Grupo Fornecedora traz máquinas chinesas para Pernambuco e amplia atuação no Nordeste

Completando 70 anos, o grupo prevê um 2025 com investimentos de R$ 75 milhões, direcionando parte dos aportes para o estado pernambucano

Publicado em 13/02/2025 às 13:25 | Atualizado em 13/02/2025 às 13:32
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O Grupo Fornecedora, conglomerado empresarial do Nordeste que atua no mercado de produtos e serviços para a construção pesada, indústria, setor rodoviário e agricultura, celebrou seu primeiro contrato com os chineses para a distribuição de maquinário para terraplenagem. Aos 70 anos, o grupo prevê um 2025 com investimentos de R$ 75 milhões, com parte dos aportes sendo direcionados ao Recife, com a previsão de abertura da segunda loja da Fornecedora Máquinas Industriais (FMI) na capital pernambucana, para venda dos equipamentos asiáticos.

CHEGADA DOS CHINESES

“Além das importantes marcas que nós temos em Pernambuco (CASE, DAF Caminhões, Dynapac, Hyster/Yalvamos) vamos ter as máquinas chinesas da Zoomlion conosco. Estamos antenados com o que muda. Por exemplo, até 10 anos atrás, pouco se via carros chineses na rua. Hoje os chineses são líderes em carros elétricos. Todo mundo sabe que eles estão com carros de altíssima tecnologia e qualidade, e a gente, mirando este novo momento de desenvolvimento da China, fomos atrás dos bons fabricantes de máquinas de construção chinesa”, explica o CEO André Leão Ribeiro.

Seguindo os passos de montadores como BYD e GWM, a Zoomlion é mais uma empresa chinesa que busca consolidar sua marca no Brasil, com o desenvolvimento e fabricação de grandes equipamentos de alta tecnologia nas áreas de engenharia e agropecuária. O Grupo Fornecedora, que opera com 24 unidades em todo o Nordeste, é a porta de entrada para a Chinesa ampliar seu mercado brasileiro.

MAIS INVESTIMENTOS

Nos planos do grupo cearense, para além de Pernambuco, novas lojas para revenda de maquinário estão previstas no Ceará e Rio Grande do Norte ainda este ano. A expectativa é de um crescimento na faixa dos 15% nas vendas em 2025, embora haja o reconhecimento de que o mercado estará mais apertado em função do ciclo de alta dos juros e a possível retração dos investimentos, tanto público quanto privado.

“No último trimestre de 2024 nós tivemos um incremento na taxa de juros. Mesmo assim, foi o melhor ano de todos na história da fornecedora em volume de máquinas comercializadas. Nós vendemos mais de 1.700 bens de capital, caminhões, máquinas, máquinas agrícolas. Ou seja, aquele ano ainda não foi contaminado. O que eu estou sentindo nesse primeiro trimestre de 2025 é que há um reposicionamento de compra. Eu acho que vai haver uma redução no número de bens de capital vendidos em função do novo momento de juro aqui no Nordeste, a gente vem também de uma troca de poder nas prefeituras, que movimentam muito dinheiro, sobretudo na área de infraestrutura, então é um momento em que o cliente vai estar mais disputado”, reforça Leão Ribeiro.

Pelo lado positivo, o setor agrícola deve ser um dos impulsionadores das vendas neste ano, devido à expectativa de mais uma safra recorde, o que leva o grupo a projeta uma receita acima do R$ 1 bilhão registrado em 2024.

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