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SUBMARINO IMPLODIU: 'Quebrei algumas regras', disse o ceo do OceanGate em 2022

O cientista marinho Gregory Stone afirmou que Rush estava assumindo riscos ao tentar avançar a tecnologia para permitir que submarinos maiores alcançassem maiores profundidades.

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Lorena Lins

Publicado em 23/06/2023 às 15:20 | Atualizado em 23/06/2023 às 15:26
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Após a confirmação da Guarda Costeira dos Estados Unidos de que todos os membros da tripulação do submarino Titan faleceram, muito provavelmente devido a uma implosão, as autoridades estão buscando compreender o que aconteceu com a cápsula que tentava explorar os destroços do naufrágio do Titanic.

Este é o primeiro incidente fatal em mais de seis décadas de expedições no local. Em uma entrevista no ano passado, o fundador da OceanGate, proprietária do Titan, admitiu que o projeto da cápsula era incomum.

Stockton Rush, um dos ocupantes que faleceu no acidente, afirmou: "Eu até quebrei algumas regras. No entanto, acredito que as quebrei com base na lógica e na engenharia sólida. Havia uma regra que dizia para não combinar fibra de carbono e titânio, bem, eu as combinei."

O cientista marinho Gregory Stone afirmou que Rush estava assumindo riscos ao tentar avançar a tecnologia para permitir que submarinos maiores alcançassem maiores profundidades.

Submarino TITAN

As diferenças do submarino começam pela sua forma, que não era esférica, e não era feito exclusivamente de titânio, um metal extremamente resistente.

Com formato cilíndrico, o submarino era construído com fibra de carbono, um material mais leve e acessível. Além disso, possuía mais espaço interno em comparação com os concorrentes, permitindo acomodar o piloto e mais quatro passageiros, enquanto outros submarinos comportavam, no máximo, dois ocupantes.

Avisos de perigo

Desde 2018, quando o Titan foi projetado, especialistas alertaram a OceanGate de que o submarino não estava em conformidade com as normas internacionais e poderia resultar em um desfecho catastrófico. O Titan realizou 14 viagens com turistas ao Titanic em 2021 e 2022.

Na última expedição, é provável que a câmara de pressão de fibra de carbono, submetida a um estresse significativo, tenha finalmente cedido.

Agora, após a confirmação dessa tragédia, os esforços estão concentrados na recuperação dos destroços do Titan no fundo do mar, a fim de compreender o que ocorreu.

A investigação será complexa devido à dificuldade em coletar evidências em uma profundidade de 3.800 metros. Além disso, enfrenta-se a dificuldade adicional de que o acidente ocorreu em águas internacionais, onde nenhum governo possui jurisdição.

Considerando que a principal hipótese é de implosão, não há expectativas de que seja possível recuperar os corpos das vítimas.

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