A Morte e a reencarnação

Na Grécia antiga cerca de 500 anos a.C, vamos encontrar o grande Pitágoras que pregava a reencarnação como punição pela culpa dos erros

Publicado em 02/03/2025 às 0:00
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UBIRAJARA EMANUEL

TAVARES DE MELO

O fenômeno da reencarnação tem sido estudado por pesquisadores do mundo inteiro, há milênios. As pesquisas sobre reencarnação acontecem em duas áreas distintas; uma na qual se pesquisam casos de lembranças de vidas anteriores, geralmente em crianças e a outra na qual se busca pesquisar com objetivos terapêuticos, através da técnica de regressão de memória a vidas passadas.


A crença na reencarnação é muito antiga, mais antiga do que a bíblia. Na época de Moises, eram conhecidas algumas práticas espiritas entre o povo de Israel, sendo que a lei mosaica considerava abominável a consulta aos mortos.


Os necromantes (aqueles que consultam os mortos) já existiam naquela época, mas não deviam ser consultados pelos filhos de Israel (Levíticos, 19:31). Assim como os Vedas, que são colecções de textos religiosos dos Áreas emigrados para a Índia cuja formação se estendeu por vários séculos com início por volta de 1000 a.C estes textos chamados Upanishads originários do código de leis de Manu e dos Puranas se constata uma nítida relação entre a Doutrina da reencarnação e a teoria do Karma. É por isso que hoje em dia mais de 2 milhões de indianos que professam o Hinduísmo e o Budismo como religião adota a tese das existências sucessivas como verdadeira.


Vamos encontrar ainda no século 16 a.C na Grécia antiga menção a reencarnação na doutrina órfica, tese defendida por Heródoto e Pitágoras que defendiam não somente a imortalidade da alma, mas sobretudo a reencarnação. Também no Egito antigo se professava a doutrina da Reencarnação, acreditando os egípcios que após a morte a alma seria atraída para o alto por Hermes, seu gênio guia para que voltasse novamente á terra em outras vidas. Por sua vez os caldeus acreditavam na doutrina da reencarnação após uma série deles de encarnações e obtido um grau suficiente de pureza, não mais reencarnava.


Na antiga Roma no século 106 a.C, Cícero o grande orador e filosofo romano e o grande poeta Virgílio que incluiu a reencarnação na sua obra histórica Eneida, acreditavam e divulgavam a doutrina da reencarnação. Na Grécia antiga cerca de 500 anos a.C, vamos encontrar o grande Pitágoras que pregava a reencarnação como punição pela culpa dos erros, o que era divulgado pelo grande filosofo Sócrates, o que levou o seu discípulo Platão a defender a necessidade de uma justiça compensadora, escrevendo a sua obra Górgias, desenvolvendo a tese plenamente em sua obra Fédor.


Também no budismo que se baseia na análise do sofrimento, a reencarnação expressa tanto o sofrimento como também a chance de supera – lo. O próprio Buda é considerado como o perfeito que, depois de muitas reencarnações, numa ascensão espiritual continua, pôde ingressar no nirvana. Isto é uma parte apenas do que a história, a filosofia e as religiões mencionam há milhares de séculos, sobre a reencarnação sendo impossível no espaço deste artigo aprofundar o estudo. Com a existência entre nós da Doutrina Espírita a partir de 18 de abril de 1857, quando do lançamento do Livro dos Espíritos em Paris sob a coordenação de Allan Kardec consolidou o entendimento doutrinário mundial do que seja a reencarnação, isto é a volta à carne novamente para evoluir espiritualmente. Nos meus artigos, publicados neste Jornal, tenho tratado várias vezes sobre o mundo espiritual e a comunicação com o mesmo. Hoje em dia com o avanço das pesquisas científicas com o auxílio da física quântica, a humanidade a cada dia comprova que o mundo espiritual é um fato e não somente o céu e o inferno. Amit Goswami referência mundial em estudos que buscam conciliar ciência e espiritualidade e é PHD em física quântica pela Universidade de Calcutá, India em sua obra intitulada A FÍSICA DA ALMA editada pela Aleph, traz ao leitor interessado sobre o assunto, afirmações categóricas tendo afirmado que existe uma alma que sobrevive a morte do corpo físico e que efetivamente reencarna em outro corpo formando um continum.

Atualmente as universidades de todo o mundo têm realizado pesquisas que comprovam a existência do espírito que renasce quantas vezes forem necessárias. Não restando qualquer dúvida da sua existência, daí porque é muito importante levar em consideração tais fatos e mudar a nossa conduta de vida, para que quando voltarmos ao mundo espiritual possamos demonstrar que a nossa vida foi guiada com o objetivo de progresso espiritual.

Ubirajara Emanuel Tavares de Melo é advogado, membro do NEIL – Núcleo Espírita Investigadores da Luz, e autor do livro Nunca Morreremos, editado pela EME. ubirajara@advtm.com.br

 

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