POLÍTICA | Notícia

Dezenas de milhares vãos às ruas nos EUA contra Donald Trump

Os manifestantes se reuniram em Washington, Nova York, Houston, Los Angeles; e em estados como Flórida e Colorado. Eles rejeitam medidas de Trump

Por AFP Publicado em 06/04/2025 às 8:07 | Atualizado em 06/04/2025 às 8:24

Dezenas de milhares de manifestantes saíram neste sábado (5) às ruas das principais cidades dos Estados Unidos contra as políticas de Donald Trump, nos maiores protestos contra o presidente republicano desde seu retorno, no final de janeiro, ao poder.

Os manifestantes se reuniram em Washington, Nova York, Houston, Los Angeles; e em estados como Flórida e Colorado. Eles rejeitam os cortes de funcionários públicos, as novas tarifas comerciais e a erosão das liberdades civis.

Uma grande faixa que dizia "TIRE SUAS MÃOS!" se estendia a poucos quarteirões da Casa Branca e as pessoas carregavam cartazes com mensagens como: "Não é meu presidente!", "O fascismo chegou", "Parem o mal" e "Tirem suas mãos da nossa Seguridade Social".

Jane Ellen Saums, de 66 anos, disse que estava aterrorizada com a campanha de redução da administração federal que Trump está conduzindo junto com o bilionário Elon Musk.

"É extremamente preocupante ver o que está acontecendo com nosso governo, (...) tudo está sendo totalmente atropelado, desde o meio ambiente até os direitos pessoais", queixou-se esta trabalhadora imobiliária.

JEFF KOWALSKY / AFP
Protestos contra Donald Trump - JEFF KOWALSKY / AFP

Em um momento de crescente ressentimento mundial contra o republicano, também foram realizados protestos em capitais como Paris, Roma e Londres.

Uma coalizão composta por dezenas de grupos de esquerda, como MoveOn e Women's March, convocou manifestações sob o lema "Tire suas mãos" em mais de 1.000 cidades e municípios americanos.

Os organizadores da última mobilização em Washington previam a presença de cerca de 20.000 pessoas, mas no sábado à tarde disseram que o número era muito maior.

"Despertaram um gigante adormecido, e ainda não viram nada", declarou o ativista Graylan Hagler, de 71 anos, em meio à multidão reunida. "Não vamos nos sentar, não vamos nos calar e não vamos embora."

Até a tarde de sábado, as manifestações foram majoritariamente pacíficas.

Enquanto Trump continua sua revolução em Washington, seu índice de aprovação caiu ao nível mais baixo desde que assumiu o cargo, segundo pesquisas recentes.

Apesar da rejeição global à sua imposição de tarifas e da mágoa de cada vez mais americanos, a Casa Branca minimizou os protestos. O presidente republicano, ainda muito popular entre suas bases, não dá sinais de ceder.