Com Deus a semente não morre, ainda que regada com lágrimas

DOM ALEXANDRE XIMENES

“RESTAURA, SENHOR, A NOSSA SORTE, COMO AS TORRENTES DO NEGUEV. OS QUE COM LÁGRIMAS SEMEIAM, COM JÚBILO CEIFARÃO! QUEM SAI ANDANDO E CHORANDO ENQUANTO SEMEIA, VOLTARÁ COM JÚBILO, TRAZENDO OS SEUS FEIXES! (SALMO ‘126:4-6).

Poucos textos na bíblia são tão lindos, gloriosos e encharcados de esperança como este! Desde 1977, já estive em israel inúmeras vezes, e, sempre que visito o Neguev, confesso que os meus olhos ficam úmidos!
a aridez, a sequidão, a “morte” (sim, entre aspas) parecem ditar as coisas. É como se fosse o funeral da vida, da esperança! para todos os lados que se olha, a vida parece sucumbir ante a aridez dos caminhos.
Não se percebe vida, movimento, só o silêncio está presente. a sensação da impossibilidade toma conta!

A chamada realidade do deserto sufoca qualquer sonho de verdor! São meses assim. Mas com Deus ninguém semeia em vão. A semente não morre, ainda que regada a lágrimas, pranto e choro dolorido.
Há duas chuvas aguardadas em israel, principalmente na área da agricultura. A temporã e a serôdia! Uma para a plantação e a outra, sinal que o tempo da colheita chegou! Após a serôdia, a morte morre!!!
O deserto se transforma e em lugar da aridez e da morte, explode o verde viçoso e lindo que cobre a terra, fazendo com que a mesma produza. Cobre o horizonte de árvores, flores e alimento!
O milagre da vida cobre e apaga a dor da morte ali representada.

Queridos(as), imagino, com a minha experiência de vida e ministério, quantos que me lêem agora, vivem o que chamaria de síndrome do Neguev! Aridez na alma, calor abrasado e quase letal no coração, incertezas, dúvidas, medos, insegurança e quase morte da fé! Um casamento que outrora foi de um verdor encantador; um filho, que era a esperança de dias férteis; um sonho profissional, uma fé que ardeu, agora, começa a morrer na aridez do neguev pessoal.

Um irmão (já no céu), viveu como poucos o seu deserto pessoal! Foram anos plantando, regando com lágrimas. noite adentro. madrugadas insones. parecia que nada mudaria, mas, um dia, um dia...um dia, a chuva serôdia caiu e a vida explodiu! Semeou em pranto! esperou contra a esperança; ninguém acreditava e ela habitou solitária a ilha dos que nele crêem!

Hoje quero dizer a você que me lê e já tem vontade de entregar-se, render-se, de assumir a derrota. A chuva de Deus vai transformar a morte de hoje em explosão de vida amanhã!! A última palavra na nossa vida, os que cremos, é do senhor JESUS CRISTO!

Onde o olho alcançar você verá vida, verde de esperança. vizinhos, amigos, colegas de trabalho e parentes dirão chocados :” Grandes coisas fez o Senhor por ela (ele)”!!! Já fui um Neguev, seco estéril, morto, mas Ele me mandou chuva dos dos céus e está me transformando em vale de vida e esperança.

Durma em paz, esse deserto na sua vida está com os dias contados. hoje, se deus permitir, vou pregar sobre isto! Descanse no Senhor Deus dos céus e da terra! Semeie ainda que com lágrimas, a colheita será gloriosa!!

A chuva do céu cairá e a vida explodirá! Prepare-se! A colheita será gloriosa, a chuva do céu cairá e a vida explodirá! prepare-se!

Dom Alexandre Ximenes bispo da Igreja Episcopal Carismática da Catedral da Reconciliação