TikTok pode ser banido dos EUA: entenda as razões por trás da possível proibição
Com a possível saída da plataforma do mercado norte-americano, muitos usuários estão procurando alternativas que oferecem funcionalidades semelhantes
O TikTok, uma das plataformas de mídia social mais populares do mundo, enfrenta a possibilidade de ser banido nos Estados Unidos devido a preocupações com privacidade e segurança nacional.
A decisão depende da Suprema Corte, que poderá manter em vigor uma lei assinada em abril pelo presidente Joe Biden.
A medida exige que o TikTok se desvincule da empresa controladora chinesa ByteDance ou seja vendido para uma empresa americana. Caso contrário, o aplicativo será proibido de operar no território norte-americano a partir de domingo (19).
Preocupações com segurança e privacidade
O governo dos EUA argumenta que o TikTok, por estar vinculado à ByteDance, representa um risco potencial à segurança nacional. Autoridades temem que dados de usuários americanos possam ser acessados pelo governo chinês, uma acusação que a empresa nega categoricamente.
O caso ganhou tração em um contexto de tensões crescentes entre EUA e China, envolvendo disputas comerciais e tecnológicas. A possível proibição do TikTok é vista como um movimento estratégico para limitar a influência de empresas chinesas no mercado global de tecnologia.
Impacto econômico e social
Atualmente, o TikTok possui 170 milhões de usuários mensais nos Estados Unidos e desempenha um papel crucial para criadores de conteúdo, empresas e consumidores.
Em 2023, a plataforma gerou cerca de 224 mil empregos nos EUA e ajudou pequenas e médias empresas (PMEs) a faturarem quase US$ 15 bilhões.
A saída do TikTok pode levar a uma migração em massa para outras plataformas, como o aplicativo chinês Xiaohongshu, uma espécie de fusão entre Instagram e Pinterest, que já lidera os downloads na App Store americana.
Além disso, a hashtag #TikTokRefugee, que reflete a busca de alternativas pelos usuários, acumulou mais de 100 milhões de visualizações.
Cenário político
Curiosamente, o CEO do TikTok, Shou Chew, foi convidado a participar da cerimônia de posse do presidente eleito Donald Trump em 20 de janeiro. Durante sua campanha, Trump prometeu salvar o TikTok e, segundo o The Washington Post, está discutindo maneiras de impedir o veto ao aplicativo.
