
Com informações da AFP
Ao deixar a capela ardente da rainha Elizabeth II depois de prestar seus respeitos, dificilmente alguém resiste a dar uma última e fugaz olhada em seu caixão. Um até acena um adeus.
É a última despedida de uma monarca muito amada, em uma cena triste e solene no quase milenar Westminster Hall, onde seu corpo repousa até o funeral e sepultamento na segunda-feira.
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Todos os olhares se voltam para o caixão localizado sobre um estrado roxo, no topo de um plinto com quatro degraus, e coberto pelo estandarte régio, a coroa imperial e o cetro, símbolos do poder real.
O fluxo de pessoas, de todas as idades e origens, não parou desde a chegada do caixão na tarde de quarta-feira.
Na madrugada da sexta-feira, aqueles que aguentaram as filas da noite, envoltos em casacos e chapéus antes da iminente chegada do outono ao Reino Unido, puderam finalmente passar alguns minutos no interior.
Alguns usam ternos pretos para a ocasião solene, enquanto outros usam suas roupas cotidianas. A espera de até 10 horas também não desencorajou os de muletas.
Dentro da sala com teto de madeira, que no século XVII sediou os julgamentos de Guy Fawkes - um católico inglês que tentou explodir o Parlamento - e do rei Charles I, a fila de um quilômetro de extensão se divide em quatro.
Em meio ao silêncio que permeia o espaço, onde se infiltram alguns sons da madrugada, uma série de pequenos e comoventes gestos se sucedem à medida que as pessoas chegam diante do caixão.
Uma mulher de meia-idade se curva. Outra tenta uma genuflexão completa. Homens usando chapéus antiquados os tiram. Muitos se cruzam.
Para alguns, o momento é esmagador e se desfazem em lágrimas. Alguns casais se confortam enquanto se dirigem para a saída, de mãos dadas ou abraçados.
A rainha Elizabeth II será sepultada nesta segunda-feira (19) em uma cerimônia privada no Castelo de Windsor.
A morte da monarca aos 96 anos encerrou o reinado mais longo da história do Reino Unido - 70 anos -, e sua vida merece "uma homenagem apropriada", explicou Edward Fitzalan-Howard, duque de Norfolk, a pessoa que prepara o funeral há duas décadas.
"O respeito, a admiração e o carinho que se professaram pela rainha fazem da nossa tarefa (...) uma honra e uma grande responsabilidade", acrescentou em reunião informativa com a imprensa.
SEPULTAMENTO DA RAINHA ELIZABETH II
O sepultamento é às 19h30 (15h30 de Brasília) em uma cerimônia privada na capela familiar da igreja de Saint George, no castelo de Windsor, após o funeral de Estado durante a manhã em Londres.
A rainha descansará nesta capela com seu pai George VI, seu marido Philip de Edimburgo, sua mãe Elizabeth e sua irmã Margaret.
Mais de 100 chefes de Estado e de Governo e outras personalidades devem comparecer ao "funeral do século", como o presidente americano, Joe Biden, o brasileiro Jair Bolsonaro, o rei da Espanha, Felipe VI, e o imperador do Japão, Naruhito.
Após o serviço religioso, o caixão de Elizabeth II percorrerá as ruas de Londres em um cortejo fúnebre que terminará no Wellington Arch, no Hyde Park, de onde partirá para Windsor.
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