactou negativamente o mercado, resultando em quedas nas Bolsas americanas: Dow Jones (-0,61%), S&P 500 (-0,67%) e Nasdaq (-1%).

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, expressou esperança de que a ameaça impulsione a UE a apresentar propostas mais vantajosas, alinhadas com as de outros parceiros comerciais dos EUA. Bessent também apontou para dificuldades internas na UE como um obstáculo nas negociações.

Resposta Europeia

Autoridades europeias têm afirmado que as exigências de Trump são unilaterais, inviabilizando o avanço das negociações. Ministros da Alemanha e Suécia criticaram a postura de Trump.

Elisabeth Svantesson, ministra das Finanças da Suécia, acusou Trump de elevar as tensões comerciais, enquanto Johann Wadephul, ministro das Relações Exteriores da Alemanha, defendeu a continuidade das negociações e a busca por acordos alternativos, como com a Índia.

Impacto nos Celulares

A Apple, que prometeu investir US$ 500 bilhões nos EUA, não indicou planos de transferir sua produção para o país, o que é um ponto de atrito com Trump. Analistas estimam que a fabricação de iPhones nos EUA poderia dobrar o preço para o consumidor. A produção da Apple envolve pelo menos 50 países.


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