
É cada vez mais comum pacientes jovens preocupados com seus esquecimentos e lapsos de memória, com receio de que sejam um sinal da doença de Alzheimer. No entanto, embora a condição afete pessoas de diferentes idades, é importante ressaltar que nem todo esquecimento é igual.
As falhas de memória são comuns e podem ocorrer no dia a dia de qualquer um de nós, afinal, diversas ações da rotina pessoal ou profissional podem refletir no funcionamento do organismo.
Apesar de serem considerados deslizes reversíveis na maioria das ocasiões, as falhas de memória influenciam na qualidade de vida do paciente e merecem atenção. É preciso distinguir as especificidades do esquecimento em jovens e o Alzheimer, doença neurodegenerativa que atinge principalmente a população idosa com mais de 60 anos.
Apesar de ser uma condição rara, a condição pode ocorrer de forma precoce em pacientes com menos de 65 anos, podendo surgir a partir dos 45 anos. De acordo com o Dr. Bruno Rangel, neurocirurgião do Hospital Jayme da Fonte, de modo geral, os sintomas apresentados na condição precoce não são distintos da forma mais comum da doença.
“A única diferença é que as manifestações da doença começam a aparecer mais cedo no primeiro caso. O tratamento do Alzheimer, precoce ou não, é o mesmo”, destacou o médico.
Alzheimer ou lapsos de memória?
No caso do esquecimento em jovens, as causas podem estar relacionadas a fatores temporários, como estresse, falta de sono, consumo excessivo de álcool, TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade ou efeitos colaterais de medicamentos. Dessa forma, os pacientes podem apresentar dificuldades ocasionais para lembrar nomes, datas ou eventos específicos, mas ainda conseguem realizar suas atividades diárias normalmente.
Segundo Rangel, ansiedade está entre as principais causas perda de memória em todas as idades, principalmente na juventude. Por esse motivo, é comum haver uma perda de memória repentina em situações de maior exposição, como falar em público, por exemplo.
"A ansiedade acaba levando a uma ativação de múltiplas regiões do cérebro e, consequentemente, aumentando o estado de atenção e de vigilância, levando a lapsos de memória por desatenção e pela falta de concentração", explica.
O esquecimento em jovens geralmente é temporário e pode ser resolvido com mudanças no estilo de vida ou tratamentos específicos, quando necessário. No entanto, quando tais lapsos de memória são frequentes e causam prejuízos nas relações sociais, é preciso ficar alerta.
Para o neurologista, um esquecimento deixa de ser algo normal quando passa a comprometer as atividades de vida diária e reflete na queda de rendimento no trabalho e/ou nos estudos.
“Alguns fatores chamam a atenção para que o ato de esquecer não seja normal, mas o ponto que chama mais atenção é a frequência. Quando a pessoa começa a esquecer eventos, sejam rotineiros ou não, em demasia, isso deve chamar a atenção para procurar ajuda médica”, ressalta Rangel.
Ainda segundo o médico, aceitar que pode haver algum problema com a sua memória é o primeiro passo, visto que algumas pessoas tentam esconder a situação dos familiares, amigos e até de si mesmo, agravando a situação.
“Obter um diagnóstico o mais rápido possível é importante, ainda que muitas vezes isso seja desafiador. O diagnóstico rápido permite tratar causas reversíveis de esquecimento e demência, possibilitando melhora cognitiva em alguns casos”, finalizou.
Para os jovens com esquecimento, o tratamento geralmente envolve a identificação e resolução da causa subjacente, além de aconselhamento ou terapia cognitivo-comportamental quando necessário.
Por outro lado, as pessoas com Alzheimer sofrem um declínio mais amplo da memória, com esquecimento frequente de informações recentes, desorientação temporal e espacial e dificuldades na realização de tarefas cotidianas.
A doença não tem cura e é causada principalmente pela morte progressiva de células cerebrais e pela formação de placas de proteína no cérebro. Além disso, fatores genéticos, histórico familiar e estilo de vida sedentário são fatores de risco para o desenvolvimento do problema em idosos. Assim, o tratamento visa retardar o avanço da doença e aliviar os sintomas, por meio de medicamentos específicos e estratégias de gerenciamento da memória.
Apesar das condições compartilharem o sintoma do esquecimento, a conscientização das diferenças citadas entre os problemas é fundamental para que as pessoas busquem os cuidados adequados, garantindo uma boa qualidade de vida e bem-estar.
Excelência em diagnóstico e tratamento
O Hospital Jayme da Fonte conta com uma estrutura preparada para realizar desde o atendimento clínico aos de alta complexidade e uma equipe médica de excelência especializada na identificação e tratamento nos mais diversos segmentos, incluindo esquecimento precoce e casos de Alzheimer.
O HJF também dispõe de aparelhos modernos para investigação diagnóstica complementar, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, além de estrutura de internação em suítes e enfermarias, além de UTI no mais alto padrão, equipado com o que há de mais avançado no mercado hospitalar.