Google indica mudanças no comportamento do consumidor na maneira de interagir com as informações online
A mudança se concentra em quatro ações: pesquisas; ao rolar a tela na navegação online; assistir a vídeos e transmissões; e fazer compras

Diante das diversas possibilidades tecnológicas, os consumidores estão mudando o seu comportamento na hora de interagir com as informações, consumir conteúdo e comprar. Sua maneira tem sido multimodal, alternando entre ações e dispositivos. Pode-se até dizer que são previsivelmente imprevisíveis. Ele se concentra em quatro ações, às vezes realizadas simultaneamente: pesquisas, ao rolar a tela na navegação online, assistir a vídeos e fazer compras.
Esse comportamento é rápido e fluido. Mas, ao mesmo tempo, é interativo e permite que eles descubram coisas e interesses novos. Em média, os consumidores interagem com mais de 130 pontos de contato móveis por dia. Os quatro comportamentos e seus consequentes impactos nas estratégias de negócios de marcas e anunciantes foram tema do Think with Google, maior evento de negócios da companhia, realizado nesta terça-feira (25), no Transamérica Expo Center.
Quatro ações do consumidor
Searching (Busca)
A maneira como as pessoas pesquisam está mudando. O Google tem facilitado para as pessoas encontrarem o que desejam. Elas usam o Gemini para exploração. As Visões Gerais Criadas por IA (AI Overviews) e o Google Lens são exemplos dessa inovação, oferecendo novas maneiras de descobrir produtos e serviços.
Conforme os hábitos de busca se transformam, os consumidores passam a esperar respostas intuitivas e instantâneas, adaptadas às suas necessidades. Vemos mais de 5 trilhões de pesquisas anualmente. E com o uso da IA, o tipo de perguntas que as pessoas podem fazer também está crescendo.
As Visões Gerais Criadas por IA (AI Overviews) alcançam um bilhão de pessoas por mês no mundo todo , em mais de 100 países, proporcionando grande visibilidade para as marcas. O Lens é usado para mais de 20 bilhões de consultas de pesquisa visual todos os meses, destacando o uso crescente da pesquisa visual como uma ferramenta para encontrar informações e produtos.
Scrolling (Rolagem)
Nas telas dos celulares o conteúdo também se transformou, à medida que os planos de dados móveis ampliaram o alcance do vídeo. Rolar a tela é a versão moderna de "olhar vitrines". Buscando inspiração, as pessoas estão consumindo conteúdo, muitas vezes sem a intenção imediata de comprar. Mas, em segundos, a partir do criativo certo, o posicionamento de produto adequado ou a recomendação de um determinado influenciador podem despertar interesse e levar à ação.
A descoberta começa no Google e no YouTube e as decisões são tomadas no Google e no YouTube: de acordo com uma pesquisa da Ipsos, 83% dos consumidores utilizam as plataformas diariamente. Formatos curtos e longos têm se alternado na preferência dos usuários. No YouTube, os formatos curtos de YouTube Shorts contam atualmente 2 bilhões de pessoas ativas por mês no mundo, com mais de 70 bilhões de visualizações por dia.
No Brasil, em uma pesquisa com a Material, instituto de pesquisa, 73% dos entrevistados a afirmaram que o YouTube Shorts tem vídeos mais adaptados aos seus interesses, em comparação com outras plataformas de vídeos curtos. Quando falamos sobre intenção comercial, aliás, o Shorts tem lugar garantido no coração dos usuários: 85% dos usuários de YouTube Shorts afirmam que ele permite que eles descubram coisas que gostam e, em seguida, assistam às versões mais longas dessas coisas.
Por todos esses motivos, o YouTube se tornou a plataforma digital número 1 em alcance de pessoas de 18 a 24 anos no Brasil, segundo o TGI do Ibope Kantar, em comparação com os cinco maiores players digitais sociais. De acordo com uma pesquisa realizada pela Kantar, 81% dos consumidores de vídeo do Brasil concordam que o YouTube os ajuda a decidir o que comprar, comparado a uma média de 63% das demais plataformas.
