Mapa da Riqueza

Ricos de Pernambuco estão na Região Metropolitana do Recife e em cidades-polo do interior

No top 10 das cidades mais ricas do Estado, os detaque são Recife, Fernando de Noronha e Olinda, além de cidades do interior como Petrolina, Caruaru, Garanhuns e Arcoverde

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 15/02/2023 às 19:42
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Recife é a cidade onde está a população mais rica de Pernambuco - FOTO: DIVULGAÇÃO

O Mapa da Riqueza no Brasil, divulgado pela FGV Social, mostra Pernambuco em 18° lugar no ranking dos Estados mais ricos do País. Distante das primeiras posições, o resultado reforça a enorme desigualdade social pernambucana. O recorte local traz uma lista com o top 10 das cidades mais ricas do Estado, com detaque para Recife, Fernando de Noronha e Olinda como os locais com maior renda média da população. 

A população da Capital pernambucana tem o maior patrimônio líquido médio de R$ 66.716 e a segunda maior renda média, com valor de R$ 2.129. O distrito estadual de Fernando de Noronha surge em primeiro lugar na renda média da população (R$ 1.242) e em segundo no patrimônio (R$ 20.590). Em terceiro no ranking aparece Olinda, com renda de R$ 889 e patrimônio de R$ 12.352. 

 

No ranking do Mapa da Riqueza aparecem Petrolina, Garanhuns, Caruaru e Arcoverde. Entre elas, a população mais rica está em Petrolina, quando o recorte é a renda média (R$ 783) e Caruaru, quando se trata do patrimônio médio (R$ 15.884). 

POBREZA É BEM MAIOR QUE A RIQUEZA

O economista e diretor da FGV Social, Marcelo Neri, alerta que a desigualdade social ainda é muito alta em Pernambuco. O Mapa da Riqueza também analisou o impacto da pandemia na geografia da riqueza e apontou o aumento da pobreza. 

A população pernambucana foi a quinta que mais empobreceu no Brasil durante o período mais crítico da pandemia da covid-19. A renda média da população do EStado caiu 0,57% entre 2019 e 2020, sainddo de R$ 688 para R$ 684.

Na lista dos cinco Estados em que a renda média da população despencou, além de Pernambuco outros também são do Nordeste: Sergipe (-6,20%) e Ceará (-1,24%), que figuram em 1º e 4º lugares, nesta ordem. 

Outro estudo realizado pela FGV Social, o Mapa da Nova Pobreza (2022) mostra que Pernambuco foi onde a pobreza teve o maior crescimento em 2021, aparecendo em primeiro lugar no ranking do estudo. Ele diz que apesar de diferentes, os estudos chegam a uma conclusão parecida. 

“A pandemia foi especialmente difícil para Pernambuco; tanto na riqueza, quanto na pobreza”, afirma.  O Estado não conseguiu se recuperars dos impactos negativos da pandemia na mesma velocidade de outros Estados. 

Pernamcuco tem um mercado de trabalho bastante peculiar, com uma grande população em idade ativa, mas com alta taxa de desemprego, alto índice de desalento e enorme taxa de informalidade. Tudo isso, ajuda a empurrar a população para a pobreza. 

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