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Suspeito de facilitar ataque hacker que desviou quase R$ 1 bilhão é preso em São Paulo

Homem teria cedido senha de acesso ao sistema do Banco Central, permitindo ação criminosa que afetou instituições e causou prejuízo milionário

Por Estadão Conteúdo Publicado em 04/07/2025 às 9:01

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta sexta-feira (4) um suspeito de envolvimento no ataque hacker ao sistema da C&M Software, empresa responsável por interligar instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo operações via Pix.

Registrado na última terça-feira (1º), o ataque resultou no desvio de aproximadamente R$ 800 milhões e está entre os mais graves registrados no sistema financeiro do País.

O suspeito é João Nazareno Roque, funcionário de uma empresa terceirizada do Banco Central (BC). De acordo com os investigadores, ele permitiu o acesso dos criminosos ao sistema sigiloso da instituição por meio de sua própria máquina.

À polícia, teria confirmado que compartilhou a senha de acesso com terceiros, o que possibilitou a fraude em larga escala.

Ataque prejudicou ao menos seis instituições financeiras

Os serviços da C&M Software foram suspensos pelo BC após uma invasão que afetou sua infraestrutura e comprometeu operações de diversas instituições financeiras.

Embora o Banco Central não tenha divulgado oficialmente a lista das instituições atingidas, ao menos três já confirmaram ter sido afetadas: BMP, Credsystem e Banco Paulista.

Empresa nega invasão direta ao sistema

Em nota, a C&M Software declarou ter sido vítima de uma "ação criminosa externa", que teria se originado da violação do ambiente de um cliente. “Não houve invasão direta aos sistemas da CMSW. Os sistemas críticos seguem íntegros e operacionais”, afirmou a companhia.

A empresa explicou ainda que o golpe foi possível por meio de uma simulação fraudulenta de integração: um terceiro utilizou credenciais legítimas de um cliente para se passar por uma instituição financeira autorizada e acessar os serviços.

Na quinta-feira (3), o Banco Central autorizou a retomada parcial das operações da C&M, após avaliação de segurança.

Investigações em andamento

O caso está sendo investigado de forma conjunta pela Polícia Civil, Polícia Federal e pelo Banco Central. As apurações ainda não concluíram o valor total do desvio nem identificaram todos os envolvidos na ação. Também não há, até o momento, uma lista oficial das instituições prejudicadas.

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