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Ministro da Previdência diz que 100 mil pessoas irão receber devolução do INSS por dia a partir de quinta-feira (24)

Wolney Queiroz visitou, nesta segunda-feira (21), a sede do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) em Caruaru, no Agreste do Estado

Por JC Publicado em 21/07/2025 às 21:53

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O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, visitou nesta segunda-feira (21) a sede do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) em Caruaru, no Agreste do Estado. O ex-deputado federal caruaruense confirmou que a devolução dos descontos indevidos de mensalidades associativas feitos entre março de 2020 e março de 2025 começará a ser feita na quinta-feira (24), em parcela única corrigida pela inflação na conta em que o benefício é pago, por ordem de adesão.

"O prazo está aberto para qualquer aposentado que queira saber se foi descontado, se não foi, para começar a pedir o seu ressarcimento. Existem hoje 2 milhões de pessoas aptas a receber. Dessas 2 milhões de pessoas, cerca de 36% já assinaram acordos, ou seja, 714 mil com números de domingo (20). A gente está fazendo a divulgação para que mais pessoas possam participar, pois já começaremos a pagar na quinta-feira (24). O pagamento será feito de 100 mil pessoas por dia; com isso, em 10 dias, vamos fazer o ressarcimento de 1 milhão de pessoas", explicou Wolney Queiroz.

Para saber se teve o desconto ilegal e se tem direito ao ressarcimento, o aposentado ou pensionista pode consultar a situação através do aplicativo ou site Meu INSS; das agências dos Correios em mais de 5 mil municípios; ou da central telefônica 135, que está disponível para consultas e contestações. "A ordem do pagamento vai ser a da entrada do requerimento. Não paga nada, não precisa de advogado, pois é um processo simples", garantiu o ministro.

Apesar de a investigação sobre a fraude dos aposentados ainda estar em curso, o governo resolveu antecipar os pagamentos. "Vamos devolver cada centavo que foi tirado indevidamente dos aposentados. O ressarcimento será de uma vez só e corrigido pelo IPCA. Esse dinheiro inicial será um adiantamento que o governo está fazendo, graças a um crédito extraordinário aprovado pelo Congresso Nacional. Mas o governo irá cobrar das associações que fraudaram o INSS. Então é desse contingente, tanto das pessoas físicas, quanto jurídicas, que vai sair o dinheiro para reembolsar o governo", informou Wolney.

Previdência Social

Diante do envelhecimento da população brasileira, o impacto no sistema previdenciário do País tem sido significativo, o que gera preocupações futuras quanto a sustentabilidade financeira da previdência pública e privada. Apesar disso, o ministro Wolney Queiroz afirma que a prioridade, no momento, é garantir o reembolso dos valores indevidos, mas não descarta uma nova reforma da previdência. "A situação da previdência social no Brasil se assemelha a previdências de outros países do mundo. Com a população envelhecendo, vivendo mais, automaticamente, a gente tem que ter mais pessoas contribuindo para poder ter um equilíbrio da previdência social e dos números da previdência", disse.

"Mas acredito que a previdência não pode ser encarada como um um peso na sociedade, porque nós pagamos cerca de R$ 1 trilhão de benefícios por ano. São R$ 78 bilhões pagos a cada mês. Isso movimenta a economia das cidades. Esse dinheiro movimenta o mercadinho, movimenta a farmácia, movimenta o açougue e movimenta essa microeconomia de várias cidades menores do País. Então, a gente precisa fortalecer a Previdência Social e garantir que ela continue pagando os seus benefícios. Se precisar, mais adiante, fazer uma reforma para adequar ao envelhecimento populacional, isso deve ser uma coisa para o futuro, para um novo governo; mas, no momento, o que a gente precisa fazer é garantir que quem tem direito ao benefício receba", finalizou o ministro da Previdência Social.

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