Streaming (Transmissão)
Streaming não se trata apenas de assistir a filmes ou ouvir música. Trata-se de consumo de conteúdo contínuo e personalizado em plataformas como YouTube, TVs conectadas e podcasts. Ao contrário da publicidade tradicional unidirecional, as experiências de streaming são interativas, permitindo que os consumidores transitem de forma fluida da descoberta à tomada de decisão.
Para se destacar, foque em sequenciamento de conteúdo, personalização impulsionada por IA e storytelling interativo que transforma a visualização passiva em engajamento ativo.
O YouTube é o rei dos vídeos. As pessoas assistem a mais de um bilhão de horas de YouTube por dia em suas televisões. Há vídeos para todos os gostos, desde eventos ao vivo à programação original, conduzidos por criadores que trazem autenticidade e valor aos anunciantes. Os vídeos do YouTube Shorts também zeram grande sucesso, sendo a única plataforma que pode levar vídeos curtos do celular para a televisão, ampliando o alcance do conteúdo de vídeo em vários dispositivos.
Shopping (Compras)
As pessoas não compram apenas em um lugar; elas visitam muitos sites diferentes antes de decidir. Para onde eles vão? Globalmente, as pessoas compram mais de um bilhão de vezes por dia na Pesquisa Google , o que demonstra a importância da plataforma no comércio eletrônico.
O mesmo vale para o YouTube: de acordo com uma pesquisa realizada pela Ipsos, os usuários on-line entrevistados afirmam que são 98% mais propensos a confiar nas recomendações de criadores no YouTube do que em outras mídias sociais/aplicativos (em média) . Isso mostra que o Google e o YouTube não apenas ajudam a encontrar produtos, mas também são onde as pessoas decidem comprá-los.
Search Anatomy
O estudo "Search Anatomy" do Google, em parceria com a Na Rua Insights Estratégicos, apresentado em uma das breakout rooms do Think with Google, revela a profunda e evoluída relação dos brasileiros com a Busca, que deixou de ser apenas um "irmão mais velho" para se tornar um guia essencial em toda a jornada do consumidor.
A pesquisa etnográfica destaca como os usuários, incluindo a Geração Z, utilizam a Busca de formas diversas (vídeo, voz, visual com Google
Lens) e se sentem confiantes e guiados pela plataforma, que emprega IA para entender o contexto das perguntas e oferecer respostas relevantes em todas as etapas, da descoberta à conversão, sendo crucial na validação de informações contra a desinformação.
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Para as marcas, o estudo aponta a necessidade de ir além da disputa por atenção, focando em mover o consumidor para a ação através da facilitação da transição da inspiração para a intenção e da construção de confiança para a conversão, com a validação de informações em diversas fontes. As premissas para as empresas brasileiras incluem a adoção de um marketing multimodal, centrado no consumidor, e a comunicação vista como uma grande conversa, onde o Google serve de guia, ajudando a transformar desejos em realidade e a navegar pela vasta gama de opções com segurança para a tomada de decisão.
Beyond Industries
O estudo "Beyond Industries" do Google também foi apresentado em uma das breakout sessions do evento. Ele revela uma mudança fundamental no comportamento do consumidor, que não se limita mais às fronteiras tradicionais da indústria e busca soluções integradas e personalizadas, focadas em benefícios concretos e não apenas em produtos. Essa nova realidade está rompendo barreiras entre setores e exige que as empresas repensem suas estratégias, colocando as necessidades do consumidor no centro, mesmo que isso significa que ir além de seu core business. O levantamento mapeou as principais macro necessidades dos brasileiros (como saúde e gestão financeira) e suas insatisfações, indicando oportunidades para as empresas inovarem.
Para prosperar nesse cenário, o Google propõe uma estrutura de quatro etapas para as empresas expandirem além de seus setores principais: consolidar ativos do core business, identificar lacunas e necessidades não atendidas no mercado, combinar esses ativos com as oportunidades identificadas e definir seu papel na cadeia de valor (como especialista ou conector). O crescimento sustentável, segundo o estudo, emerge do alinhamento estratégico entre os ativos da empresa e as oportunidades de mercado, permitindo que negócios se tornem mais resilientes e atendam de forma eficaz às demandas dos consumidores por soluções que transcendam as divisões industriais tradicionais.