Religião | Notícia

O Amor em ação

O exercício continuado do amor que emerge naturalmente de uma consciência limpa vai aos poucos se fortalecendo pela prática da caridade essencial

Por JC Publicado em 13/07/2025 às 0:00

Clique aqui e escute a matéria

JOSÉ EDSON F. MENDONÇA

“Meus filhos, na máxima Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor”. “Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá”. Paulo, Apóstolo, na msg mediúnica, em “O Evang. Seg. Espiritismo, cap. XV:10.


O nosso Pai criador nos destinou à felicidade, a qual só se conquista acionando a chave do amor, com a qual Jesus Cristo - seu mensageiro divino -, promoveu uma profunda revolução na lei de justiça vigente: “Ouvistes o que foi dito: amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus”. Mat 6:43-44.


Por sua vez, no cap. XI:8, do referido Evangelho, em “A Lei de Amor”, o Espírito Lázaro, entoando um verdadeiro hino a essa virtude maior, diz esplendidamente que “esse sol interior”, resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto ser ele o sentimento por excelência, conquistando a felicidade aquele que dedica imenso amor aos seus irmãos em sofrimento ao transformar os instintos em sentimentos substituindo a personalidade pela fusão dos seres, extinguindo assim as misérias sociais.


Quem ama cuida com zelo de todas as criações divinas que majestosamente se espraiam enchendo de incomparáveis belezas a Natureza. A criatura então despertando para a sua essência divina vislumbra a magia do incomparável talismã divino que, como uma chave de condão, lhe confere poderes singulares por permitirem percorrer a árdua jornada existencial experienciando alegrias e bem-estar que só a chave do amor pode proporcionar.


Nesse passo, o exercício continuado do amor que emerge naturalmente de uma consciência limpa, aonde a Providência o inscreveu, vai aos poucos se fortalecendo pela prática da caridade essencial que proporciona bem-estar íntimo indescritível e daí segue num crescendo a espargir luz, cor, beleza e plenitude à vida dos filhos de Deus que já despertaram para a realidade resplandecente da vida em abundância: um dia todos nós saberemos valorizar a dádiva do amor e assim nos tornaremos Espíritos puros!


Outrossim, sob o comando de Jesus, os assessores-mentores da revelação espírita espalham-se por toda a Terra e derramam abundantemente fluidos de imensa bondade que todos, sem exceção, poderemos pô-los em ação, pois, a caridade fornece inumeráveis possibilidades de se fazer o bem, não requerendo nenhum outro recurso, a não ser a mobilização da vontade e a sensibilidade consciencial de se importar com os outros.


Ademais, Allan Kardec, no diálogo 886, de O Livro dos Espíritos, com a sua extrema perspicácia e sabedoria, indagou aos Espíritos do Senhor, como se poderia sintetizar, de forma clara e objetiva, a virtude máxima da caridade conforme Jesus a entendia, e as grandes vozes do Céu responderam que o Mestre incomparável exemplifica o amor praticando exemplarmente a benevolência para com todos, a indulgência para com as imperfeições alheias e o perdão incondicional das ofensas.


Por outro lado, visando a por-se esse tão decantada qualidade em ação, em consonância com os ensinos evangélicos, poder-se-ia sugerir: exercitar conexão habitual com Deus, com respeito, devoção e gratidão, esmerando-se no cumprimento dos deveres cristãos; - analisar regularmente as ocorrências cotidianas vivenciadas no decorrer de cada dia refletindo sobre o que e como melhorar em si mesmo; - buscar novas maneiras de ser útil, de forma desinteressada; - importar-se com os outros, dedicando-lhes atenção e tempo, a partir do próprio lar; - dispor-se a escutar com atenção as pessoas em geral, sem julgamento, procurando entender e atender as suas necessidades.


Além disso, seria também recomendável tentar aferir regularmente o grau de cumprimento próprio de cada uma das três virtudes que compõem a caridade, quantificando-as percentualmente sempre buscando melhorar.


E, finalmente, quem sabe, poder-se-ia ainda propor-se questões do tipo: como tenho sentido Deus na minha vida? Como estou cuidando de mim mesmo? e, do meu próximo?
Paz e bem. Avancemos com Jesus!

José Edson F. Mendonça presta colaboração ao movimento espírita, como escritor, palestrante e trabalhador do Instituto Espírita Gabriel Delanne, rua São Caetano, 220, Campo Grande - Recife/PE

 

Compartilhe

Tags