Empresário tem que trabalhar 7 dias por semana e 24 horas por dia, diz João Carlos em palestra em Caruaru
O presidente do Grupo JCPM participou do seminário Empreender com Impacto, promovido pela Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC)

Foi uma conversa descontraída entre amigos sobre "o ofício" de ser empresário. Assim foi a participação do presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, no seminário Empreender com Impacto, na noite da quinta-feira (24), no Auditório do Centro de Convenções do Senac Caruaru.
Ao lado do diretor do Grupo Bonanza, Douglas Cintra, e com mediação do economista Pedro Neves, ele recordou a história do grupo, os desafios ao longo da trajetória e destacou o papel do empresário na condução dos negócios.
Realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC), o Seminário comemorou os 30 anos do Núcleo Especial do Jovem Executivo (NEJE). Os empresários foram recebidos pelo anfitrião Newton Montenegro, presidente da ACIC.
Com seu jeito bem-humorado nas palestras, João Carlos consegue arrancar várias reações da plateia, que vão desde gargalhadas, aplausos efusivos e muita atenção ao que ele diz, como quem ouve um mestre.
Ele diz que para ser empresário é preciso querer e trabalhar muito, mesmo no caso de negócios já consolidados. "Ser empresário é trabalhar 7 dias por semana, 24 horas por dia. Tem que querer, porque é muito trabalho. Muita gente fala em sorte, mas dá trabalho ter sorte", cutuca.
EXEMPLOS A MIRAR
João Carlos cita o exemplo do empresário francês, Bernard Arnault, um dos homens mais ricos do mundo e dono do grupo LVMH, que tem marcas como Louis Vuitton e Dior. "Ele continua visitando as próprias lojas e acompanhando a concorrência", conta.
Todos os sábados, Bernard Arnault dedica as manhãs para visitar suas próprias lojas, da Louis Vuitton à Dior. Chega a ir em até 25 delas por dia para avaliar o estoque em busca de inadequações e outras questões das operações. Também passa, inclusive, pelos concorrentes.
DNA VAREJISTA
O que o chefão da Louis Vuitton faz hoje, é prática adotada por João Carlos desde os tempos da rede varejista Bompreço. Não raro, os consumidores se deparavam com ele e sua esposa Dona Auxiliadora visitando as lojas.
Aos mais jovens, o empresário deixa duas reflexões. Ele defende que, na era a Inteligência Artificial, as pessoas e os empresários devem usufruir dela para nos auxiliar. "Não pode ser o contrário: não podemos ser levados pela tecnologia", alerta. A outra reflexão é sobre ganhar dinheiro. "O empresário não tem que ganhar dinheiro de qualquer maneira. É preciso produzir alguma coisa que traga benefícios para a economia e as pessoas", ensina.
É assim que o Grupo JCPM, prestes a completar 90 anos em 2025, cuida do desenvolvimento das regiões e das pessoas que vivem nelas.