GUERRA COMERCIAL | Notícia

China responde EUA e eleva tarifas de 34% para 84%, em nova retaliação

Pequim responde novas sanções americanas e acusa Washington de violar princípios do comércio internacional e desestabilizar a ordem econômica global

Por Estadão Conteúdo Publicado em 09/04/2025 às 9:08 | Atualizado em 09/04/2025 às 10:37

O Ministério das Finanças da China emitiu na manhã desta quarta-feira, 9, pelo horário de Brasília, uma nova decisão da Comissão Tarifária do Conselho de Estado chinês que eleva a tarifa para produtos importados dos Estados Unidos de 34% para 84%, com base nos "princípios básicos do direito internacional". A medida entrará em vigor a partir da 00h01 (horário local) do dia 10 de abril de 2025.

"A China insta os EUA a corrigirem imediatamente suas práticas equivocadas, a cancelarem todas as medidas tarifárias unilaterais contra a China e a resolverem adequadamente as diferenças por meio de um diálogo igualitário, baseado no respeito mútuo", diz a nota.

O ministério chinês classifica o aumento de tarifas adicionais pelos americanos contra o país como "um erro em cima de outro" e alega que a medida infringe gravemente os direitos e interesses legítimos da potência asiática, além de prejudicar o sistema comercial multilateral baseado em regras e impactar "seriamente" a estabilidade da ordem econômica global. "É um exemplo típico de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica", acrescenta.

A medida de Pequim veio logo após os EUA aplicarem tarifa adicional de 50% a importações de produtos chineses, elevando o total para 104%.

China submete nova queixa à OMC 

O Ministério do Comércio da China anunciou, também nesta quarta-feira, 9, que submeteu um novo processo na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas recíprocas dos Estados Unidos, desta vez para questionar a imposição da alíquota adicional de 50%.

"As medidas tarifárias dos EUA violaram seriamente as regras da OMC. O aumento de 50% reflete um erro atrás do outro, demonstrando a natureza de bullying unilateral", afirmou um porta-voz do ministério chinês. "A China defenderá firmemente seus interesses e direitos legítimos, atuando para proteger o sistema de comércio multilateral e a ordem econômica internacional."

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